segunda-feira, 16 de março de 2020

Bugre vence o clássico campineiro

Ponte Preta abre 2 a 0, Guarani vira no segundo tempo e acaba com escrita de oito anos em dérbis.
Guarani fica perto da classificação. (Foto: Globoesporte.globo.com)
Resultado encaminha a vaga do Bugre às quartas de final e afunda a Macaca na lanterna do Paulistão.

Vitória alviverde também complica situação do Corinthians no Grupo D.

Dérbi de segunda-feira é sinônimo de virada histórica no Brinco de Ouro. 

Se em 2002 a Ponte Preta acabou com um tabu de 15 anos após sair perdendo por 2 a 0, o Bugre encerrou uma escrita de oito anos com um roteiro parecido neste 16 de março de 2020. 

No último jogo antes da paralisação do Campeonato Paulista, a Macaca abriu 2 a 0 no primeiro tempo, o Bugre fez três gols do intervalo e ganhou o centésimo nonagésimo sexto clássico campineiro por 3 a 2, pela décima rodada da primeira fase. 

O resultado encaminha a vaga alviverde às quartas de final e afunda a Ponte na lanterna. 

O jogo foi disputado com portões fechados por determinação da Secretaria de Saúde de Campinas devido à pandemia do coronavírus.

A Ponte abriu vantagem no fim do primeiro tempo, quando marcou com Alisson, de cabeça, aos 41 minutos do primeiro tempo, e depois Roger, de pênalti, aos 46 minutos do primeiro tempo. 

A reação do Guarani começou com Júnior Todinho, aos 10 minutos do segundo tempo, Juninho empatou aos 35 minutos do segundo tempo, e Thallyson virou aos 43 minutos do segundo tempo.

O Guarani chega aos 16 pontos com a segunda vitória consecutiva e abre cinco de vantagem para Corinthians e Ferroviária no Grupo D, com seis ainda em disputa. 

O Bragantino, já classificado, lidera com 17 pontos. 

A Ponte, por sua vez, completa sete partidas sem vencer no estadual, com seis derrotas no jejum, e fica em situação ainda mais dramática. 

É a lanterna na classificação geral, com sete pontos, a três do primeiro time fora da degola.

Na verdade, ninguém sabe! 

Depois da suspensão do Campeonato Paulista, os clubes agora vão formar uma comissão para discutir os rumos do campeonato. 

A paralisação é por tempo indeterminado. 

A tabela da primeira fase do Guarani ainda tem Botafogo-SP (fora) e São Paulo (casa) pela frente, enquanto os adversários da Ponte são Novorizontino (casa) e Mirassol (fora).

Vitória do Guarani aumenta muito a chance de o Corinthians ficar fora da fase final do Paulistão.

Timão precisa vencer os dois jogos que restam e torcer para o Bugre não somar pontos.

A vitória de virada do Guarani sobre a Ponte Preta, por 3 a 2, na noite desta segunda-feira (16), pela décima rodada do Campeonato Paulista, complicou ainda mais a situação do Corinthians na competição. 

O Timão está seriamente ameaçado de ficar fora das quartas de final.

Com o resultado, o Guarani, segundo colocado do Grupo D, foi a 16 pontos e abriu cinco de distância para o Timão, terceiro colocado, com 11, a duas rodadas do fim da fase de classificação.

Portanto, o Corinthians precisa vencer os dois jogos que restam, contra Palmeiras (em casa) e Oeste (fora), e torcer para o time de Campinas perder de Botafogo-SP (fora) e São Paulo (em casa). 

Nesse cenário, o Timão iria a 17 pontos, e o Bugre estacionaria nos 16.

Se o Guarani vencer qualquer um dos jogos, o Corinthians está eliminado. 

Em caso de os campineiros somarem apenas mais um ponto em duas rodadas, o Timão ainda assim teria de tirar saldo de gols, que hoje está em 6 a 2 para o Guarani.

O Dérbi campineiro foi o último jogo realizado antes da suspensão do estadual. 

Em reunião na Federação Paulista de Futebol, os clubes decidiram pela paralisação do torneio por tempo indeterminado.

Foi a sexagésima sétima vitória do Guarani em 196 capítulos da centenária rivalidade. 

Os números ainda têm 64 triunfos da Ponte, 64 empates, além de um resultado desconhecido, justamente o primeiro, em 1912. 

O Guarani não vencia o clássico desde 2012. Eram quatro vitórias da Ponte e dois empates de lá para cá. Parecia que o jejum aumentaria, mas uma virada incrível fez o Guarani renascer e voltar a sentir o sabor de ganhar um dérbi depois de oito anos.

Em um primeiro tempo truncado, com 24 faltas (12 para cada lado), o Guarani, como de costume, ficou mais com a posse e tentou propor o jogo, mas foi anulado pela marcação da Ponte, que levou perigo com Zanocelo, em chute na trave aos 18 minutos do primeiro tempo, e depois construiu a vantagem a partir de dois escanteios. 

No primeiro, aos 41 minutos do primeiro tempo, Alisson completou de cabeça o cruzamento de João Paulo. 

Depois, o árbitro viu toque de mão de Romércio em disputa com Bruno Reis: Roger converteu a cobrança e ampliou, aos 46 minutos do primeiro tempo. 

O Guarani chegou para valer apenas uma vez, quando Giovanny obrigou Ivan a fazer uma grande defesa, aos 39 minutos do primeiro tempo.

A mesma bola aérea que machucou o Guarani no primeiro tempo recolocou o time no jogo na volta do intervalo. 

Aos 10 minutos do segundo tempo, Todinho diminuiu após bicicleta de Lucas Crispim, que, segundo a Central do Apito, estava em posição de impedimento. 

O Guarani alugou o campo de defesa alvinegro. 

A pressão também abriu espaços para os contra-ataques da Macaca, mas Roger, em decisão errada (eram dois contra um defensor bugrino), e João Paulo, que parou em linda defesa de Jeferson, não aproveitaram. 

Essa última chance da Ponte aconteceu aos 30 minutos do segundo tempo. 

A partir daí, o Bugre conseguiu reverter o domínio territorial em gols, com grande participação de Thallyson. 

Primeiro, ele tabelou pela esquerda e rolou para Juninho igualar, aos 35 minutos do segundo tempo.

Depois, aos 43 minutos do segundo tempo, acertou um belo chute de direita para definir a história que o dérbi 196 contará para sempre: uma virada incrível do Guarani.

Com portões fechados - algo inédito na centenária rivalidade do dérbi, a torcida do Guarani se fez presente do lado de fora, onde recepcionou o ônibus e depois acompanhou a partida em um telão nas redondezas do Brinco. 

Os pontepretanos também se reuniram na saída da delegação da concentração para passar o último apoio ao time.

Quando a Ponte abriu 2 a 0, uma confusão generalizada tomou conta dos arredores do Brinco de Ouro a partir de uma tentativa de invasão dos bugrinos. 

O confronto entre torcedores e Polícia Militar durou aproximadamente 30 minutos, com um saldo de quatro policiais feridos, entre pedrada na cabeça, corte, convulsões e vômitos. 

Todos foram encaminhados para o Hospital Santa Tereza.

Ao fim do jogo, as cenas lamentáveis aconteceram dentro de campo. 

Roger ficou revoltado com um chapéu que levou de Jeferson Paulino quando o jogo estava parado e partiu para cima do goleiro bugrino quando Salim Fende Chavez encerrou a partida. 

Os outros jogadores também entraram no meio, entre socos e empurrões. 

Um segurança da Ponte ergueu Roger para tirá-lo de campo, mas o atacante não parou de tirar satisfação até ser expulso pela arbitragem.

O resultado final do dérbi também pode ser explicado pelo desempenho dos treinadores. 

Enquanto João Brigatti acertou na escalação, mas se equivocou nas substituições, Carpini errou na formação inicial, colocando em campo um time que ainda não havia jogado junto, mas corrigiu a rota com as mudanças durante o jogo.

Após o empate por 1 a 1 com o Ituano, domingo (15), em Itaquera, o Corinthians não consegue mais também alcançar o Bragantino, líder da chave e já com classificação garantida.

Mesmo que vença os dois jogos e o Bragantino perca, o Timão apenas empataria em pontos (17), mas não igualaria o número de vitórias (5 a 2 para o Bragantino neste momento).

A equipe comandada pelo técnico Tiago Nunes vive má fase. 

Além de ter sido eliminado na primeira fase da Taça Libertadores da América, o Corinthians não vence no Paulistão há seis rodadas. 

O último triunfo foi diante do Santos, em 2 de fevereiro.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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