quarta-feira, 22 de abril de 2020

Fórmula 1 sem público

Imola se candidata a receber corridas da Fórmula 1 2020 com portões fechados.

Autódromo de Imola na Itália na recebe uma etapa desde 2006. (Foto: Globoesporte.globo.com)
Marcado por acidente fatal de Ayrton Senna em 1994, autódromo italiano não abriga uma corrida da categoria desde a temporada de 2006. 

Sem público, custos seriam menores.

A administração do autódromo de Imola, na Itália, procurou o automóvel clube local e se ofereceu para sediar corridas da temporada 2020 da Fórmula 1 com portões fechados em meio à pandemia de coronavírus. 

Responsável pelo circuito, Selvatico Estense disse que poderia abrigar o evento de graça devido à crise econômica vivida pelas equipes da categoria.

"Esta situação é uma oportunidade para sermos candidatos a um grande prêmio nesta temporada. Eles precisam de algumas corridas para manter o contrato com a FIA e ter um campeonato mundial. Então, por que não pensar em Imola? Obviamente, depende também das regras do governo, se elas nos permitirem fazer uma corrida dessas. É claro que ofereceremos a pista de graça e, depois, falaremos sobre os custos, se possível", disse Estense ao site "Autosport".

O administrador de Imola admitiu procurar ajuda governamental da região da Emilia Romagna, onde fica o autódromo, e o fato de não haver público no evento ajudaria a reduzir bastante os custos de realização da prova:

"Podemos pedir ajuda à região. Não estamos na situação em que podemos pagar uma taxa de promoção. É muito mais fácil sem os espectadores, não precisamos cuidar das arquibancadas, não precisamos cuidar de coisas como hospitalidade VIP e assim por diante. Com certeza será mais barato que uma organização completa. As pessoas já estão pensando em realizar jogos de futebol a portões fechados".

Famoso por causa do acidente fatal de Ayrton Senna, o autódromo de Imola não recebe uma corrida de Fórmula 1 desde 2006, quando Michael Schumacher venceu com a Ferrari. 

Para Selvatico Estense, o clima para a realização da prova não seria problema.

"Talvez seja mais fácil organizar uma corrida seguida com Monza, em setembro, a fim de economizar dinheiro ou economizar tempo para as equipes. No ano passado tivemos um clima agradável em outubro e também na primeira quinzena de novembro. Portanto, não temos medo do clima. Acho que as pessoas gostariam de voltar para Imola. É um sonho para nós, mas ainda estamos sonhando!", finalizou.

No momento, a direção da Fórmula 1 trabalha com o começo da temporada em julho, com a realização de duas corridas na Áustria e duas na Inglaterra. 

O novo calendário provisório deverá ser divulgado na próxima semana.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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