quarta-feira, 31 de julho de 2019

Clube empresa no futebol brasileiro?!?!

Presidente da Câmara, Rodrigo Maia diz que apresentará projeto de lei que obrigará clube a virar empresa.

O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciou nesta terça-feira (30) que pretende apresentar um projeto de lei para abrir o futebol brasileiro aos investidores estrangeiros. 
Técnica sueca que comandará a Seleção Brasileira Feminina cumprimenta o presidente da Câmara, , Rodrigo Maia, ao lado do presidente da CBF, Rogério Caboclo, e do técnico da Seleção Masculina, Tite. (Foto: Globoesporte.globo.com) 
O parlamentar fluminense disse que quer enviar ao Congresso nos próximos meses o pacote para profissionalizar a estrutura dos clubes. 

Ele é favorável ao modelo adotado pelos grandes clubes europeus. 

O Paris Saint-Germain, o Liverpool e o Manchester City são controlados por grupos estrangeiros. 

O deputado contou que a intenção é tornar os clubes mais fortes financeiramente para conseguir manter os jogadores no país. 

Nesta terça-feira (30), ele discutiu o tema com o presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Rogério Caboclo. 

"Entendemos que o futebol brasileiro precisa de mais capital, de capital estrangeiro também. Na minha opinião, não vai ter capital privado sem uma estrutura profissional do futebol", afirmou Maia, que defendeu duas vezes a entrada de investidores estrangeiros no futebol brasileiro. 

O presidente da Câmara disse que já discutiu com o Ministro da Economia, Paulo Guedes, o assunto. Maia contou que está preocupado com a situação financeira dos times brasileiros. 

Ele classificou a forma de administração da maioria de "primária, primitiva e atrasada". 

"Um clube associativo não vai atrair capital estrangeiro. Fora o Flamengo, o Corinthians e o Palmeiras, os demais clubes caminham para uma situação de inviabilidade. O atual modelo não gera bons clubes de futebol", disse o presidente da Câmara dos Deputados, que é torcedor do Botafogo. 

De acordo com Maia, o novo projeto terá que obrigar os clubes a se tornarem empresa. 

Disse que a intenção é oferecer incentivos tributários para os times aderirem ao novo formato. 

Um dos incentivos seria transição de três até cinco anos sem pagar imposto. 

"Temos que construir incentivos para que o novo modelo tenha mais vantagens que o modelo associativo. O benefício tem que ser para quem quer modernizar e não para quem vai manter no atraso", disse o presidente da Câmara. 

O governo já tentou obrigar os clubes a se tornarem empresas, mas não conseguiu. 

Nos anos 90, a Lei Zico foi aprovada com a obrigatoriedade. 

No ano seguinte, com os cartolas se recusando a aderirem ao novo modelo, uma emenda tornou facultativo a transformação do clube em empresa. 

Em 2015, o governo editou o Profut, lei que auxilia na renegociação das dívidas dos clubes de futebol e federações. 

Quatro anos depois, clubes das Série A e B já acumulavam quase R$ 100 milhões de dívidas referentes aos débitos tributários e previdenciários. 

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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