terça-feira, 31 de março de 2020

Seleção Online

De casa, Tite e sua comissão técnica se reúnem por videoconferência.
Videoconferência em época de pandemia. (Foto: CBF.com.br)
Equipe definiu diretrizes para o trabalho durante este período de isolamento e seguirá o trabalho de olho nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022.

Mesmo com o calendário do futebol mundial paralisado por conta da pandemia de Covid-19, a comissão técnica da Seleção Brasileira tem trabalhado de olho no retorno das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022. 

Nesta quarta-feira (25), Tite, seus auxiliares e o coordenador Juninho Paulista se reuniram por meio de videoconferência. 

Cada um em suas respectivas casas, eles passaram cerca de duas horas traçando as diretrizes de trabalho para este período de isolamento social. 

Dentre as demandas estão o desenvolvimento de materiais que reforcem a metodologia de treinamento e as ideias de jogo da Seleção Brasileira.

Enquanto durar o período de reclusão, a comissão técnica se reunirá semanalmente para discutir o andamento dos projetos. 

O próximo encontro virtual da equipe já está marcado. 

Na próxima quarta-feira (1º), Tite, Juninho Paulista, Cléber Xavier, César Sampaio, Fábio Mahseredjian, Thomaz Araújo e Bruno Baquete estarão novamente conectados.

Preparador físico da Seleção Brasileira, Fábio Mahseredjian também tem mantido contato com jogadores frequentemente convocados pelo técnico Tite durante este período quarentena. 

Como todos estão sem treinamentos em seus clubes, este acompanhamento é fundamental para monitorar a condição dos atletas.

Reportagem: CBF.com.br

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

Uma luz para o futebol brasileiro

Análise: Faltam peças para um planejamento no futebol.
Planejamento é essencial neste momento de crise. (Foto: Torcedores.com)
Clubes tentam conseguir se adequar à paralisação, mas cenário ainda é muito incerto para grandes decisões.

É louvável a preocupação dos principais clubes brasileiros em contornar o período de paralisação, sem fazer, na maioria dos casos, uso político da situação. 

As iniciativas, no entanto, são inócuas no momento. 

Hoje, se sabe quase nada do que acontecerá daqui a poucas semanas. 

E, nesse contexto, é praticamente impossível traçar um planejamento sustentável para o restante do ano.

Há várias peças que faltam no tabuleiro. 

A principal delas, claro, é o tempo real de quarentena. 

Mesmo entre especialistas em saúde pública, a resposta não é arriscada. 

Em Wuhan, cidade chinesa onde começou a contaminação por Covid-19, o isolamento social deve ser encerrado em abril, quase quatro meses após o início da crise.

Para piorar a expectativa de alguma previsão mais concreta, o governo federal brasileiro resolveu, mais uma vez, adotar o caos. 

Na contramão da maioria dos países do mundo e da recomendação dos especialistas, o que inclui o Ministério da Saúde, a presidência quer o fim da quarentena. 

Ao politizar o assunto em detrimento da saúde pública, foram criadas ainda mais incertezas sobre o tamanho do impacto do coronavírus no mercado brasileiro.

Sem a definição principal, fica difícil estabelecer o impacto de outras questões. 

Como ressaltou a BDO Brazil, em caso de retorno do Brasileirão na íntegra, o prejuízo ficará limitado à bilheteria de algumas partidas e à verba restante dos Estaduais. 

Para a maior parte dos grandes clubes brasileiros, a quantia seria pouco expressiva e, portanto, não seria necessária uma grande engenharia financeira para fechar as contas no fim da atual temporada.

A possibilidade, no entanto, está longe de ser bem definida. 

Caso os Estaduais sejam cancelados e o Brasileirão seja reduzido, a entrega dos times será bem menor, e as renegociações serão inevitáveis. 

Bilheterias serão menores, e a televisão e os patrocinadores terão direito a reduções proporcionais às reduções de partidas. 

Em clubes como Corinthians e São Paulo, por exemplo, que encerraram a última temporada com déficits superiores a R$ 140 milhões, um encurtamento das receitas tende a ser completamente trágico.

Portanto, cabe aos clubes, no momento, pensar em planejamentos para situações diversas. 

Uma tomada de decisão mais enfática, como a redução de salários, pode apenas gerar um entrave desnecessário. 

Esse é mais um momento em que a união das equipes seria bem-vinda, até para exigir um posicionamento mais claro da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e das emissoras de televisão.

O cenário de incertezas pede calma aos gestores. 

Todos eles.

Reportagem: Maquinadoesporte.uol.com.br

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

Pagamentos suspensos

Globo suspende pagamentos de estaduais e clubes cogitam apressar volta.

Em meio à pandemia do coronavírus, Globo decidiu suspender os pagamentos a clubes de direitos de transmissão dos campeonatos estaduais a partir de abril. 
Cássio ergue a taça do Campeonato Paulista de 2018. (Foto: Uol.com.br/Esportes)
Ao longo dos últimos dias, clubes de Bahia e São Paulo têm sido comunicados da decisão. 

Os campeonatos do Rio Grande do Sul e de Minas Gerais são exceções, já que os valores já tinham sido pagos. 

O Carioca também terá pagamentos suspensos. 

Pessoas ligadas à emissora avaliam que não é viável, no momento, seguir pagando pela transmissão de partidas que não estão ocorrendo e nem têm data para acontecer. 

Os pagamentos ficarão suspensos até que haja, ao menos, uma previsão de retomada dos jogos. 

Quando isso ocorrer, o diálogo será retomado com o estabelecimento de um plano de pagamento.

Reportagem: Uol.com.br/Esportes

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

Excursão do Santa

"Excursão suicida" do Santa Cruz sofreu com ameaça nazista e teve dois mortos: conheça essa história.
Excursão do Santa Cruz em 1943. (Foto: Globoesporte.globo.com)
HD do GE reconstrói trajeto do time durante viagem de quatro meses a capitais do Norte e Nordeste; houve receio de ataque de submarino alemão e jogadores falecidos com febre tifoide.

Era tempo de Segunda Guerra Mundial. 

Submarinos alemães rondavam a costa brasileira. 

O temor de um ataque bélico às embarcações era real. 

Ainda assim, o então tricampeão pernambucano Santa Cruz deixou o Recife para desbravar o norte do país de navio. 

Na madrugada de 2 de janeiro de 1943, o time viajou para uma excursão histórica e que mais tarde seria marcada como a "excursão suicida".

Dois atletas do clube faleceram. 

Porém, não pela guerra. 

A febre tifoide os atacou irremediavelmente. 

E eles viraram símbolos dessa aventura, que ainda teve desertores, navegação escoltada pela Marinha, viagem compartilhada com 35 ladrões, bebedeiras e outros relatos de problemas de saúde. 

Foi surreal.

Foram praticamente quatro meses longe do Recife. 

Entre mudanças de roteiro e visitas às capitais Natal, Belém, Manaus, São Luís, Teresina e Fortaleza, o Santa Cruz disputou 26 jogos (12 vitórias, 7 empates e 7 derrotas), alguns deles para poder pagar despesas enquanto aguardava a liberação do governo brasileiro para o retorno.

Isso porque a navegação chegou a ser suspensa no Brasil. 

Era uma medida de segurança contra possíveis ataques a mando do ditador nazista Hitler.

“Eu conheci o Guaberinha, que era um dos jogadores notáveis do Santa Cruz naquela época. Ele me contou que chorava em alguns momentos da viagem. Foi uma aventura heroica e trágica ao mesmo tempo. Entrou para a história”, conta o jornalista e pesquisador Lenivaldo Aragão, autor de reportagem sobre o tema para a revista Placar, em 1979, chamada de Excursão da Morte. De fato, foi.

Primeiros jogos e problemas: A delegação coral partiu do Recife no navio-vapor Pará. 

Por segurança, em virtude dos conflitos mundiais, foi acompanhada de dois navios da Marinha de Guerra e saiu com as luzes apagadas. 

Mas, tensão à parte, a viagem transcorreu sem grandes percalços.

Do porto da capital pernambucana para Natal, capital do Rio Grande do Norte. 

Na cidade, o time tricolor estreou com vitória sobre a seleção potiguar por 6 a 0 e seguiu para Belém. 

Era apenas a terceira vez que o clube iria ao Pará.

Já instalado na região Norte, o Tricolor começou a série de partidas. 

O cartão de visitas foi apresentado com uma goleada de 7 a 2 sobre o Transviário.

A atuação poderosa fez a torcida local se animar para o duelo seguinte. 

Com grande público à época, o Tricolor bateu a Tuna Luso por 3 a 1 e foi construindo uma boa reputação.

“A equipe visitante jogou uma grande partida e envolveu por completo o time local”, apontou a edição do Jornal Pequeno.

"Os despachos telegráficos da capital paraense salientam que a assistência vibrou de entusiasmo durante todo o cotejo", conta a edição do Diario de Pernambuco.

Na sequência, veio o Remo e os primeiros problemas de saúde. 

O Tricolor perdeu o primeiro jogo da viagem por 5 a 2. 

Nessa partida, foi revelado que vários atletas estavam intoxicados.

Ainda assim, o esquadrão tricolor seguiu com sua excursão e escreveu mais um capítulo diante da seleção paraense. 

No estádio do Remo, a partida atraiu grande público e vendeu quase todas as entradas antecipadamente. 

No fim, o placar de 3 a 3.

Depois, o Santa Cruz mediu forças com Paysandu e também deixou o resultado escapar no fim do confronto. 

O marcador assinalou 4 a 4. Seria o fim da excursão, mas o time resolveu seguir viagem, tornando uma futura volta para Belém traumática e com duas mortes.

Os primeiros jogos da excursão de 1943:

02/01/1943 Seleção Potiguar-RN 0 X 6 Santa Cruz-PE Natal-RN

10/01/1943 - Transviário-PA 2 x 7 Santa Cruz-PE Belém-PA

14/01/1943 - Tuna Luso-PA 1 X 3 Santa Cruz-PE Belém-PA

17/01/1943 - Remo-PA 5 X 2 Santa Cruz-PE Belém-PA

21/01/1943 - Seleção Paraense-PA 3 X 3 Santa CruzPE Belém-PA

24/01/1943 - Paysandu-PA 4 X 4 Santa Cruz-PE Belém-PA

Duas semanas no rio até Manaus com bebedeiras: Em um embarque concorrido pelo público, o Santa Cruz seguiu para uma nova etapa da aventura. 

O desempenho em Belém saltou aos olhos, e o clube foi convidado para ir a Manaus, na primeira visita de um time pernambucano à cidade.

Com uma embarcação mais modesta e pesada, o trajeto levaria duas semanas pelo rio. 

No longo caminho, era preciso fazer o tempo passar.

“E chega a noite em que o time inteiro é flagrado na casa de máquinas de vapor, tomando um memorável pileque com alguns membros da tripulação", relata a reportagem especial da revista Placar de 1979, assinada por Lenivaldo Aragão.

No dia 7 de fevereiro, um mês e cinco dias depois de deixar o Recife, o Santa Cruz entrou em campo desgastado e debaixo de muita chuva para encarar o Olímpico, perdendo por 3 a 2. 

Depois, ainda atuaria mais quatro vezes em Manaus, com três vitórias e uma derrota.

Jogos do Santa Cruz em Manaus durante excursão de 1943:

07/02/1943 - Olímpico-AM 3 X 2 Santa Cruz-PE Manaus-AM

11/02/1943 - Rio Negro-AM 1 X 5 Santa Cruz-PE Manaus-AM

14/02/1943 - Nacional-AM 0 X 6 Santa Cruz-PE Manaus-AM

19/02/1943 - Rio Negro-AM 4 X 5 Santa Cruz-PE Manaus-AM

22/02/1943 - Seleção do Amazonas-AM 2 X 1 Santa Cruz-PE Manaus-AM

Tentativa de jogos internacionais: Ignorando o temor da guerra, o Santa Cruz ainda tentou partir do Amazonas para sua primeira excursão internacional com passagens pela Guiana e pelo Peru. 

A ideia, por outro lado, foi barrada pela Confederação Brasileira de Desportos (CBD) sob pena de suspensão de 90 dias. 

A delegação, então, fez o caminho de volta para Belém.

Deserção, mortes e paralisação da navegação mudam planos: No trajeto para a capital paraense, teve o começo do pesadelo na excursão do Santa Cruz que mais tarde receberia as alcunhas de “suicida” e da “morte”. 

No navio, jogadores tiveram uma recaída de problemas que sentiram em Manaus. 

A febre ressurgiu.

Os mais graves eram o goleiro King e o atacante Papeira. 

Eles foram medicados, mas desrespeitaram algumas recomendações, principalmente com relação à alimentação, é o que aponta o jornalista Lenivaldo Aragão na reportagem da revista Placar.

A ideia do clube, como esse cenário, era deixar Belém e voltar para o Recife, mas o governo havia proibido temporariamente a navegação em virtude dos acontecimentos na Segunda Guerra Mundial.

Sem condições de comprar passagens aéreas, no dia 2 de março o Santa Cruz entrou em campo para dar o troco em cima do Remo. 

Venceu a equipe local por 4 a 2, mas o momento de alegria durou pouco.

A equipe se abalaria com duas mortes em sequência. King e Papeira estavam internados. 

O quadro de ambos era a febre tifoide. 

Até que, às 2h35 (horário de Brasília) da madrugada do dia 3 de março, o goleiro faleceu no Hospital Dom Pedro I, da Beneficência Portuguesa, e foi enterrado com honrarias.

“O féretro saiu da sede da Federação Paraense de Desportos acompanhado por enorme multidão”, relata o Diario de Pernambuco ao abordar a morte de King, que iniciou a sua passagem pelo clube na excursão. 

Antes, atuava pelo América-PE.

Por causa da morte do companheiro, Sidinho desistiu de deixar a delegação e ir atuar em Manaus. 

Por outro lado, França e Omar resolveram aceitar as ofertas recebidas, desertaram e foram viver na capital do Amazonas. 

A essa altura, Papeira estava entre a vida e a morte.

Ainda assim, três dias depois do falecimento de King, o Santa Cruz volta a entrar em campo para medir forças com Paysandu. 

Antes da bola rolar, um minuto de silêncio em homenagem ao companheiro falecido.

O horário do confronto, no entanto, ainda teve uma coincidência trágica. 

Internado no hospital, Papeira morreu enquanto a bola rolava. 

Aquele domingo de carnaval virou um domingo de tragédia.

A continuação da excursão, com isso tudo, era surreal. 

No dia seguinte, o Diario de Pernambuco traz uma página abordando vários assuntos sobre a delegação coral. 

Em uma parte, avalia o empate em 1 a 1 com o Paysandu. 

A Curuzu esteve lotada e, ao fim, foi invadida pelos torcedores que celebraram o jogo no campo. 

O Tricolor ainda recebeu uma taça.

Ao lado do relato da partida, porém, vem a notícia da morte de Papeira, que também atraiu muitas pessoas para seu enterro, e um protesto do jornal pelo fato de o Santa Cruz seguir com a excursão em meio à tragédia. 

Na edição, ainda há o anúncio de novas partidas. 

E de fato, na sequência, o Tricolor empatou em 0 a 0 com a Tuna Luso.

Mais jogos em Belém, viagem com ladrões e uma longa volta: Novos fatos surgem. 

Os cuidados que exigiram a internação de King e Papeira, além do custo com os enterros, deixaram a delegação coral sem dinheiro. 

A situação crítica chegou ao conhecimento do governo local, que agendou um amistoso contra um combinado de atletas de Remo e Paysandu.

A renda do empate em 3 a 3 foi revertida à família das vítimas. 

No entanto, o estádio esteve vazio. 

Ao contrário dos primeiros jogos, o Santa Cruz parecia que já não gerava tanto interesse. 

Ficou, então, um ar de decepção na excursão que se aproximava do fim... no Pará.

O Tricolor, porém, ainda perdeu por 5 a 2 para a Tuna Luso. 

Na sequência, o grupo foi chamado para um torneio e atuou duas vezes no mesmo dia. 

Na competição, voltou a encarar a Tuna e deu o troco, vencendo por 1 a 0. 

Depois, caiu por 2 a 1 para o Transviário.

Jogos do Santa Cruz na volta a Belém durante excursão de 1943:

02/03/1943 - Remo-PA 2 X 4 Santa Cruz-PE Belém-PA

08/03/1943 - Paysandu-PA 1 X 1 Santa Cruz Belém-PA

14/03/1943 - Tuna Luso-PA 0 X 0 Santa Cruz-PE Belém-PA

18/03/1943 - Combinado Remo/Paysandu-PA 3 X 3 Santa Cruz-PE Belém-PA

21/03/1943 - Tuna Luso-PA 5 X 2 Santa Cruz-PE Belém-PA

28/03/1943 - Tuna Luso-PA 0 X 1 Santa Cruz-PE Belém-PA

28/03/1943 -Transviário-PA 2 X 1 Santa Cruz-PE Belém-PA

Derrotado no último confronto em Belém, o Santa Cruz mergulhou na reta final da excursão quase interminável. 

Era o momento de retornar ao Recife. Antes, claro, algumas paradas no meio do caminho. 

No dia 28 de março, a comitiva embarcou para São Luís, no Maranhão.

No trajeto de navio, para economizar dinheiro, os jogadores trocam as passagens de primeira classe pelas de terceira. 

Com isso, viajam com mais 35 ladrões que estavam sendo “exportados” do Pará para o Maranhão.

“Por via das dúvidas, as 15 taças que o clube ganhou na excursão são guardadas cuidadosamente. Medida desnecessária, pois os ladrões e os jogadores acabam se tornando bons amigos”, relata a revista Placar de 1979.

Últimos jogos, ameaça alemã e trem descarrilado: Na chegada a São Luís, o navio que levava a equipe coral fica retido por motivos de segurança. 

Para se manter, o Santa Cruz faz seis jogos na cidade.

No meio dessa sequência, o time venceu o Sampaio Corrêa por 3 a 0. 

Por sinal, no mesmo dia, no Recife, uma equipe reserva do Santa Cruz entrava em campo pelo Campeonato Pernambucano e perdia para o Great Western por 3 a 2.

Antes dessa partida contra o Sampaio Corrêa, vale ressaltar, a volta do time para o Recife era dada como certa outra vez. 

Mas, como em um novo golpe de azar, imprevistos aconteceram. 

E o time foi ficando... e fez ainda mais duas partidas em São Luís.

Jogos do Santa Cruz no Maranhão durante excursão de 1943:

04/04/1943 - Nacional-MA 3 X 0 Santa Cruz-PE São Luís-MA

06/04/1943 - FAC-AM 1 X 5 Santa Cruz-PE São Luís-MA

08/04/1943 - Moto Club-MA 0 X 1 Santa Cruz-PE - São Luís-MA

11/04/1943 - Sampaio Corrêa-MA 0 X 3 Santa Cruz-PE São Luís-MA

13/04/1943 - Seleção do Maranhão-MA 2 X 2 Santa Cruz-PE São Luís-MA

15/04/1943 - Moto Club-MA 1 X 1 Santa Cruz-PE São Luís-MA

Só após os duelos com a seleção do Maranhão e o Moto Club, a delegação resolve deixar São Luís. 

Primeiro, arrisca uma saída de navio, mas, no meio da noite, a embarcação retorna sob suspeita de presença dos temidos submarinos alemães.

A decisão, então, é ir para o Piauí de trem. 

Não sem novos sustos. 

No caminho, o veículo descarrila duas vezes, mas não deixa vítimas, conforme relato na revista Placar. 

Assim e enfim, o time chega em Teresina.

Na quinta capital da excursão, o Tricolor também não se furta de fazer outro amistoso para bancar os custos. 

Encara a Seleção do Piauí e vence por 4 a 3.

Jogo do Santa Cruz no Piauí na excursão de 1943:

18/04/1943 Seleção do Piauí-PI 3 X 4 Santa Cruz-PE Teresina-PI

Chega, então, a última parada da vida nômade da delegação coral. 

De Teresina para o Fortaleza. 

Na capital cearense, o time tem um amistoso com o Ceará. 

Antes da partida, porém, o presidente da “embaixada tricolor” Aristófanes Trindade, responsável por representar a equipe, deixa os jogadores na capital e parte para o Recife.

Em campo, os atletas demonstraram muito cansaço e foram derrotados por 3 a 2 na última partida da exaustiva excursão. 

Era o momento, enfim, de voltar para casa.

Jogo do Santa Cruz no Ceará na excursão de 1943:

25/04/1943 - Ceará-CE 3 X 2 Santa Cruz-PE Fortaleza-CE

Na madrugada do dia 29 de abril de 1943, quase quatro meses depois, o Santa Cruz chega ao Recife com histórias de sobra, mas sem muito tempo para contá-las.

Afinal, no dia 2 de maio, esse mesmo grupo já retornaria a campo.

Dessa vez, era momento de correr atrás da bola pelo Campeonato Pernambucano diante do Náutico. 

E, assim, aquele time nem se deu conta de que já era história.

Time base na excursão: King; Sidinho II e Pedrinho; Omar, Capuco e Amaro; Guaberinha, Limoeirinho, França, Sidinho e Pinhegas.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

Discussão dos pagamentos na Bundesliga

Bundesliga e Sky debatem sobre pagamento de direitos de TV.
Bundesliga discutirá sobre a transmissão do Campeonato Alemão. (Foto: Maquinadoesporte.uol.com.br) 
Em teoria, emissora não precisa desembolsar dinheiro sem a realização de jogos.

A DFL, liga alemã de futebol e responsável pela gestão da Bundesliga, tem negociado com a Sky para manter o pagamento dos direitos de transmissão das duas primeiras divisões do futebol alemão, paralisadas desde a metade de março por conta da pandemia do coronavírus.

Segundo o site SportBusiness, o contrato da Sky, que é válido desde 2017/2018 e será até 2020/2021, prevê que não haverá pagamento quando não houver jogos da Bundesliga. 

Pelo acordo, a emissora tem o direito de transmitir 266 partidas exclusivas da primeira divisão e todos os 306 jogos da segunda divisão por temporada.

Ainda sem ter uma definição do que acontecerá com o torneio, a DFL tenta manter a verba para os clubes com a intenção de gerar um impacto menor nas finanças, especialmente dos menores. 

O bom relacionamento com a Sky, iniciado em 1991 quando a emissora ainda era chamada de Premiere, é um fator considerado essencial pela liga alemã.

"Estamos em constante diálogo com nosso parceiro de longa data, a DFL, especialmente no que diz respeito à situação atual da Bundesliga e da Bundesliga 2. Estamos discutindo ativamente soluções construtivas, inclusive para pagamentos de licenças e seu prazo potencial", afirmou a Sky Deutschland, em entrevista ao site.

Além da Sky, a plataforma de streaming DAZN também possui direitos de transmissão da Bundesliga em território alemão. 

O serviço adquiriu os direitos como parte de um amplo contrato com o Eurosport, pertencente ao grupo Discovery, que adquiriu o pacote de transmissão de 40 jogos da temporada na última licitação. 

Ainda há acordos que envolvem os melhores momentos das partidas com o próprio DAZN e também com a emissora pública ARD e o canal esportivo fechado Sport1.

Reportagem: Maquinadoesporte.uol.com.br

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

Corrente do Bem

Clubes das Séries A e B abraçam campanha de doação de sangue.
Coritiba adere a campanha de doação de saúde. (Foto: Twitter.com/Coritibafc)
Batizada de "Corrente de Sangue", iniciativa é promovida via redes sociais.

Clubes com grandes torcidas e enorme alcance nas redes sociais de várias partes do Brasil decidiram se unir em prol da campanha "Corrente de Sangue". 

O objetivo é promover e incentivar a doação de sangue nos bancos de sangue de diversas grandes cidades do país.

De acordo com o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar), a quantidade de doadores de sangue reduziu drasticamente nos últimos dias por conta das instruções para as pessoas ficarem em casa em razão da pandemia do coronavírus.

Até o momento já "abraçaram" a iniciativa Athletico, Bahia, Coritiba, Grêmio, Internacional, Palmeiras e Santos na Série A, e Cruzeiro e Vitória na Série B, além da Federação Paranaense de Futebol.

No Paraná, por exemplo, para realizar a doação de forma segura, os bancos de sangue estão solicitando ao doador agendar um horário, pois assim o fluxo de pessoas no local é controlado. 

Em função do Covid-19, estão sendo aceitas doações de pessoas com menos de 60 anos e que não apresentem nenhum dos sintomas da doença ou gripe.

No estado, o Coritiba vem utilizando as redes sociais para fomentar a campanha, incentivando os torcedores do clube a aderirem à iniciativa para salvar mais vidas. 

Além disso, o time almeja contar com o apoio de outros clubes do país para que também incentivem a doação de sangue nas suas regiões. 

No Twitter, o clube iniciou uma provocação sadia com o Internacional, adversário na primeira rodada do Campeonato Brasileiro de 2020, que prontamente atendeu o pedido e ampliou a divulgação, dando mais amplitude à campanha.

Os hemobancos estão precisando de doações. Se você pode, informe-se e faça o agendamento para ajudar quem precisa. 

A saúde não pode esperar. 

Os hemocentros estão precisando de doações. 

Se você pode, informe-se e faça o agendamento para ajudar quem precisa. 

A saúde não pode esperar.

Reportagem: Maquinadoesporte.uol.com.br

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

Para os clubes menores

Com futebol parado, clubes pequenos do Brasil se unem em busca de ajuda.
José Guilherme, presidente do Salgueiro. (Foto: Globoesporte.globo.com)
Em um grupo de mensagens, 170 dirigentes de equipes que disputam os estaduais do país pretendem elaborar uma carta para a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) pedindo ajuda financeira para os clubes menores.

Clubes pequenos do futebol brasileiro se uniram em busca de solução para a crise gerada com a paralisação do futebol no país, em virtude das medidas de prevenção ao novo coronavírus. 

Através de um grupo de mensagens, presidentes de equipes que participam de todos os campeonatos estaduais estão debatendo formas de garantir a sobrevivência financeiras das agremiações durante esse período sem jogos.

O grupo foi criado pelos presidentes do Salgueiro, José Guilherme da Luz, e Barbalha, Lúcio Barão. 

A intenção, segundo o dirigente do clube pernambucano, é fazer com que os clubes pequenos sejam escutados.

"Criamos isso, eu e Lúcio Barão, do Barbalha, dois clubes pequenos, do interior de Pernambuco e Ceará. Conversando a gente sente o drama que estamos sofrendo. Isso não é só o Salgueiro, são 250 clubes no Brasil sofrendo. Os clubes grandes, como têm prestígio, potencial, se reúnem direto com a CBF, as federações e alguém escuta. Mas, os times lá do interior do Acre, do Ceará, de Pernambuco, quem vai escutar? Ninguém", destaca José Guilherme.

Segundo o presidente do Salgueiro, nesta terça-feira (31), o grupo contava com 170 presidentes de clubes de todo o Brasil.

"Hoje temos 170 presidentes de todo o Brasil, do Sul ao Norte, todo mundo preocupado. O debate dentro do grupo é um só: o que será de nós? Tem gente preocupado com o fim da epidemia, nós estamos preocupados com o durante. Tem mais de 10 mil funcionários dependendo da gente, e quem vai nos escutar? Como vamos resolver essa parada?"

“É um movimento de clubes do Brasil todo. É aquela coisa: um clube incomoda, dois incomodam, três incomodam. 170 incomodam muito mais. Alguém vai ter que escutar a gente”.
José Guilherme disse que os membros do grupo estão elaborando uma carta, que será encaminhada a CBF. No documento, eles vão pedir que a entidade máxima do futebol brasileiro ajude financeiramente os clubes menores.

"A apreensão imediata é dinheiro. Estamos há quase um mês parados. Vamos pagar março como? O mês de abril, é férias, o mês está morto também. Se essa pandemia demorar mais uns dias, vamos dizer lá para maio, são três meses. Vamos viver de quê?"

"Estamos pedindo uma ajuda imediata da CBF, três parcelas de R$ 75 mil [para cada clube], com a teoria que vamos ficar março, abril e maio parados. Quando voltar em maio, só duas parcelas que é para a gente conseguir sobreviver e terminar os estaduais, como a CBF e as federações estão dizendo que vai ter data".

O dirigente pernambucano lembra que o futebol é uma atividade econômica que envolve milhares de pessoas.

"O futebol é uma atividade econômica muito importante no Brasil. Se olhar direito, fizer uma pesquisa, são aproximadamente 250 times parados só pelos estaduais. Botando 40 funcionários por clube, tem 10 mil pessoas paradas, sem saber o futuro. Fora os indiretos, como radialista, TV, ambulantes, hotéis. Tem que se haver uma conscientização, debater isso aí, porque tem que vir alguma coisa, de algum lugar, para ajudar essa atividade econômica que também está parada" diz o presidente do Salgueiro, José Guilherme da Luz.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

História da Democracia

"É o nosso DNA": em aniversário do Golpe Militar, Corinthians relembra Democracia Corintiana.

Nas redes sociais, Timão publica foto histórica e reafirma da democracia no Brasil.
Democracia Corintiana pelas Diretas Já. (Foto: Globoesporte.globo.com) 
Nesta terça-feira, 31 de março, dia em que Golpe Militar de 1964 completa 56 anos, o Corinthians reforçou a sua posição em defesa da democracia no Brasil.

Em publicação nas redes sociais, o clube usou uma foto para relembrar a "Democracia Corintiana", movimento que apoiou as Diretas Já, e escreveu a seguinte mensagem:

"Está na nossa história, é o nosso DNA. O Corinthians é o Time do Povo, e é o povo que construiu o time! Sempre estivemos, estamos e estaremos na luta pela manutenção da democracia no Brasil!"

A Ditadura Militar começou em 1964, com a deposição do presidente João Goulart, e durou até 1985, quando o país voltou a ter governos civis eleitos pela população. 

No período, o Corinthians foi a campo com faixas pedindo o retorno da Democracia e de apoio às Diretas Já.

Em 2019, o Corinthians já havia se manifestado sobre o tema em 31 de março. 

O clube levou para o Setor Norte da Arena uma estátua de Sócrates (1954-2011), um dos líderes da Democracia Corintiana e que, nos anos 1980, se envolveu diretamente na luta contra a ditadura militar vigente no Brasil.

Além disso, uma faixa com os dizeres "Ganhar ou perder, mas sempre com democracia" foi exposta no mesmo setor. 

Era a mesma faixa utilizada nos anos 80, quando Adilson Monteiro Alves era diretor do clube. 

Ele é pai de Duílio Monteiro Alves, atual dono do mesmo cargo no Timão.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

Recomeçando....

Times da China retomam treinos, mas governo diz que eventos esportivos seguirão suspensos.

Marcada para voltar no fim de abril, Superliga do país pode ser afetada por medida publicada nesta terça-feira (31), que indica que atividades "não serão retomadas por um tempo".

Ponto de origem da pandemia do coronavírus, a China se tornou o primeiro país a ter a infecção sob maior controle e, por isso, os clubes de futebol pensam na retomada da rotina aos poucos. 
Atletas do Shandong Luneng realizaram testes físicos. (Foto: Globoesporte.globo.com)
Algumas equipes, como o Shandong Luneng e o Guangzhou Evergrande, voltaram a treinar, passando por testes físicos, segundo a imprensa chinesa. Mas uma nova medida do governo pode aumentar o tempo de pausa no esporte.

A Administração Geral do Esporte da China emitiu um comunicado oficial nesta terça-feira (31) anunciando que eventos de grande escala, que reúnam multidões, como os eventos esportivos, "não serão retomados por enquanto". 

A nota cita diretamente a federação de futebol e diz que o tempo de pausa será necessário para "implementar requisitos de prevenção e controle de epidemia".

Desta forma, existe a possibilidade de os planos da Superliga da China serem afetados pela medida governamental. 

Caso a pausa nas atividades esportivas durem mais que um mês, o campeonato terá seu início, antes previsto para o fim de abril, adiado novamente. 

A competição deveria ter se iniciado em fevereiro, quando o coronavírus ainda tinha grande força no país.

Para impedir o retorno da infecção comunitária do coronavírus, a China decidiu fechar suas fronteiras nesta semana - o que forçou atletas a correrem contra o tempo para retornar ao país. 

A partir de agora, nenhum estrangeiro, mesmo com residência fixa no país, pode entrar na China por tempo indeterminado.

Hulk e Oscar, do Shanghai SIPG, entraram no país minutos antes das fronteiras serem fechadas. 

Assim como outros estrangeiros, eles terão que passar um período de 14 dias em quarentena, mesmo não apresentando sintomas da COVID-19.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

Falência no esporte

Federação de Rúgbi dos Estados Unidos entra com pedido de falência por causa da pandemia de coronavírus.

Em dificuldades financeiras, USA Rugby previa situação ainda mais delicada e vai entrar em reformulação com a ajuda da Confederação Internacional do esporte.
Time de rúgbi dos Estados Unidos. (Foto: Globoesporte.globo.com)
A pandemia pelo novo coronavírus tem feito estragos em todo o mundo. 

E, nos Estados Unidos, além de um recorde de casos e alto número de mortes, a situação afetou até mesmo a Federação de Rúgbi do país. 

Em delicada situação financeira, a USA Rugby declarou falência nesta terça-feira (31) já prevendo os efeitos negativos na parte econômica da modalidade com o tempo sem jogos.

Em comunicado oficial, a USA Rugby explicou a decisão após conversas com o Congresso dos Estados Unidos. 

As duas partes concordaram que o pedido de falência neste momento seria a melhor alternativa para salvar o esporte no país. 

Isso porque, a partir desse momento, a entidade passará pelo processo de reorganização liderado pela Confederação Internacional de Rúgbi (World Rugby).

"Essa é a melhor plataforma para mudanças com eficiência e enfrentar os desafios, fornecendo uma base para dar estabilidade no futuro", diz a nota oficial.

A federação de rúgbi dos Estados Unidos ficará 30 dias fechada para início do processo de reformulação. 

Os últimos anos foram marcados por altos custos e operando com prejuízo. 

A pandemia pelo novo coronavírus fez com que as atividades fossem suspensas, sem a disputa de jogos e, com isso, as receitas com os jogos e patrocinadores caíram consideravelmente, gerando um cenário futuro praticamente sem salvação.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

Doação para a escolha da sede

Empresário japonês admite ter dado presentes para membros do COI (Comitê Olímpico Internacional) na escolha da sede olímpica.
Estádio Olímpico de Tóquio. (Foto: Globoesporte.globo.com)
Segundo a agência Reuters, Haruyuki Takahashi assumiu ter distribuídos presentes em troca de votos em favor de Tóquio.

A cidade de Tóquio ganhou, em 2013, o direito de ser sede dos Jogos Olímpicos que seriam realizados em 2020, e agora estão marcados para 2021 por conta da pandemia do novo coronavírus. 

Mas a disputa para decidir a cidade que receberia os Jogos segue rodeadas de denúncias.

Nesta terça-feira (31), Haruyuki Takahashi, ex-executivo da influente agência de publicidade Dentsu Incl, disse à agência de notícias Reuters, que deu presentes para alguns membros do Comitê Olímpico Internacional (COI) que seriam votantes da eleição

"Você não fica de mãos vazias, é senso comum. Os presentes são baratos", disse.

A Agência Reuters teve acesso a um relatório, que indica que Takahashi enviou presentes para Diack, como câmeras, um relógio de 46,5 mil euros ( R$ 250 mil), além de outros presentes entregues em festas da candidatura japonesa.

Takahashi admitiu ter pedido a Lamine Diack, dirigente importante da Federação Internacional de Atletismo, para apoiar a campanha de Tóquio, mas negou ter pago subornos ou feito algo errado.

Lamine Diack aguarda julgamento em Paris, acusado de corrupção relacionada a vários eventos esportivos, inclusive a escolha para as Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016.

Segundo os registros bancários fornecidos aos promotores franceses, que fazem a investigação, o comitê de Tóquio pagou US $ 2,3 milhões por meio de um consultor de Singapura para obter o apoio de Diack ao Japão para sediar os Jogos 2020.

O COI disse que não teria conhecimento de pagamentos entre partes privadas ou presentes dados aos membros do COI.

Ex-executivo da agência de publicidade Dentsu Inc, Haruyuki Takahashi foi contratado com esta missão e confirmou à agência de notícias que a sua intenção era pressionar membros específicos do COI.

A Justiça francesa também está investigando o filho de Diack, Papa Diack, sob suspeita de que ele tenha recebido a maior parte do dinheiro pago e repassado dinheiro ao pai para garantir votos em Tóquio. 

O filho de Diack também negou qualquer irregularidade.

O Comitê Olímpico Internacional afirmou não ter conhecimento de pagamentos em festas particulares ou presentes dados aos membros da entidade.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

Ideia emergencial

Premier League pode ter solução com 92 jogos em 60 dias em campo neutro.
Jürgen Klopp técnico do Liverpool da Inglaterra. (Foto: Globoesporte.globo.com)
É uma ideia para conseguir terminar o campeonato até o final de julho.

Por enquanto, é apenas mais uma ideia, mas boa. 

Porque todas as soluções, mesmo excepcionais e fora de contexto em condições de normalidade, se visarem a terminar os torneios que começaram serão positivas, especialmente se tiverem consenso. 

Se nenhum clube quiser puxar a brasa para a sua sardinha.

A ideia agora é fazer pré-temporada dos clubes ingleses em maio e realizar os 92 jogos restantes da Premier League em duas sedes fixas, no Midlands e em Londres, com os times enfrentando-se em campo neutro e possivelmente com portas fechadas. 

A notícia foi dada inicialmente pelo jornal The Independent. 

Na Itália, La Gazzetta dello Sport publicou a possibilidade em sua edição de segunda-feira (30) e A Bola, em Portugal, divulgou a sugestão nesta terça-feira (31).

Jurgen Klopp e Josep Guardiola, treinadores do Liverpool e Manchester City, respectivamente, já se demonstraram contrários aos jogos sem torcida. 

Pode ser uma emergência.

A partir do final de maio, com todos os jogadores testados para a Covid-19, os times ficariam confinados em hotéis das regiões onde jogarão começariam a maratona para definir o campeão, os classificados para as competições europeias e os rebaixados.

Assim como a ideia aqui apresentada ontem do técnico português André Villas Boas, de abrasileirar o calendário europeu e jogar de janeiro a novembro até a Copa do Mundo do Catar, em 2022, este é um embrião. 

Mas pode ser uma solução melhor do que tornar a temporada nula, o que mataria o aspecto esportivo de uma temporada que está quase vencida pelo Liverpool.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

FIFA abrirá os cofres

FIFA usará caixa bilionário para criar fundo de emergência e ajudar mundo do futebol, diz jornal.
FIFA pretende ajuda a indústria do futebol. (Foto: Globoesporte.globo.com)
Segundo o "New York Times", entidade pretende repassar centenas de milhões de dólares para toda a indústria do esporte, intensamente afetada por pandemia do coronavírus.

A FIFA tentará amenizar os efeitos da crise econômica gerada em todo o mundo pela paralisação do futebol por conta da pandemia do coronavírus. 

De acordo com o jornal "The New York Times", a entidade máxima do futebol usará seu caixa bilionário para criar um fundo de ajuda emergencial, que poderia dar fôlego a federações, ligas e clubes.

A reportagem aponta que a FIFA pretende separar "centenas de milhões de dólares" de seu caixa, que teria US$ 2,7 bilhões (R$ 13,9 bilhões) de reserva. 

A criação do fundo emergencial ainda precisa ser aprovada pelo conselho da organização, mas a entidade enviou comunicado ao jornal norte-americano confirmando a intenção de "dar assistência" ao mundo do futebol.

"A FIFA está em uma situação financeira forte, e é nosso dever fazer o máximo para ajudar em uma hora de necessidade. Portanto, confirmamos que a FIFA está trabalhando em possibilidades de dar assistência à comunidade do futebol em todo o mundo, após fazer uma avaliação abrangente do impacto financeiro que essa pandemia terá no futebol", diz a nota.

O jornal ainda indica que, além de usar parte da reserva de caixa, a FIFA pretende "emprestar sua futura renda de TV e patrocínio" para aumentar o fundo de emergência. 

O fundo poderia funcionar da seguinte maneira: empréstimos de curto prazo ou subsídios de emergência.

Presidente da FIFA diz que coronavírus pode mudar calendário do futebol mundial: "Menos torneios"
Segundo a reportagem, existe uma preocupação se o dinheiro seria direcionado para as partes mais necessitadas, como clubes menores. 

Entretanto, fontes da Fifa indicaram que essa preocupação se tornou secundária diante da emergência histórica criada pela COVID-19.

O fundo seria gerenciado com lideranças independentes da FIFA "para evitar o risco de ser contaminado por questões políticas", indica a publicação. 

Atualmente, a entidade já repassa US$ 6 milhões a cada quatro anos para cada uma das 211 associações que fazem parte da organização.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

Nova data

Conmebol (Confederação Brasileira de Futebol) avalia prorrogar suspensão da Taça Libertadores da América para além de 5 de maio.
Conmebol já planeja adiar a volta para o início de maio. (Foto: Diariodoscampos.com.br)
Volta do torneio depende de retomada do futebol em todos os países e de reabertura de fronteiras em todas as 10 nações participantes da América do Sul.

Por causa do agravamento da pandemia de Covid-19 na América do Sul, a Conmebol estuda prorrogar o prazo de suspensão dos jogos da Taça Libertadores da América para além de 5 de maio, prazo inicialmente previsto pela própria confederação.

A avaliação na entidade é que será muito difícil que o futebol seja retomado dentro desta prazo em todos os 10 países da região, Brasil, Argentina, Uruguai, Chile, Paraguai, Peru, Bolívia, Colômbia, Equador e Venezuela.

Basta que em um deles não ocorra para que o torneio não seja retomado.

Além disso, as fronteiras entre todos os países precisam ser reabertas, situação que hoje é imprevisível.

No dia 12 de março, a Conmebol havia suspendido os jogos da Taça Libertadores da América por uma semana; em seguida, esticou a suspensão até 5 de maio.

Até o momento da interrupção, haviam sido disputadas duas das seis rodadas da fase de grupos.

Para tentar aliviar a situação dos clubes, a Conmebol adiantou o pagamento de parte da premiação relativa a esta fase da competição.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

segunda-feira, 30 de março de 2020

Ajuda através da lei

Opinião: o Estado, a crise e as mudanças necessárias no futebol brasileiro.
Direito esportivo pode ser a solução para os clubes conterem a crise. (Foto: Blog.uceff.edu.br)
Para advogado, Estado deve participar da construção de uma solução estrutural para os clubes, que ofereça segurança, responsabilidade e credibilidade.

Nesta segunda-feira (30), o GloboEsporte.com começa a publicar diariamente textos de opinião de personagens ligados ao futebol brasileiro sobre os efeitos da pandemia do novo coronavírus nos gramados do país. 

As opiniões pertencem apenas ao autor de cada texto e não necessariamente refletem a do GloboEsporte.com.

O impacto da pandemia da Covid-19 será (ou melhor, já é) brutal e não se reverterá em curto espaço de tempo. 

Não haverá saída que não envolva a enérgica participação do Estado. 

Por isso, os agentes privados que atuam no mercado e que costumam levantar as vozes, em muitas situações com razão, em outras não, para demandar a diminuição da máquina estatal, começaram, como em toda grande crise, a pedir socorro ao Poder Central.

A crise de 2008, por exemplo, só não foi maior porque as mãos visíveis do Estado, em países como os Estados Unidos, ergueram-se para reformular as bases legislativas e despejar bilhões de dólares. 

A que se vivencia atualmente seguirá a mesma cartilha, como já começaram a fazer, sem timidez, a Alemanha, a China e, outra vez, os Estados Unidos.

O Brasil também terá que deixar de lado a ortodoxia liberal que vinha norteando as suas politicas públicas, precisas em planilhas de excel, mas desconectadas da realidade social. 

O foco deverá ser, a partir de agora, o mundo real. 

E o futebol faz parte da realidade, apesar da vergonha generalizada que a sociedade, inclusive a parcela intelectualizada que o poetiza, nutre por ele.

Sim: afinal, talvez todo, ou quase todo, leitor estará, agora, pensando que há temas mais relevantes a enfrentar. Sim; e não.

Aliás, o preconceito com a mais intensa manifestação cultural brasileira, que está atrelado à popularização e à petrificação de um esporte originalmente elitizado, conduz aos recorrentes equívocos valorativos e à inadequação (i) das intervenções legislativas ou (ii) dos ineficientes subsídios estatais. 

Mas, desta vez, não haverá espaço para soluções paliativas, que resultem, ao final, apenas na preservação do secular sistema cartolarial.

Crise leva problemas do futebol a níveis jamais alcançados: É verdade que os problemas causados pelo modelo de propriedade do futebol, que persiste na esfera das associações, sem fins econômicos, não surgiram ou se revelaram com a crise. 

Ela, no entanto, além de alçá-los a níveis jamais imaginados, evidenciará a inevitabilidade da participação do Estado na construção de uma solução estrutural, sobretudo pelo oferecimento de um novo marco legislativo.

O caminho adequado seria a rápida convergência entre os Projetos de Lei que tramitam no Senado Federal, de autoria, respectivamente, do Deputado Pedro Paulo (DEM/RJ) e do Senador Rodrigo Pacheco (DEM/MG), que combinam, em suma, as vias para que clubes ou empresas constituídas pelos próprios clubes (clubes-empresa): (i) reestruturem suas dívidas; (ii) parcelem obrigações tributárias; (iii) centralizem execuções no âmbito da Justiça do Trabalho; (iv) possam adotar, espontaneamente, um tipo societário específico (a sociedade anônima do futebol); (v) introduzam técnicas adequadas de governança e controle; (vi) beneficiem-se de instrumentos de financiamento (específicos, inclusive) da atividade futebolística (debênture-fut); (vii) instituam programas de desenvolvimento educacional por meio do futebol; e (viii) gozem de um regime tributário especial (ao menos de natureza transitória).

A implementação de um novo ambiente, sustentável, por meio da mencionada reforma legislativa, no qual agentes atuem conforme regras e princípios organizados para oferecer segurança, credibilidade e responsabilidade, poderia, ademais, legitimar os times de futebol a beneficiarem-se de programas (econômicos) que vierem a ser instituídos para reagir às dificuldades do pós-Covid-19.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

Reunião agendada

UEFA (União das Associações Europeias de Futebol) definirá futuro na Liga dos Campeões em videoconferência na próxima quarta-feira (1º).
A discussão será quando voltará a Liga dos Campeões da Europa temporada 2019/2020. (Foto: Globoesporte.globo.com)
"Transferências e contratos de jogadores também serão discutidos na reunião", ressalta entidade em comunicado oficial.

A UEFA discutirá na próxima quarta-feira (1º) o destino da Liga dos Campeões desta temporada e de outras competições que foram suspensas devido à pandemia de coronavírus. 

Assim como há duas semanas, quando anunciou a paralisação dos torneios europeus, a entidade fará a reunião em uma videoconferência.

Todas as competições da UEFA foram interrompidas por causa do vírus Covid-19 que matou cerca de 34.000 pessoas pelo planeta, enquanto a Eurocopa deste ano foi adiado para 2021.

"A Uefa convidou os secretários-gerais das 55 federações-membro para uma videoconferência na quarta-feira, 1º de abril, para discutir as opções identificadas com relação ao possível reagendamento de partidas", diz o comunicado da UEFA.

Transferências e contratos de jogadores também serão discutidos na reunião, acrescentou a entidade.

O presidente da UEFA, Aleksander Ceferin, disse no fim de semana que a temporada atual pode ser perdida se não for possível recomeçar até o final de junho, embora ele não descarte estendê-la na próxima temporada.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

Proposta ousada

Técnico sugere calendário europeu igual ao do Brasil até Copa 2022.
André Villas Boas, técnico de futebol. (Foto: Globoesporte.globo.com)
Técnico André Villas Boas, do Olympique de Marselha, sugere fazer futebol de janeiro a dezembro até o final da Copa do Catar, daqui a dois anos e meio.

André Villas Boas foi técnico do Porto que venceu o Campeonato Português de 2011, com 21 pontos de vantagem sobre o Benfica de Jorge Jesus. 

Na mesma temporada, ganhou a Liga Europa e foi contratado pelo Chelsea, sinal do clube londrino de esperar dele o mesmo sucesso de José Mourinho, de quem foi consultor quando moraram no mesmo bairro e Mourinho era campeão pelo Porto.

No final de semana, André Villas Boas, hoje treinador do Olympique de Marselha, vice-líder do Campeonato Francês, sugeriu que a temporada europeia só seja concluída em novembro, que se dê o mês de dezembro de férias, e então se inicie um calendário provisório e diferente, de janeiro a novembro, em 2021 e 2022.

A lógica do técnico português é que a Copa do Mundo de 2022 acontecerá no Catar entre 21 de novembro e 18 de dezembro. 

Ou seja, haverá um problema de calendário na temporada 2022/2023, que pode começar a ser resolvido pela situação de emergência produzida pelo coronavírus. 

O futebol europeu teria temporada 2021 até novembro e 2022 também até o décimo primeiro mês do ano da Copa do Mundo.

Haveria uma temporada intermediária no primeiro semestre de 2023 e a Europa só voltaria ao calendário normal, com férias no verão, a partir de 2023/2024. 

A jornal A Bola, em sua edição de domingo (29), deu destaque a ideia com o título: "E a Europa virar... Brasil?" Não é provável que a ideia seja adotada pela UEFA (União das Associações Europeias de Futebol), mas o presidente da FIFA, Gianni Infantino, falou à Gazzetta dello Sport, segunda-feira (23) sobre adaptações de calendário depois da crise da Covid-19.

O mais estranho da ideia, é alguém na Europa cogitar abrasileirar o calendário europeu, enquanto cogitamos no Brasil adaptar o calendário ao europeu.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

E a Série D como fica?!?!

Jogadores da Série D querem cota da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e manutenção de campeonato.
Times da Série D querem a manutenção do campeonato. (Foto: Torcedores.com)
Ideia foi inspirada em reunião promovida pelos clubes da Série C do certame nacional, que também solicitaram ajuda à CBF.

Além de ter deixado o calendário de futebol brasileiro indefinido, a pandemia do coronavírus impacta na questão financeira dos clubes. 

Menos prestigiados que os integrantes da Séries A e B, que contam com altos patrocínios e cotas de TV, os clubes de divisões inferiores vivenciam um cenário preocupante para manter seus respectivos planteis. 

Diante desta situação, os jogadores dos 68 clubes participantes da Série D do Brasileirão deste ano se organizaram, e vão solicitar junto à CBF, uma cota para a viabilizar a participação das equipes na competição nacional no intuito de evitar uma onda de demissão em massa.

Pedindo que a entidade máxima “não esqueça da Série D”, o documento que será protocolado nesta segunda (30), e cita as dificuldades encontradas pelos clubes participantes, que em sua maioria possuem um orçamento muito limitado para competir.

O certame estava previsto para ter o seu início no dia 2 de maio. 

Contudo, devido à suspensão do calendário nacional por conta da pandemia, a sensação de incerteza pairou de vez na Série D. 

A exemplo dos clubes das outras divisões, os participantes da Série D pedem a manutenção do formato de disputa da competição. 

Além disso, é solicitada a distribuição de cotas de participação, fato este que ajudaria os clubes nas despesas mensais.

NOVO REGULAMENTO DO CERTAME: A principal mudança é a disputa de um mata-mata preliminar, que contará com oito clubes, onde apenas quatro avançam para a fase de grupos. 

Os duelos serão com jogos de ida e volta. 

Quem avançar será alocado nos grupos A1, A2, A5 e A6, juntando-se assim a outros 60 clubes na fase de grupos.

O certame contará com 64 participantes, divididos em oito grupos com oito integrantes cada. 

Cada time jogará 14 jogos nesta primeira fase, sete como mandante e sete como visitante – dentro do seu grupo. 

Os quatro melhores de cada chave, totalizando 32 clubes iniciarão o mata-mata.

Os times que chegarem na sonhada semifinal do certame já estarão automaticamente garantidos na Série C de 2021. 

Por questões de logística, os confrontos serão regionalizados.

Reportagem: Torcedores.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro