quinta-feira, 30 de abril de 2020

Salário em jogo

Corte de salários durante a pandemia já atinge 16 clubes da Série A. 

Veja medidas de cada um.
Equipes fazem planejamento financeiro na pandemia. (Foto: Globoesporte.globo.com)
Número de equipes atingidas pode aumentar nos próximos dias. 

Diminuições nos vencimentos variam de 15% a 50%. 

Cruzeiro também reduz gastos na Série B.

O corte de salários durante a pandemia de coronavírus já chegou a 16 dos 20 clubes que integram a Série A do Campeonato Brasileiro em 2020. 

As diminuições variam de 15% a 50% (veja na lista abaixo a situação de cada um deles).

Em levantamento feito pelo GloboEsporte.com, Atlético-MG, Bahia, Ceará, Corinthians, Coritiba, Flamengo, Fluminense, Fortaleza, Goiás, Grêmio, Internacional, Palmeiras, Santos, São Paulo, Sport e Vasco tomaram medidas para enxugar os gastos.

O Cruzeiro, rebaixado para a Série B no ano passado e em grave crise financeira, também optou pela redução de 25% dos salários dos jogadores e funcionários, após o retorno das férias (termina nesta quinta).

A lista pode aumentar nos próximos dias com o Atlético-GO e Botafogo. 

Ambos se comprometeram a pagar integralmente os vencimentos até abril, mas cogitam reduções a partir de maio por conta da diminuição na arrecadação.

O único clube que anunciou que não fará cortes nos salários é o Bragantino, amparado pela parceria com a Red Bull. 

Para minimizar o impacto da paralisação do futebol, o clube optou por diminuir investimentos em outros setores, como a contratação de jogadores. Só em 2020, a equipe do interior de São Paulo injetou R$ 84 milhões em reforços.

O Athletico ainda não se manifestou sobre o assunto.

Milionários também cortam: Flamengo e Palmeiras não conseguiram escapar da dificuldade financeira em meio à pandemia. 

Com grandes investimentos no futebol nos últimos anos, os clubes já anunciaram os cortes. 

O Rubro-Negro iniciou as demissões de funcionários das categorias de base nesta quinta-feira (30) e ainda não comunicou se mexerá nos salários dos jogadores.

O Verdão reduziu 25% dos salários dos atletas, da comissão técnica e dos dirigentes do departamento de futebol. 

Os demais funcionários farão parte de outro acordo, ainda a ser elaborado pela diretoria.

Jogadores negociam: O Santos teve problemas para colocar em prática o plano de contenção de gastos. 

O elenco recusou a oferta de diminuir os vencimentos em 50% e fechou acordo em 30%.

No São Paulo, a proposta de cortar 50% dos salários e suspender o pagamento do direito de imagem desagradou o grupo. 

Mesmo assim, o clube optou por efetuar a redução, abrindo brecha para uma disputa jurídica no futuro.

O clube garante um pagamento mínimo mensal de R$ 50 mil (jogadores que recebem abaixo disso, obviamente, não tiveram redução) como piso e promete reembolsar todos os descontos no período em seis parcelas iguais a partir do momento em que a situação estiver normalizada. 

Comissão técnica e dirigentes também entraram nos cortes.

"Essa conversa foi bem aceita pelos atletas, depois eles conversaram entre eles. Como falei, não existiu um acordo formal, um de acordo, existem muitas dúvidas entre eles. É difícil conversar não estando pessoalmente com o grupo todo. Conversamos com lideranças e depois teve conversa entre eles. Mas desde do que aconteceu diretamente conosco não teve nenhuma manifestação, pelo contrário, os jogadores que estão se alternando no treinamento e na comunicação, no contato que a gente teve é todo mundo entendendo a situação", afirmou Raí, diretor-executivo de futebol do São Paulo, ao GloboEsporte.com.

A Medida Provisória 936 apresentada no início de abril pelo governo federal autoriza os empregadores a reduzir salários e jornadas de trabalho por até 90 dias ou suspender contratos de trabalho por até 60 dias, com direito a estabilidade temporária do empregado e recebimento de benefício emergencial.

A redução de jornada e salário pode ser de 25%, 50% ou 75% por acordo individual e até de 100% para acordo coletivo.

Veja abaixo a situação de cada time da Série A:

Athletico-PR: O Furação não informa se estuda algum tipo de medida semelhante. 

Até agora, o clube não se movimentou neste sentido.

Atlético-GO: O Dragão teve conversas preliminares, mas ainda não concluiu a negociação. 

Segundo o clube, o elenco saiu de férias até o fim de abril ainda sem sofrer qualquer redução salarial. 

A diretoria aguarda o retorno dos atletas para finalizar o acerto. 

A redução deve variar de 30% a 50% e vai durar até a retomada dos jogos.

Atlético-MG: Em 29 de março, o Galo informou via nota oficial que cortaria em até 25% os salários dos colaboradores, isso em uma escala pré-definida. 

Quanto maior o salário, maior o corte. 

Até o momento, a redução não incide nos direitos de imagem dos jogadores e comissão técnica. 

Não há prazo para a duração.

Bahia-BA: O Tricolor reduziu em 25% os salários de jogadores, comissão técnica e diretoria. 

A medida foi anunciada esta semana pelo presidente do clube, Guilherme Bellintani. 

Os salários só voltarão a ser pagos normalmente quando os jogadores retornarem. 

Além da redução dos salários de jogadores, comissão e diretoria, o presidente anunciou que o próprio salário será suspenso enquanto durar a pandemia. 

Ele só volta a receber após a retomada do futebol.

Botafogo-RJ: O Alvinegro é um dos clubes brasileiros que optaram por não cortar salários ainda e vai pagar integralmente os vencimentos de março e abril. 

Terminadas as férias nesta quinta-feira (30), os dirigentes vão se reunir para analisar novamente essa situação. 

A partir de agora, a tendência é que cheguem a um acordo com os atletas para uma redução. 

Recentemente, o meia japonês Keisuke Honda usou seu Twitter para se manifestar a favor da diminuição dos salários.

Bragantino-SP: O Bragantino optou por manter os salários integrais de jogadores e funcionários durante a paralisação. 

Prevendo queda na receita, o clube preferiu reduzir custos de outros setores. 

Um deles, segundo Thiago Scuro, é a contratação de atletas. 

No início do ano, a equipe investiu mais de R$ 80 milhões em reforços. 

Para o Brasileirão, o clube deve colocar o pé no freio ao buscar novos jogadores.

Ceará-CE: Em março e abril, os atletas do Ceará receberam 75% dos salários da CLT e dos direitos de imagem. 

Os 25% restantes em cada categoria serão diluídos nos pagamentos a partir de julho. 

Em abril, os jogadores abriram mão de 10% dos salários, a serem descontados dos 25% restantes da CLT e dos direitos de imagem. 

Novos acordos devem ser feitos em maio.

Corinthians-SP: O Timão anunciou nesta quinta-feira (30) o corte de 25% dos salários dos jogadores, que impactará os vencimentos relativos ao mês de maio. 

O clube já havia reduzido os salários dos funcionários, 50% dos que estão trabalhando em home office e 70% dos que estão inativos.

Coritiba-PR: O Coxa anunciou na última quarta-feira (29) a demissão, redução salarial e suspensão de contratos de funcionários. 

O clube não divulgou de forma oficial qual o impacto das medidas e nem por quanto tempo, mas ela deve abranger a maior parte dos profissionais e dos diferentes departamentos. 

Nesta quinta-feira (30), o Coxa também informou a redução salarial em 25% de jogadores e comissão técnica do time profissional, além da suspensão dos quadros das categorias de base e de demissões no setor administrativo.

Flamengo-RJ: O clube ainda não mexeu nos salários dos jogadores, mas começou a redução da folha com a demissão de mais de dez funcionários nesta quinta-feira (30). 

O número de demitidos neste fim de semana será de 62 funcionários. 

Além das demissões, outras medidas estão previstas para a próxima semana, como cortes de parte dos salários e liberação de boa parte dos funcionários até que as atividades voltem à normalidade.

Fluminense-RJ: O Tricolor chegou a um acordo com os jogadores para redução de salários em negociações conduzidas diretamente pelo presidente Mário Bittencourt com lideranças do elenco. 

Ficou combinado um corte de 15% nos vencimentos de março e 25% nos de maio (atletas tiveram férias em abril). 

Junho só será integral se os jogos retornarem. 

Caso contrário, também terá corte de 25%. 

Se a paralisação se estender, haverá nova negociação para o segundo semestre. 

Anteriormente, a comissão técnica já havia reduzido parte de seus salários durante a pandemia, e diretores, gerentes e prestadores de serviço que ganham acima de uma determinada faixa salarial abriram mão de 15% de seus vencimentos para serem destinados ao pagamento de funcionários. 

Nesta quinta-feira (30), o Fluminense estendeu até 15 de maio a paralisação das atividades do clube.

Fortaleza-CE: Primeiro clube da Série A do Brasileirão a chegar a um acordo com os jogadores, o time pagou 75% dos salários em março e abril. 

Os 25% restantes de março serão quitados no período pós-pandemia. 

Em abril, os jogadores abriram mão de 10%, e os outros 15% também serão recebidos após a crise. 

Além do elenco, a diretoria tricolor reduziu os próprios vencimentos de abril em 15%. 

O time deve realizar novos acordos em maio.

Goiás-GO: O Esmeraldino concluiu a negociação com os jogadores no dia 14 de abril, e a redução dos salários se aproxima de 50%. 

Funcionários, comissão técnica e dirigentes também entraram no acordo. 

Inicialmente, a medida valeu para o mês de abril, mas já está sendo prorrogada para maio e junho ou até enquanto durar a paralisação do futebol brasileiro.

Grêmio-RS: O Tricolor acertou as readequações com os jogadores e com o técnico Renato Gaúcho ainda em março (os valores não foram revelados). 

A diretoria negociou com os atletas o adiamento do pagamento de quatro meses de direitos de imagem para janeiro de 2021. 

Recentemente, o clube anunciou mais alguns cortes, com suspensão de atividades em alguns departamentos e redução de 25% nos salários para alguns funcionários.

Internacional-RS: O Colorado entrou em acordo com os jogadores na última terça-feira (28) para "congelar" o pagamento de direitos de imagem ao menos pelos próximos três meses, ou até voltar a ter um fluxo de caixa mais perto do normal. 

Isso representa cerca de 30% dos vencimentos. 

O pagamento foi adiado para janeiro de 2021, pelo menos. 

O clube também fez uma readequação de vencimentos com o técnico Eduardo Coudet. 

Mas preservou funcionários com salários mais baixos. 

A ordem para todas as vice-presidências é reduzir em 30% o orçamento.

Palmeiras-SP: O Verdão informou nesta quinta-feira (30) que aplicará, em maio e junho, uma redução salarial de 25% no departamento de futebol, o que inclui jogadores, o técnico Vanderlei Luxemburgo, o gerente Cícero Souza e o diretor Anderson Barros.

Santos-SP: O elenco do Santos chegou a um acordo com a diretoria para reduzir os salários em 30% durante a pausa do futebol por causa da pandemia do novo coronavírus, a partir de maio. 

A proposta inicial dos dirigentes era para diminuir o valor total em 50%.

São Paulo-SP: O Tricolor cortou 50% dos salários de jogadores, comissão técnica e dirigentes. 

O elenco chegou a se manifestar contrário à diminuição, mas o clube depositou os 50% dos vencimentos no dia 5 de abril (referente a março).

Sport-PE: A comissão técnica e os jogadores do Leão ainda não acertaram qualquer tipo de redução. 

Entretanto, o clube vai incluir funcionários na Medida Provisória 936, que permite redução de carga horária e salários. 

São medidas trabalhistas em que, para evitar demissões em massa, o Governo Federal compensará parte da perda que o empregado terá na remuneração.

Vasco-RJ: O Vasco decidiu suspender o contrato de um grupo de funcionários por dois meses, entre os dias 1º de maio e 1º de julho. 

O clube anunciou que seguirá pagando 30% do salário bruto como ajuda compensatória mensal. 

Vale destacar que o Vasco deve salários a jogadores (não pagou nenhuma folha referente a 2020) e tem pendências diferentes com grupos de funcionários. 

Alguns receberam janeiro, outros não. Há colaboradores que ainda não receberam férias.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro 

Sem acordo

Presidente da Federação Italiana se recusa a assinar documento que encerra a temporada da Série A.

Grabriele Gravina afirma que, caso a temporada seja encerrada, haverá um prejuízo de 700 milhões de euros.
Campeonato Italiano sem previsão de volta. (Foto: Torcedores.com)
O presidente da Federação Italiana de Futebol, Gabriele Gravina, informou que se recusa a assinar o documento que encerra a temporada 2019/2020 da Série A. 

Segundo o presidente, caso a temporada seja encerrada, o prejuízo pode chegar a 700 milhões de euros.

“Estou protegendo os interesses do mundo do futebol e me recuso a assinar um bloqueio total da temporada, exceto por condições objetivas, relacionadas à saúde de jogadores, treinadores, equipe técnica e especialistas. Mas deverão me dizer com clareza e me impedir de seguir em frente.”

Sobre os prejuízos, Gravina falou sobre as “categorias”, onde haverá perda em qualquer uma, mas a maior será com o encerramento da temporada: 

“O dano econômico será dividido em categorias. Com o fechamento total, o sistema perderia de 700 a 800 milhões de euros; se fosse jogado a portas fechadas, haveria perdas de 300 milhões, se fosse jogado a portas abertas, seria 150 milhões, mas isso é não é uma opção ”

As últimas decisões tomadas pelo governo italiano, em um decreto criado que impede que as equipes treinem nos centros de treinamentos antes do dia 18 de maio, e que permite que atletas individuais treinem a partir do dia 4 de maio, deixou Gravina desconfortável. 

Ele citou o exemplo do Paris Saint-Germain, que perdeu 200 milhões de euros com o anuncio do fim da temporada.

“Na França, o governo estabeleceu o que a Federação deveria fazer. O Paris Saint-Germain, por exemplo, disse que perdeu imediatamente 200 milhões após o anúncio do fim do campeonato e, no momento, não sabe se poderá participar das Copas da Europa”

O presidente também falou sobre a possibilidade de retornar com o futebol somente após a temporada 2020/2021, pedindo uma atenção especial para a situação dos jogadores.

“Ouvi dizer que temos que esperar o contágio zero e a vacina. Então, na prática, eles estão nos dizendo que também não vamos jogar o campeonato 2020/2021. O que diremos aos jogadores de futebol com famílias? Que talvez pelos próximos dois, três anos eles precisem mudar de emprego? Repito mais uma vez o conceito: nunca assino um bloqueio do campeonato”, concluiu.

Reportagem: Torcedores.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

Novo escândalo

Rússia está próxima de viver um novo escândalo de doping.
Wada prevê novos escândalos de doping na Rússia. (Foto: Christinne Muschi/Reuters)
Agência Mundial Antidoping encerrou análises de 298 amostras, mas ainda existem outras 57 à espera de resultados.

Punida em dezembro com uma suspensão por quatro anos em Olimpíadas e Campeonatos Mundiais, a Rússia está próxima de viver um novo escândalo de doping, de acordo com a Agência Mundial Antidoping (Wada). 

Nesta quinta-feira (30), a entidade informou que concluiu os exames das amostras de 298 atletas, mas que outras 57 ainda estão à espera de resultados.

"Esta foi a investigação mais complexa da história. Foi uma mobilização enorme, 24 terabytes de dados, centenas de atletas em 28 organizações e produziu resultados reais", afirmou o presidente da Wada, Witold Bańka.

Do total de 298 amostras, a Wada destacou que encontrou indícios de manipulação de resultados em 145. 

E outras oito também apresentaram algum tipo de irregularidade.

A agência não revelou os nomes dos atletas envolvidos mas confirmou que eles pertencem a 27 federações esportivas internacionais. 

Os resultados já foram enviados a cada instituição para as providências serem tomadas e, caso não ocorram, a Wada garantiu que pode entrar diretamente no Tribunal Arbitral do Esporte (CAS) para punir os culpados.

Novos casos: O escândalo de doping que atingiu a Rússia começou após a realização dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi 2014. 

Na ocasião, autoridades do governo russo foram acusados de acobertar um esquema de fraudes nos resultados dos exames para beneficiar os seus atletas.

E o presidente da Wada enfatizou que o trabalho de investigação da agência não terminou. 

Principalmente, porque um novo arquivo, com 57 amostras, foi descoberto no Laboratório de Doping de Moscou.

"Este não é o fim do caminho. Há ainda mais análises das amostras recuperadas, que está em curso. A Wada já descobriu 57 casos, além de dezenas que foram apresentados e tiveram processos de investigação abertos diretamente pelas Federações Internacionais, como ocorreu com levantamento de peso e atletismo", destacou Bańka.

Durante toda o curso das investigações, a Rússia negou qualquer tipo de envolvimento estatal na manipulação dos resultados dos exames de seus atletas.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

Protocolo da CBF

CBF (Confederação Brasileira de Futebol) envia protocolo médico para Governo Federal e aguarda aval para distribuir a federações.
Gianni Infantino, Rogério Caboclo, Jair Bolsonaro, Brasília, camisa branca, seleção brasileira. (Foto: Marcos Corrêa/PR)
Aprovado internamente há mais de duas semanas, documento vai passar por crivo do Ministério da Saúde, com previsão de sair na segunda (dia 4 de maio). 

Compra de testes ainda provoca discussões.

Está nas mãos do Governo Federal o protocolo para retomada progressiva do futebol, organizado pela CBF. 

Com participação de comissão de médicos e reuniões semanais em que mais de 100 profissionais de clubes e infectologistas participaram, o documento é o ponto de partida para diversos clubes e federações pelo país.

O Ministério da Saúde ainda não respondeu a CBF sobre a aprovação do protocolo. 

Mas indicou que até o fim de semana libera o documento. 

A previsão é de publicação e distribuição na segunda-feira. Internamente, a diretoria da entidade nacional do futebol já tinha aprovado o protocolo, que tem mais de 20 páginas e embasou Rio de Janeiro e Santa Catarina, dois dos primeiros estados que prepararam seu planejamento.

A troca do ministro da Saúde, em meados de abril, atrasou a publicação do protocolo nacional da CBF. 

O recuo foi estratégico do presidente da CBF, Rogéri Caboclo. 

Já havia pressão por todos os lados para a bola rolar, pelo menos para a volta dos treinos, mas principalmente de cima, com manifestações constantes do presidente da República, Jair Bolsonaro.

O "Guia Médico de sugestões protetivas para retorno das atividades do futebol brasileiro" foi montado pela Comissão Nacional de Médicos da CBF com Nemi Sabeh Junior, médico da seleção feminina, mais os chefes dos departamentos médicos do Atlético-MG, Rodrigo Lasmar, que também é da Seleção, do Flamengo, Márcio Tannure, do Avaí, Luis Fernando Funchal, e da Ponte Preta, Roberto Nishimura. 

O infectologista Sergio Wey, do Hospital Albert Einstein, orientou os médicos.

Apoiado em trabalhos acadêmicos, estudos de avanço da pandemia dentro e fora do país, o documento prevê testes em todo o país, foram listados 17 laboratórios que produzem os kits para exames de coronavírus. 

Mas ainda há algumas dúvidas sobre a aquisição dos testes.

Alguns clubes já se adiantaram e já adiantaram encomendas, como o Flamengo, o Grêmio, o Palmeiras e o Bragantino. 

Nas reuniões desta semana, alguns clubes entenderam que vão precisar comprar sozinho os testes, mas outros aguardam ajuda da CBF e das federações. 

Sobre o protocolo, alguns já receberam de federações de outros estados, mas a maior parte ainda aguarda a CBF.

Existe expectativa de articulação da CBF com os órgãos de saúde para auxiliar na compra destes equipamentos. 

O presidente Bolsonaro se manifestou desde o início contrário à paralisação de competições e influenciou diretamente na mudança de rota da CBF. 

Caboclo, em reunião com os clubes, chegou a dizer que "o vírus não tinha o celular dele para dizer quando o futebol iria voltar".

O guia: Os médicos consultaram protocolos que já estão sendo utilizados nas federações da Espanha, de Portugal e em alguns clubes do Japão e da Alemanha, como o Bayern de Munique e o Bayer Leverkusen.

Cada médico escreveu parte do documento e depois passou para Jorge Pagura, presidente da Comissão Nacional de Médicos, consolidar as sugestões e discutir as ideias.

Alguns dos pontos definidos no protocolo:

Testes rápidos de coronavírus: para todos jogadores e familiares, além da comissão técnica e estafe envolvido nos clubes e jogos. 

O documento não diz quem vai comprar os testes.

Medição de temperatura: por infravermelho na chegada dos atletas e demais envolvidos nos locais de treinamentos.

Transporte: o protocolo prevê a possibilidade dos atletas irem em carros próprios. 

Nos treinos, cada um, de preferência, sozinho, no deslocamento. 

No transporte coletivo dos clubes, o veículo deverá ser higienizado, com espaçamento mínimo de duas fileiras, alternadas entre as colunas. 

Com uso de máscaras e álcool gel na entrada e saída do ônibus.

Treinos com grupos separados: horários agendados para a chegada de todos. 

Com uso de máscaras em comissão técnica e estafe, com as reuniões necessárias realizadas por vídeo. 

Importante separar atletas em grupos, com distância segura entre atletas.

Questionário prévio: médicos devem identificar possíveis casos suspeitos de coronavírus através de questionário médico. 

Caso haja sintomas, deve realizar teste rápido e podendo ir para casa em isolamento social.

Rouparia e lavanderia: jogadores devem ir já vestidos para os treinos, com utensílios pessoais, sempre levando para lavagem em casa.

Nutrição: o atleta vai fazer hidratação e suplementação em espaço individual de treinamento no campo aberto. 

A alimentação será realizada em casa, com cardápio orientado por nutricionistas do clube.

Vestiários: devem ser evitados no início. 

Quando autorizados, usar todos vestiários disponíveis, com divisão máxima de grupos de atletas. 

Por exemplo, uso de vestiário de mandante, visitante e de comissão de arbitragem.

Tratamento médico e fisioterapia com cuidados especiais: priorizar atletas lesionados e em casos pós-operatórios. 

Evitar contato com atletas, para isso uso essencial de máscaras e luvas, com as macas sempre higienizadas. 

Além disso, isolamento entre postos de tratamento.

Academia: devem também ser evitadas no primeiro momento. 

De preferência, usar pesos livros e barras em ambiente externo, de uso individual e sempre desinfetados antes e depois do uso.

Corredor de segurança no local de treino.

Contratação de empresas de desinfecção e descontaminação.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

Volta aos treinos na Espanha

Após reunião com autoridades, liga espanhola confirma volta aos treinos na próxima segunda-feira (4).
Jogadores do Real podem voltar aos treinos na segunda-feira (4), individualmente. (Foto: Antonio Villalba/Real Madrid)
Representantes do Ministério da Saúde e do Esporte aprovam a retomada das atividades dos jogadores de futebol profissional na Espanha, de maneira individual, e sem testes massivos.

Depois de mais uma reunião nesta quinta-feira entre autoridades do governo federal da Espanha e representantes de La Liga, foi confirmado que o futebol profissional do país poderá voltar aos treinos na próxima segunda-feira, dia 4 de maio, de maneira individual. 

Porém, diferentemente do que havia sido indicado pela liga espanhola na quarta-feira (29), não haverá a realização de testes massivos de Covid-19 na fase inicial de flexibilização da quarentena.

A reunião desta quinta-feira (30) contou com representantes do Ministério da Saúde, do Grupo de Trabalho de Incentivo ao Esporte, que tutela o Conselho Superior de Esporte (CSD), da liga espanhola de futebol profissional, da federação de futebol do país e do sindicato de jogadores, além de membros de federações de outros esportes. 

O protocolo sanitário elaborado pelo CSD foi validado em sua totalidade.

A Liga espanhola havia previsto a realização de testes com os jogadores para o novo coronavírus entre os dias 5 e 7 de maio, mas ficaram valendo as orientações do protocolo definido pelo Conselho Superior de Esporte, no dia 13 de maio: os atletas serão examinados se apresentarem sintomas ou tiverem contato com pessoas que contraíram a Covid-19 e/ou que trabalham na área da saúde.

Agora os clubes da Primeira Divisão da Espanha aguardam que o Ministério da Saúde aprove os testes a partir da fase 1 do programa de saída da quarentena, no dia 18 de maio, para assim poderem realizar atividades em grupos reduzidos. 

Segundo o "El País", representantes das agremiações ainda têm dúvidas sobre como organizar a agenda e os protocolos da semana que vem.

As partidas foram interrompidas na Espanha no dia 12 de março e ainda restam 11 rodadas completas da Primeira Divisão a serem disputadas. 

No dia 5 de junho, está prevista a volta do Campeonato Espanhol, sem a presença de público. 

Essa data pode ser retardada em uma semana dependendo de como evoluírem os treinamentos.

Relaxamento gradual para a população: O governo da Espanha também anunciou nesta quinta-feira (30) o planejamento para a população poder praticar esportes e passear ao ar livre, de forma individual, a partir do próximo sábado (2), depois de mais de um mês e meio de confinamento por causa do coronavírus. Há horários e limites específicos para cada faixa etária.

A Espanha impôs quarentena total para a sua população no dia 14 de março, na tentativa de conter os estragos da pandemia do novo coronavírus no país. 

De acordo com os dados desta quinta-feira (30), foram mais de 213 mil casos confirmados, com cerca de 24.500 mortes.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

E o Carioca como fica?!?!

Fim de férias para os grandes do Rio: veja as situações de Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco.

Ainda sem data para retorno das atividades coletivas, clubes se organizam e aguardam apenas aval do governo. 
Pacheco, Miguel, Michel Araújo em treino do Fluminense. (Foto: Lucas Merçon/Fluminense FC)
Flamengo e Fluminense, por exemplo, pedem aos jogadores que voltem ao Rio de Janeiro.

Ainda que o horizonte seja nebuloso por conta do caos provocado pelo coronavírus, uma coisa é certa: as férias acabam nesta quinta-feira, dia 30 de abril, para os jogadores dos quatros grandes do Rio de Janeiro. 

A partir de sexta-feira (1º), sob condições normais, todos deveriam se reapresentar a seus respectivos clubes. 

No entanto, por conta do isolamento social, tudo o que as equipes podem fazer é traçar planos temporários enquanto aguardam o aval do governo para o retorno aos treinos.

Flamengo e Fluminense têm planejamentos bem definidos. 

Por exemplo: ambos já solicitaram o retorno ao Rio de Janeiro àqueles jogadores que decidiram passar o período de quarentena em suas cidades de origem. 

O Vasco pretende realizar suas atividades em São Januário assim que os treinos forem liberados, e o Botafogo tem uma reunião marcada para esta quinta-feira (30) com o objetivo de traçar uma nova programação de treinos em casa pós-férias.

Veja abaixo a situação de cada clube e, também, o que pensa a FERJ (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro) sobre o assunto:

BOTAFOGO: Dos quatro, o Botafogo é o clube com menos informações sobre planejamento até o momento. 

O Alvinegro informou ao GloboEsporte.com que vai realizar na noite desta quinta-feira (30) uma reunião com a comissão técnica para definir a agenda de treinos à distância dos jogadores com o fim das férias. 

A exemplo dos rivais, assim que teve início a quarentena, o Bota passou para os atletas uma cartilha de atividades físicas que cada um segue da sua maneira e conforme as condições disponíveis. 

A tendência é que essa cartilha seja renovada com padronização de treinos e horários para evitar a discrepância física quando for possível a reapresentação do elenco.

FLAMENGO: O Flamengo garante que tem tudo pronto para retomar os treinos dentro das orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS). 

E aguarda apenas o "ok" do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, para que as atividades voltem a acontecer no Ninho do Urubu.

O clube solicitou aos jogadores que estavam em suas cidades natais que retornem ao Rio de Janeiro até sexta-feira (1º). 

Gabigol, por exemplo, voltou no último fim de semana. 

E outros sete estão a caminho: Diego Alves, Rodrigo Caio, Gustavo Henrique, Léo Pereira, Michael, Arrascaeta e Thiago Maia. 

O Rubro-Negro acompanhou a resposta dos atletas aos treinos caseiros e percebeu que a frequência e a atividade diminuíram com o passar do tempo, o que é considerado normal pela comissão técnica. 

A tendência é que seja iniciada uma rotina monitorada em casa antes de retornar ao Centro de Treinamento.

Após o aval do governo, o processo será gradativo e cheio de restrições. 

Ambientes fechados como academia e refeitório não serão utilizados, e a comissão técnica aproveitará o fato de as categorias de base estarem inativas para utilizar um número maior de campos do CT. 

Desta maneira, o Flamengo entende que conseguirá trabalhar com grupos reduzidos, mas sem a necessidade de espaçar tanto as atividades em períodos distintos do dia. 

A programação será de fato definida em reuniões por videoconferência após a chegada de Jorge Jesus e seus pares ao Brasil, na noite de sexta-feira (1º). 

Além disso, a quantidade de funcionários na rotina do clube deve ser bastante reduzida nessa volta.

FLUMINENSE: O Fluminense foi o primeiro clube a definir sua programação pós-férias. 

Antes, os atletas seguiam as orientações das cartilhas e ficavam livres para cumpri-las. 

Agora, a partir de sexta-feira (1º), todos terão horários fixos de treinamento e supervisão da comissão técnica por vídeo-conferência durante as atividades de força e funcional. 

Os trabalhos aeróbicos continuarão sendo feitos separadamente, de acordo com a rotina de cada um.

O clube pediu para que todos os jogadores estejam no Rio de Janeiro até sexta-feira (1º), já que diversos atletas aproveitaram as férias para retornarem às suas cidades. 

O objetivo é que todos estejam disponíveis para voltarem a treinar no CT assim que houver a autorização dos órgãos governamentais e de saúde.

Nesta quinta-feira (30), também haverá uma reunião pela internet, através de vídeo-conferência, entre clube e atletas. 

No encontro online, a comissão técnica irá repassar as novas orientações para os jogadores seguirem nos próximos dias, enquanto o CT ainda estiver fechado, e tirar dúvidas.

VASCO: O Vasco segue o caminho dos rivais e espera o governo estadual afrouxar o isolamento social para marcar o retorno das atividades. 

A novidade no Cruz-Maltino é que, quando os treinos voltarem, eles serão realizados temporariamente em São Januário.

O clube já entregou o CT do Almirante, que era alugado, e pretende gerar uma economia de mais de R$ 500 mil com essa decisão, de acordo com o presidente Alexandre Campello. 

O novo CT do Vasco, que está com obras avançadas, deve estar disponível para uso em julho, ou seja, em dois meses.

"Para isso acontecer (a entrega da CT do Almirante), era necessário que a gente viabilizasse o nosso campo anexo em São Januário, o departamento médico e outras áreas. Esse trabalho tem sido feito. A gente estima que até sexta-feira isso será concluído. Os treinamentos serão iniciados com pequenos grupos, as salas de musculação não devem ser usadas. Monitoramento com testes com os atletas e com as pessoas que têm contato com eles", explicou Campello em entrevista à "Vasco TV" nesta quarta.

O QUE DIZ A FERJ?

A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ) faz parte do grupo que tenta convencer CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e governos federal e estadual a permitir o retorno dos treinos. 

No entanto, faz uso de um discurso cauteloso para que não pareça que se opõe ao isolamento social e sua importância. 

A entidade já apresentou à CBF um protocolo de 12 páginas elaborado com a ajuda de médicos de todos os clubes que enumeram condições para retorno da atividades, como exames em série e o uso de máscaras pelas comissões técnicas.

Em uma live na sexta-feira (24) passada, além de garantir que o Campeonato Carioca será disputado até o final, Rubens Lopes, presidente da FERJ, explicou que aguarda somente a autorização dos órgãos competentes, sejam eles quais forem.

"Vamos obedecer a ordem de quem tem competência para dar essa ordem. Independentemente de quem seja. Se o órgão responsável por permitir o retorno da atividade for o órgão municipal, obedecemos ao órgão municipal. Se for o estadual, vamos obedecer ao órgão estadual. E se for o federal, a mesma coisa", disse.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

Combo do Tricolor Paulista

Com "combo", São Paulo renova patrocínio com MRV.
São Paulo angaria fundo neste momento de pandemia. (Foto: Maquinadoesporte.uol.com.br)
Em meio à pandemia, clube tem usado tática de ampliar o alcance das parcerias.

Três semanas depois de anunciar a extensão do acordo com o Banco Inter até dezembro, o São Paulo confirmou a permanência de outro parceiro até o final do ano. 

A construtora MRV, que é controlada pela mesma família que dirige a instituição bancária, ficará com a marca estampada no ombro da camisa tricolor até o fim do mandato da atual diretoria, em dezembro.

A manutenção do negócio com a construtora mineira teve como base uma estratégia que fez o Banco Inter prolongar o contrato: uma extensão do patrocínio para outras modalidades disputadas pelo São Paulo. 

A MRV estará com a marca na camisa também do time feminino e do basquete masculino do tricolor paulista. 

Já o Inter está na camisa de treino das mulheres e no espaço máster do basquete.

A estratégia do combo de patrocínios também engloba outros patrocinadores do uniforme do time principal masculino. 

Betsul (calção), Gazin Colchões (barra traseira) e Urbano (mangas) também ocupam o uniforme do futebol feminino.

"Em um momento em que a economia aparece tão retraída, conseguimos manter uma parceria importantíssima para o clube e que certamente continuará trazendo frutos. Agradecemos a confiança da MRV e continuaremos trabalhando para alcançar os melhores resultados", disse João Fernando Rossi, executivo de marketing do São Paulo, ao celebrar o prolongamento da parceria com a MRV.

A construtora mineira foi, entre os patrocinadores do São Paulo, quem mais fez iniciativas de ativação do patrocínio em meio à pandemia do coronavírus. 

A MRV já criou um torneio de videogame com torcedores são-paulinos e dos outros clubes de futebol que patrocina (Atlético-MG, Flamengo e Fortaleza) e também fez uma máscara personalizada com o escudo do São Paulo para ser doada nas ruas.

"Nos orgulhamos em ser a empresa privada com maior atuação no esporte. Apoiamos e continuaremos a apoiar equipes de diversos segmentos, como futebol, vôlei, handebol, basquete, automobilismo e natação", afirmou Rodrigo Resende, diretor de marketing e novos negócios da construtora.

Assim como acontecia no acordo com o Banco Inter, o vínculo do São Paulo com a MRV ia apenas até o término do Campeonato Paulista. 

A extensão do acordo apenas até o final deste ano faz parte da estratégia da atual diretoria de marketing, de não estender o patrocínio para além do mandato de Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, que ficará na presidência são-paulina até o final deste ano.

Reportagem: Maquinadoesporte.uol.com.br

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

Pato será embaixador

SBT terá torneio de e-Sports com famosos e "embaixador" Pato.
Torneio de e-Sports no SBT. (Foto: Maquinadoesporte.uol.com.br)
Parte do elenco do canal está escalado para apresentar, narrar e comentar jogos.

O SBT, por meio de seu canal oficial de games, o SBT Games, decidiu organizar um torneio de e-Sports com o objetivo de "gerar conteúdo gamer recheado de diversão para a comunidade". 

Batizado de "SBT All Stars", o torneio contará com jogadores de futebol famosos, entre eles Alexandre Pato, atacante do São Paulo, que será o embaixador do evento.

Parte do elenco da emissora foi escalado para participar da ação virtual, assim como humoristas e comediantes. 

Diguinho Coruja será o narrador, enquanto Rudy Landucci e Ed Gama ficarão nos comentários. 

Já nas semifinais e na final, os comentaristas serão o apresentador Danilo Gentili e o ator e comediante Murilo Couto.

De acordo com o SBT, a lista oficial dos competidores do "SBT All Stars" estará em breve no site do SBT Games. 

Alguns nomes já estão confirmados, como Thiago Silva (zagueiro do Paris Saint-Germain), Rodinei (lateral do Internacional) e o trio Tiago Volpi, Tchê Tchê e Pablo (todos companheiros de Pato no São Paulo).

O torneio ainda contará com jogadores profissionais de FIFA e influenciadores digitais convidados. 

Ao todo, serão 16 participantes que competirão no FIFA 2020, da EA Sports, em formato "mata-mata", ou seja, quem perder será eliminado. 

O início está marcado para a próxima segunda-feira (4), com as oitavas de final. 

Na terça-feira (5), serão disputadas as quartas de final. 

Por último, na quarta-feira (6), ocorrem as semifinais e a final.

O "SBT All Stars" poderá ser assistido pelo público no Facebook e no YouTube do SBT Games, sempre a partir das 20h30 (horário de Brasília).

Reportagem: Maquinadoesporte.uol.com.br

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

Série do Barça

Netflix passa a exibir série inédita com bastidores do Barcelona.

Batizada de "Matchday: FC Barcelona", série já está disponível no Brasil.
Série histórica dos bastidores do Barcelona. (Foto: Maquinadoesporte.uol.com.br)
A Netflix passará a exibir, a partir desta quarta-feira (29), uma série que mostra os bastidores do Barcelona, no primeiro acordo da gigante do streaming com o clube espanhol. 

Os direitos, no entanto, são válidos apenas para a América Latina (inclusive o Brasil) e Canadá.

Batizada de "Matchday: FC Barcelona", a série foi produzida pelo Barça Studios. 

Desde o final de novembro do ano passado, vinha sendo exibida na Rakuten Sports, plataforma de streaming própria da Rakuten, patrocinadora máster do clube catalão, na Europa e no Japão, regiões em que a gigante do e-commerce já comercializa a plataforma. 

A parceria com a Netflix serve para chegar em mercados em que a Rakuten Sports ainda não foi disponibilizada.

A série possui oito episódios com 45 minutos cada um e reconta a história da temporada 2018/2019 do Barcelona a partir dos bastidores do time e de momentos de intimidade de jogadores como Lionel Messi e Luis Suárez fora do ambiente do futebol.

"Dentro e fora de campo, imagens inéditas garantem um mergulho exclusivo no dia a dia do Barcelona, um dos times mais amados e bem-sucedidos do planeta", é o que diz a Netflix na divulgação da série, que é narrada pelo ator John Malkovich e já está disponível no catálogo do serviço a partir desta quarta-feira (29).

Reportagem: Maquinadoesporte.uol.com.br

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

Homenagem para Ayrton Senna

Ayrton Senna ganhará homenagens e série de lives no 1º de maio.

Ao todo, serão quatro sequências de bate-papo nas redes sociais oficiais do ex-piloto.
Piloto brasileiro foi tricampeão mundial de Fórmula 1. (Foto: Maquinadoesporte.uol.com.br)
Desde o dia 1º de maio de 1994, o Dia do Trabalho é celebrado no Brasil com uma sensação diferente para milhares de fãs de Ayrton Senna. 

Nesta sexta-feira, 26 anos após a morte do tricampeão mundial de Fórmula 1 no GP de San Marino, em Ímola, não será diferente. 

Mas, com a quarentena imposta pela pandemia do coronavírus, o ambiente virtual será o foco da vez.

O dia promete uma série de lives e homenagens ao ex-piloto. 

Haverá uma programação especial nas páginas oficiais de Ayrton Senna nas redes sociais, com a participação de convidados especiais como pilotos, amigos, jornalistas, o personagem Senninha e a própria família Senna. 

Ao todo, serão quatro sequências de bate-papo, às 10 horas (horário de Brasília), 12 horas (horário de Brasília), 16 horas (horário de Brasília) e 18 horas (horário de Brasília), sempre no Facebook e no YouTube.

"É claro que gostaríamos de preparar um grande evento em homenagem ao Ayrton como fizemos no ano passado em Interlagos, quando levamos mais de 20 mil pessoas no Senna Day. Isso não será possível por conta das circunstâncias atuais, mas temos certeza de que será igualmente especial compartilhando muitas histórias nas redes sociais, seja com as lives, seja com as homenagens dos fãs na campanha 'Meu Ayrton'", destacou Bianca Senna, sobrinha do piloto e CEO da Senna Brands, empresa criada pela família do tricampeão mundial de F1 para gerir e maximizar os ativos das marcas Ayrton Senna, Senna e Senninha.

A programação de vídeos começará às 10 horas (horário de Brasília) da manhã com a presença já confirmada de ex-pilotos de F1, como Rubens Barrichello, que correu com Senna em 1993 e 1994, e a nova geração que representa o Brasil na categoria, como os pilotos de testes Pietro Fittipaldi (Haas) e Sérgio Sette Câmara (Red Bull). 

Também estarão presentes jornalistas que acompanharam toda a trajetória de Senna na F1, como Galvão Bueno e Reginaldo Leme.

Às 12 horas (horário de Brasília), haverá uma participação especial da família Senna, com presença dos sobrinhos Bruno e Bianca Senna, que vão resgatar as memórias com histórias e curiosidades da infância ao lado do tio. 

Senninha, personagem infantil inspirado no tricampeão mundial de F1, também entrará no vídeo para interagir com o público.

Já às 16 horas (horário de Brasília), o assunto principal será a história de Senna no kart, categoria em que o piloto mais se divertia no ambiente do automobilismo. 

Para fechar, os convidados das 18 horas (horário de Brasília) serão diversos fãs de torcidas organizadas do piloto que sempre estiveram presentes nas arquibancadas de Interlagos.

A programação especial de vídeos ainda fará um convite especial ao público para que os fãs participem de uma homenagem, definindo em uma palavra sua admiração pelo ídolo, ao responder a frase "Meu Ayrton é...". 

A ação marcará o fechamento da campanha #MeuAyrton, iniciada em 1º de Maio do ano passado.

Os 26 anos da morte de Ayrton Senna ainda serão lembrados com homenagens na televisão. 

O SporTV, por exemplo, exibirá GPs históricos na íntegra, como a vitória no GP do Brasil de 1993, além de uma programação com Baú do Esporte, Túnel do Tempo e exibição do documentário "Senna". 

Além disso, no domingo (3), a Globo exibirá um especial sobre a conquista do primeiro título mundial do piloto na F1, reprisando o GP do Japão de 1988 na íntegra.

Reportagem: Maquinadoesporte.uol.com.br

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

quarta-feira, 29 de abril de 2020

Nancy é a próxima compra???

City quer Nancy, da segunda divisão francesa, por € 14 milhões.
Nancy da França pode ser o próximo rico do mundo esportivo. (Foto: Maquinadoesporte.uol.com.br)
Negociações foram suspensas por pandemia, mas serão retomadas em breve.

O City Football Group (CFG), dono de diversos clubes espalhados pelo mundo, entre eles o Manchester City, está prestes a adicionar mais uma equipe ao seu portfólio. 

As negociações para a compra do Nancy, que disputa a Ligue 2 (segunda divisão francesa) estão adiantadas, mas foram paralisadas por conta da pandemia do coronavírus.

De acordo com o atual presidente do Nancy, Jacques Rousselot, o acordo teria sido fechado no final de março, caso a situação mundial não tivesse virado do avesso como virou. 

O mandatário demonstrou preocupação em uma entrevista concedida ao jornal francês L'Équipe, mas ainda assim acredita na conclusão positiva da transação. 

Os valores envolvidos giram em torno de € 14 milhões.

"Ainda queremos adquirir o Nancy. Estamos diante de uma crise global. Hoje, existem aspectos sobre os quais não temos controle, mas, apesar disso, não mudamos de direção", afirmou o City Football Group, em um comunicado publicado pelo próprio L'Équipe.

Se as negociações se concretizarem, o Nancy entrará para um portfólio que já possui o Manchester City (Inglaterra), New York City (Estados Unidos), Melbourne City (Austrália), Yokohama F. Marinos (Japão), Guayaquil City (Equador), Montevideo City Torque (Uruguai), Girona (Espanha) e Sichuan Jiuniu (China). 

A última aquisição foi o Mumbai City (Índia), que foi comprado recentemente, em novembro do ano passado.

Reportagem: Maquinadoesporte.uol.com.br

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

Na contramão

Brasil pega contramão do futebol europeu e quer acelerar retorno.
CBF quer a volta do futebol. (Foto: Maquinadoesporte.uol.com.br)
Holanda e França não terminarão temporada; aqui, ideia é voltar com Estaduais.

A ansiedade que começa a pressionar o futebol brasileiro para retomar suas atividades ficou evidente após uma reunião virtual realizada nesta terça-feira (28) entre representantes das federações estaduais e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). 

No encontro, a entidade pré-fixou a data de 17 de maio como provável retorno dos Estaduais e liberou os clubes para retomarem os treinamentos a partir da próxima sexta-feira (1°).

A decisão deu autonomia às federações para que elas debatam com seus governos locais as chances de retomar os treinos e os jogos, que deverão seguir um protocolo de testagem de atletas para ter mais segurança. 

Ela foi tomada no mesmo dia em que o Brasil ultrapassou a marca de 5 mil mortes pelo coronavírus e contrasta com o que ocorre na Europa, onde o pico de contágio já foi alcançado.

No Velho Continente, a Liga de Futebol Profissional (LFP), da França, tomará a decisão de cancelar a edição 2019/2020 da Ligue 1 após o governo local proibir qualquer evento esportivo no país até o mês de setembro. 

A decisão de como ficam as posições finais do campeonato será tomada depois de uma reunião virtual nesta quinta-feira (30).

A decisão deve seguir a que foi tomada pela Federação Holandesa (KNVB), que anunciou que o torneio local, a Eredivisie, não terá campeão nesta temporada. 

A atitude revoltou alguns clubes, mas na Holanda também está proibida qualquer atividade até o mês de setembro.

Torneio que estava mais próximo de retomar o calendário, a Bundesliga viu arrefecer os planos para voltarem os jogos no próximo dia 9 de maio. 

Uma reunião que aconteceria entre dirigentes e representantes do governo, marcada para esta quinta-feira (30), foi postergada para o dia 6 de maio. 

O motivo? 

Aumento no número de casos do coronavírus no país alemão, que havia relaxado o isolamento.

O freio das pretensões europeias contrasta com a pressa dos times brasileiros. 

O motivo que move os dois mercados em direções opostas é o quanto os clubes estão tranquilos financeiramente. 

Na Europa, a UEFA (União das Associações Europeia de Futebol) já anunciou que vai ajudar entidades com uma verba de cerca de € 70 milhões. 

Por aqui, a CBF já prometeu um auxílio a clubes menores, mas o caixa apertado da maioria dos clubes tem servido como instrumento de pressão para o retorno o mais breve possível.

Para piorar o cenário tupiniquim, o desejo da Globo de reduzir o repasse aos clubes pelos próximos três meses, que seriam compensados até o final do ano, deixa o cenário ainda mais pessimista. 

O bom senso e a proteção à saúde podem ser jogados fora pela preocupação dos dirigentes com o fluxo de caixa.

Reportagem: Maquinadoesporte.uol.com.br

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

Polícia na cola dos torcedores

Polícia pretende fechar de vez o futebol inglês se torcedores não respeitarem o isolamento social.
Premier League está suspensa desde o dia 8 de março. (Foto: Getty Images)
Em entrevista ao "Telegraph", chefe do departamento de policiamento específico de estádios avisa que a medida será tomada se os fãs se reunirem durante os jogos.

A Polícia responsável pela segurança do futebol na Inglaterra pretende encerrar de vez a temporada se os torcedores não respeitarem as regras de distanciamento social, caso os campeonatos sejam realizados ainda em meio à pandemia do novo coronavírus. 

O líder nacional do policiamento no futebol, Mark Roberts, afirmou em entrevista ao “The Telegraph” que essa medida será tomada se os fãs se reunirem do lado de fora do estádio antes, durante e depois dos jogos.

"O que não queremos é que determinadas ações atrapalhem a quarentena e todo o duro trabalho que as pessoas realizaram durante o isolamento social, porque torcedores se juntaram em estádios e centros de treinamento", comentou Roberts, ao "Telegraph".

Entidades policiais da Inglaterra vêm conversando com as autoridades do futebol sobre o resumo da temporada, levando em consideração a possibilidade de terminar os campeonatos com jogos com portões fechados. 

A Premier League, a primeira divisão do futebol inglês, interrompida desde março, planeja retornar ao normal a partir do dia 8 de junho.

"O que nós podemos fazer se voltarmos com os jogos é sermos extremamente claros que se os torcedores não obedecerem às restrições a liga pode ser cancelada de vez. Quando mais as pessoas seguirem as regras, mais fácil será de concluir a temporada", disse.

A Polícia também apoia a opção do futebol profissional inglês realizar os jogos que ainda faltam na temporada em um número limitado de estádios. 

A possibilidade de jogar em locais “neutros” tem sido um dos pontos de divergência entre os clubes, segundo o “Telegraph”.

O Arsenal foi o primeiro clube da Premier League a voltar aos treinos, no início desta semana, com diversas restrições. 

O Brighton e o West Ham também retomaram as atividades, mas de forma opcional. 

Por outro lado, as divisões inferiores da Inglaterra cancelaram o resto da temporada 2019-2020.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

Sem previsão

Em reunião com clubes, presidente da FERJ (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro) brinca: 'Fiquem em casa'.
Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro. (Foto: Fferj.com.br)
Rubens Lopes participou de chamada de vídeo para aprovar contas e fez recomendação ao presidente do Botafogo.

A Federação de Futebol do Rio se posicionou sobre o retorno dos clubes aos treinamentos, depois do fim das férias dos jogadores, que terminam nesta quinta-feira, dia 30 de abril.

Mais cedo, o presidente da Ferj, Rubens Lopes, participou de chamada de vídeo com dirigentes das equipes do Estado para aprovar as contas da entidade, e aproveitou para fazer a recomendação principal.

"Fiquem em casa", disse, em tom de brincadeira com o presidente do Botafogo, Nelson Mufarrej.

Não houve nem clima para tratar sobre o retorno dos treinos enquanto a Prefeitura e o Governo do Rio não dão sinais de que vão interromper a quarentena, pelo contrário. 

Com isso, os clubes terão que seguir os trabalhos em home office com atletas, pelo menos até a metade do mês de maio.

O Fluminense já confirmou que fará isso. 

O Flamengo está com tudo pronto para voltar na próxima semana, mas deve adiar por alguns dias, assim como o Vasco. 

O Botafogo era contra o retorno.

A reportagem procurou a FERJ para se posicionar, mas o presidente Rubens Lopes publicou um vídeo no grupo de WhatsApp que possui com os dirigentes dos clubes em que nega que tenha pedido aos clubes para não treinar.

"Esse vídeo é para desmentir uma notícia de que eu teria dito aos clubes para que não retornassem às atividades tão logo terminassem as férias. Jamais disso isso. Ou sequer houve insinuação ao assunto. A reunião foi apenas a pauta da Assembléia Geral", afirma o presidente.

Em seguida, Lopes reitera que o foco e na preservação da saúde de todos.

"Estamos lutando incansavelmente para preservar a saúde e segurança dos atletas e todos os que participam do futebol, mas torcendo e trabalhando para que voltemos o mais breve possível com todo critério e tão logo as autoridades nos permitam".

Reportagem: Oglobo.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

Campeonato Carioca em Brasília?!?!

Bolsonaro sugere Brasília para finalizar o Carioca e governador diz: 'Estamos em conversas'.
Estádio Mané Garrincha em Brasília. (Foto: Oglobo.globo.com)
Clubes do Rio aguardam decreto de Witzel e Crivella sobre ampliação da quarentena.

Os clubes do Rio tentam criar uma alternativa para finalizar o Campeonato Carioca em maio caso as autoridades municipais e estaduais ampliem o período de isolamento social em função da pandemia do novo coronavírus.

Depois da sugestão do presidente Jair Bolsonaro, o governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha colocou o estádio Mane Garrincha à disposição da Federação de Futebol do Rio.

Vale lembrar que Brasília reabriu parcialmente o comércio nos últimos dias, mesmo com o crescimento da doença em todo país.

Procurado, o governador confirmou a O GLOBO que mantém diálogo para receber as partidas.

"Estamos em conversas", afirmou.

A transferência dos jogos do Rio para Brasilia só aconteceria caso o governador Wilson Wizel não liberasse o uso do Maracanã. 

Os clubes aguardam novo decreto também do prefeito Marcelo Crivella até esta quinta-feira (30).

E ainda uma portaria do Ministério da Saúde que pode liberar nos próximos dias a disputa dos jogos de futebol no país, desde que seguindo os protocolos de segurança e saúde.

O Flamengo, através do presidente Rodolfo Landim e do vice de relações externas Luiz Eduardo Baptista, o Bap, lidera as conversas com as entidades cariocas e também com a Federação de Futebol do Rio. 

O Vasco também quer voltar, assim como os clubes menores, mas Fluminense e Botafogo se mostram mais resistentes. 

Com o fim das férias dos atletas nesta quinta-feira (30), ainda não há certeza de quando os treinos serão retomados.

A FERJ (Federação do Estado do Rio de Janeiro) esbarra na questão logística, pois haveria necessidade de viagem de avião. 

A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) autorizou o retorno aos treinos em maio, preferencialmente na segunda quinzena, mas cada clube terá que se adequar à situação de sua cidade. Caso haja acordo entre uma federação e uma cidade, a CBF não intefere.

Na semana passada, o presidente Bolsonaro brincou com o fato de poder ver o seu time campeão em Brasília.

"Estamos querendo trazer a final do Campeonato Carioca para Brasília. Nós vamos ver o Botafogo ser campeão aqui", declarou o torcedor alvinegro no Rio.

Reportagem: Oglobo.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro