quinta-feira, 23 de abril de 2020

Quase 15 anos

Quase 15 anos depois de último jogo no Olympiacos, Giovanni segue no olimpo dos ídolos gregos.
Mesmo após 15 anos de sua última partida, camisa de Giovanni ainda é a mais vendida da história do clube. (Foto: Site Oficial Olympiakos)
Ex-meia-atacante brasileiro ainda é lembrado por torcedores e antigos companheiros de clube.

"Mudou a forma como o torcedor do Olympiacos vê o futebol", afirma jornalista grego.

Na Tuna, uma revelação. 

No Remo, uma esperança. 

No Paysandu, uma aposta. 

No Santos, um grande ídolo. 

No Barcelona, que o levou pra Europa, e na seleção brasileira, um craque aos olhos do mundo. 

No Olympiacos, quase um Deus. 

Quinze anos depois de sair do clube, Giovanni ainda é festejado, reverenciado pelos gregos.

Até hoje, a camisa com o nome de Giovanni ainda é a mais vendida pelo Olympiacos. 

O passado dele ainda pesa mais para a torcida que o presente da equipe. 

Os lances geniais, os gols antológicos explicam tamanha devoção dos torcedores do Olympiacos.

"O Giovanni, na minha opinião, foi o estrangeiro que melhor vestiu a camisa do Olympiacos. Foi o mais mágico que vimos, proporcionou momentos únicos. Não esqueceremos nunca dele, será sempre o 'Mago' do nosso coração. Giovanni, nós te amamos!", conta o torcedor Nikos Stilianesis.

A opinião do jornalista Babis Christoglou é bem parecida. Torcedor declarado do clube, ele conta que a visão de muitos gregos sobre o futebol mudou após a chegada do meia-atacante brasileiro ao alvirubro de Pireu, cidade vizinha a Atenas.

"O Giovanni foi o que de melhor passou pelo futebol grego. Foi o jogador que nos fez sair do sofá e ir para o estádio, para ver as coisas maravilhosas que ele faria: os toques com classe, os dribles, os gols... Ele nos proporcionou momentos mágicos. Foi um jogador insuperável, não veremos um jogador como ele. O povo o ama e amará sempre, ele mudou a forma como o torcedor do Olympiacos vê o futebol. Será, para sempre, o "Mágico" Giovanni", afirma.

Quando se despediu do Olympiacos, em 2013, Giovanni teve a dimensão das suas conquistas em Atenas. 

Sobrou emoção! 

Um paraense bombardeado de carinho num cenário vermelho e branco, as cores do Pará, as cores do clube mais paraense da Grécia.

"Minha passagem lá na Grécia foi algo extraordinário. Vinha lá do Barcelona, assinei um contrato de três anos e, depois, renovei por mais três. Realmente me impressionou todo carinho e o amor que os torcedores gregos, principalmente do Olympiacos, demonstraram por mim. Foi uma passagem maravilhosa, de muitos títulos e conquistas. Jamais vou esquecer aquele país. Sempre falo para os meus amigos que sou praticamente unanimidade lá não só pelo dentro de campo, pelo atleta de futebol, mas o extracampo acho que também conta muito nessas horas".

“Sempre recebo, nas minhas redes sociais, o amor de todos eles, desse clube maravilhoso que eu joguei, que foi o Olympiacos. Acho que o que marca é realmente esse respeito que eles têm por mim até hoje”, conta o craque.

Mas o respeito e a admiração não vem apenas das arquibancadas. 

De ex-companheiros também. 

É o caso do mexicano Nery Castillo, companheiro de Giovanni de 2000 a 2005 no Olympiacos, quando ainda dava os primeiros passos na carreira.

"O Giovanni, como pessoa, é impossível falar. Foi alguém que, na Grécia, ajudou a minha família. Eu diria que o Giovanni está entre os três melhores jogadores de todos os tempos na Grécia e no Olympiacos. Uma excelente pessoa. A única coisa que tenho para falar dele é agradecer pelo que fez por mim, ficará marcado para sempre. Desejo tudo de melhor na vida, porque merece", relata, por vídeo.

O brasileiro Luciano Souza, ex-zagueiro, jogou com Giovanni no Santos e na Grécia. 

Atualmente ainda reside no país mediterrâneo e atua como auxiliar técnico do Panetolikos. 

Afirma que, mesmo hoje, as pessoas ainda lembram do paraense.

"Falar do Giovanni é sempre, para mim, uma satisfação, um prazer, falo com alegria, porque tive a honra e o privilégio de poder jogar com ele no Santos e, depois, mais dois anos no Olympiacos, aqui na Grécia. É um jogador esplêndido, uma pessoa fora do normal. Tem muita coisa que quero dizer para ele, que estamos com saudade, o povo grego o adora", contou.

Desde 2016 Giovanni voltou a morar em Santos, pois seu filho caçula entrou para as categorias de base do clube. 

Hoje, atua no Sub-15. 

Giuliano fez teste como um "anônimo": Giovanni só se apresentou como pai do garoto depois que ele foi aprovado.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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