terça-feira, 28 de abril de 2020

Futebol português

Quartos separados, gandulas de máscara, imprensa limitada... 

Federação portuguesa traça regras para retorno da liga.

Entidade indica série de protocolos a serem respeitados antes, durante e depois dos jogos para retomar futebol no país. 
Nacional foi o primeiro time a retomar os treinamentos em Portugal. (Foto: Divulgação/Nacional)
Testes positivos não levarão a quarentena coletiva.

Com as equipes planejando o retorno aos treinamentos em Portugal, a Federação de Futebol do país decidiu detalhar os protocolos para a retomada do esporte no país. 

Atualizando os planos indicados inicialmente há duas semanas, a entidade traçou regras a serem respeitadas antes, durante e após as partidas, que incluem normas como quartos individuais para os atletas nas concentrações e limite de jornalistas nos jogos.

A maior novidade do documento, de acordo com a imprensa lusa, é que possíveis testes positivos de jogadores não levarão a uma quarentena geral nos elencos. 

Todos os atletas serão testados de 24 a 48 horas antes dos jogos. 

Caso algum deles tenha infecção pelo coronavírus detectada, deverá ser colocado isolamento por 14 dias, mas não haverá a obrigatoriedade de impor o procedimento a todos aqueles que possam ter entrado em contato com o infectado.

Os atletas que testarem positivo para a Covid-19 só poderão voltar ao trabalho 24 horas depois de realizar dois testes que deem como resultado negativo. 

Os infectados ainda terão que passar por exames de aptidão física antes de retomar as atividades.

Entre as regras antes dos jogos, destacam-se os cuidados com viagens e concentração dos jogadores. 

A federação diz que deve haver uma preferência por quartos individuais ou, ao menos, com camas com distância de um metro entre si. 

O uso de ar condicionado deve ser evitado, assim como o de elevadores. 

As refeições devem ser feitas em espaços arejados, e o contato com outros hóspedes deve ser vetado.

A distância também deve ser mantida nos ônibus, onde todos os passageiros devem usar máscara, e os assentos duplos só podem receber um ocupante. 

Apenas atletas e "elementos essenciais" das comissões técnicas devem utilizar o transporte para ir ao estádio ou para viagens curtas.

Caso seja possível, deve haver acessos separados paras as equipes nos estádios. 

Os vestiários devem estar "lacrados" quando os times chegarem, depois de serem desinfetados pela equipe de limpeza e preparados pelos roupeiros. 

Então, qualquer acesso ficará vetado até a chegada da delegação.

As bolas a serem utilizadas nos jogos devem ser desinfetadas e, a partir daí, ficarem na posse da equipe de arbitragem. 

Os atletas serão orientados a manter distância para os gandulas, que serão obrigados a usar máscara e terão mais bolas à disposição.

Haverá limitação para jornalistas , com apenas um terço da tribuna de imprensa sendo utilizada em cada estádio, e fotógrafos, que serão no máximo 20 no gramado e deverão usar máscara de proteção.

O número de profissionais de segurança será limitado, com acesso controlado a áreas comuns aos atletas. 

Qualquer pessoa que vá para área técnica ou o banco de reservas será obrigada a comprovar testagem negativa para o novo coronavírus nas últimas 48 horas.

Após a partida, haverá a tradicional coletiva de imprensa em uma sala que deve ter equipamento devidamente higienizado: cadeira, mesa, microfone e publicidades. 

Os jornalistas serão proibidos de colocarem microfones ou gravadores na mesa, com o som sendo captado apenas por um microfone disponibilizado pelo clube da casa. 

Não haverá zona mista.

As entrevistas no gramado serão realizadas em espaços separados para atletas e técnicos, e os jornalistas responsáveis deverão se manter a dois metros do entrevistado, além de usar máscara e microfones separados.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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