terça-feira, 17 de março de 2020

Campeões do bom senso

Palmeiras, Botafogo e Fluminense foram os líderes do bom senso.

Reunião em São Paulo foi mais dividida do que fez supor o coro da unanimidade. 
Palmeiras foi a favor da paralisação do futebol paulista. (Foto: Espn.com.br)
À parte a Federação Mineira ter sido a primeira a anunciar oficialmente a paralisação de seu estadual, ainda no domingo (15), e de a Federação Gaúcha também ter sido mais rápida, as posições de liderança de Palmeiras, Botafogo e Fluminense foram decisivas para os campeonatos de São Paulo e Rio de Janeiro não passarem pelo ridículo de não serem paralisados.

O Flamengo divulgou nota assim que a reunião do Rio de Janeiro terminou afirmando ter sido sempre favorável à posição "unânime". 

Mas não foi assim tão simples o consenso, tanto do lado rubro-negro, quanto do lado dos clubes pequenos.

Em São Paulo, ficou evidente as posições contrárias à paralisação de Guarani, Água Santa, Novorizontino e Santo André. 

Mas, no início da reunião, Santos e São Paulo também se alinhavam com os clubes do interior que pretendiam disputar a última rodada do Paulista, antecipadamente, nesta quarta-feira (18) e a penúltima na data marcada, no próximo final de semana.

Até mesmo o Corinthians tinha posição intermediária e só o Palmeiras insistia que só havia uma posição correta a ser tomada: a suspensão por tempo indeterminado. 

No sábado (14), o clube fechou suas atividades. 

Nenhuma área do clube foi aberta, embora os sócios pudessem circular por dentro do clube para, por exemplo, atravessar para o lado oposto do bairro, entrando e saindo por portarias diferentes.

Na reunião da Federação Paulista, os quatro clubes pequenos, no início com apoio também do Ituano era de que as duas rodadas disputadas permitiram liberar os jogadores cujos contratos terminam no final do estadual e a paralisação obriga a uma renovação mesmo sem haver calendário no segundo semestre, Santo André, Água Santa e Novorizontino não têm divisão nacional.

A posição só mudou concretamente quando Andrés Sanchez deixou a sala e recebeu a notícia de que o atacante Luan, do Corinthians, tinha dores de cabeça e estava sendo submetido a exames para saber se portava o corona vírus. 

A notícia caiu feito bomba na sala de reuniões e evidenciou que, se a Federação não parasse o campeonato, os jogadores acabaria por parar.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

Nenhum comentário:

Postar um comentário