quarta-feira, 17 de julho de 2019

Inesquecível

25 anos do Tetra da Seleção: 1994 e o renascimento da tradição.

Homenagem aos nossos eternos campeões da Copa do Mundo dos Estados Unidos, que nos fizeram vibrar novamente após 24 anos de jejum.

A classificação havia sido dramática. 

Estávamos há 24 anos sem títulos mundiais. 
Brasil Tetracampeão Mundial de 1994. (Foto: CBF.com.br)
Problemas com lesões forçaram mudanças na reta final de preparação, na Granja Comary. 

Já em território americano, mais imprevistos com a lista final de convocação. 

O pacote da desconfiança tava pronto. 

Mas estamos falando de Seleção Brasileira. 

E, quando a Amarelinha entra em campo, a lógica é desafiada pelo peso de nosso escudo.

Veio a Rússia, no estádio da Universidade de Stanford, em Palo Alto: 2 a 0 sem sustos. 

No mesmo local, superamos Camarões por 3 a 0 e garantimos a classificação às oitavas.

Partimos para Detroit em busca do empate pela primeira posição do grupo. 

O sueco Kennet Andersson, de 1.93 metro, fez o primeiro e ameaçou nossa caminhada, mas Romário igualou. 

Ufa! 

Passamos como líderes. 

Próximo desafio: os donos da casa.

Era só a partida mais importante da história da Seleção Americana de Futebol. 

O soccer ainda estava em fase embrionária na terra do Tio Sam, mas os anfitriões estavam empolgados. 

Jogo marcado para 4 de Julho, Dia da Independência, o feriado mais importante dos Estados Unidos. 

74 minutos de tensão em Stanford. 

Um jogador a menos. 

Bola pra Bebeto no lado direito da área. 

Tapa no canto de Tony Meola: eu te amo!

As quartas nos trouxeram um dos jogos (top 5, top 3, top 1?) mais emocionantes da história da Seleção. 

Ou do futebol? 

Brasil 2 a 0, com Romário flutuando e Bebeto embalando o recém-nascido Mattheus. 

A Holanda empatou e partiu pra cima em Dallas. 

Falta a 600km (rs) de distância.

Branco ajeita, solta um torpedo guiado, Romário tira o corpo e a bola explode no canto da rede. 

Vestindo azul, partimos rumo às semifinais!

Suécia. 

De novo! 

Logo a repetição do único adversário que não havíamos vencido nos Estados Unidos... 

Entre os gigantes da zaga, o Baixinho voou em Pasadena e meteu de cabeça. 

Estamos na final da Copa do Mundo!

Estádio Rose Bowl ardendo no verão da Califórnia. 

Brasil Tricampeão contra Itália Tricampeã. 

A soberania do futebol em jogo. 0 a 0 no tempo normal. 0 a 0 na prorrogação. 

Gianluca Pagliuca salvo pela trave. 

Viola quase virando herói. 

Pênaltis. 

Pela primeira vez, o mundo foi pra marca da cal. 

Márcio Santos perde. 

Romário manda beliscando a trave, antes de entrar. Bomba de Branco na rede. 

Dunga com raça. 

Lá dentro! 

Baresi fora. 

Albertini e Evani gol. 

Massaro... Taffarel. 

Vai que é sua, Taffareeeeeel!!! 

Lá vai Roberto Baggio. 

Caminhou, bateu. 

Acabou! 

É Tetraaaaaaaa! 

Invasão de campo! 

Pelé e Galvão pulando e os óculos voando. 

A taça é nossa!

Aquela tarde derreteu o pessimismo e recolocou nossa tradição no topo, abrindo caminho para uma sequência impressionante: Tetra nos Estados Unidos, finalista em 1998 e Penta em 2002. 

Assumimos o topo da história! 

De 17 de julho de 1994 para a eternidade!!!

Reportagem: CBF.com.br

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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