terça-feira, 30 de junho de 2020

No digital

Ariel migra torneio amador de futebol para o mundo digital.

Torneio foi criado para aproximar marca dos homens; pandemia obrigou mudança.
Saindo do futebol amador para o digital. (Foto: Maquinadoesporte.com.br)
A marca de sabão em pó Ariel anunciou, no início do ano, um campeonato amador de futebol para se aproximar dos consumidores homens e incentivar a divisão de tarefas domésticas. 

No meio da campanha, no entanto, surgiu o Covid-19 e o isolamento social. 

Agora, a empresa decidiu fazer a migração da competição para os meios digitais.

Para realizar a mudança, a marca resolveu tirar os times de campo para fazer uma disputa com perguntas, atividades e brincadeiras que unam o futebol com as tarefas domésticas. 

A ação será realizada por meio de videochamadas com a participação do capitão e de mais um jogador de cada equipe. 

O restante de cada time poderá apenas acompanhar a transmissão.

Com o intuito de reforçar a nova realidade da ação, a marca recorreu a alguns nomes. 

Falcão, ex-jogador de futsal, ganhará a presença de membros do Desimpedidos, especializados em conteúdo sobre futebol e parceiros de outras empresas que usam o canal para fazer ativações diversas em patrocínios esportivos.

As ações em vídeo abrangerão as equipes de Porto Alegre e Curitiba, além do período posterior com as semifinais e a final. 

Os consumidores poderão acompanhar a brincadeira por meio do canal da Ariel no YouTube. 

Antes, a iniciativa passou por São Paulo, ainda sem quarentena, quando houve, de fato, disputas no campo de futebol.

O torneio, chamado Copa Ariel, teve mais de 3 mil inscritos, com 336 participantes no total. 

A competição amadora conta também com o apoio de Electrolux, Gillette e Netshoes.

Reportagem: Maquinadoesporte.com.br

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

Testes no Ramalhão

Líder do Paulistão, Santo André faz testes de Covid-19 e segue viagem para treinos no interior.

Ramalhão fará a preparação para o retorno do torneio em Vargem, a 98 quilômetros da capital.
Estádio Bruno José Daniel abriga hospital de campanha para ajudar no combate ao novo coronavírus. (Foto: Divulgação/Prefeitura de Santo André)
O Santo André iniciou sua preparação para o retorno aos treinos e realizou nesta terça-feira (30) 38 testes de Covid-19. 

Ao todo, apenas um membro da comissão técnica testou positivo para a sorologia. 

Há no elenco outro jogador com suspeita, mas não fez o exame. 

Ambos foram afastados e realizarão outro exame (PCR) nesta quarta-feira (1º).

O líder do Campeonato Paulista agora leva os 26 jogadores e comissão que testaram negativo para Vargem, sede temporária do clube na preparação para o retorno.

O Estádio Bruno José Daniel, no ABC paulista e antigo centro de treinamento do clube, está cedido para hospital de campanha no combate à pandemia do coronavírus.

A cidade do interior será a base temporária do clube. 

O Ramalhão ficará hospedado em um hotel que oferece as estruturas necessárias para a reapresentação e preparação dos atletas, como academia, campos de futebol, piscina e departamento médico.

O elenco fica por lá até o fim do Campeonato Paulista (ainda não há data definida para o recomeço das partidas). 

O clube ainda não sabe onde sediará os jogos do Paulistão, mas tem o Canindé entre as opções.

Dono da melhor campanha, o Ramalhão lidera o Grupo B, com 19 pontos, mas ainda não está garantido no mata-mata. 

O Palmeiras é o segundo, com a mesma pontuação, e o Novorizontino aparece em terceiro, com 16 pontos. 

Os dois melhores avançam.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

Galo em Brasília?!?!

Atlético-MG se planeja para Série A e tem Brasília como opção "externa" para mandar jogos.

Clube pretende disputar as partidas em Belo Horizonte, tem cidades próximas como segunda opção e a capital federal como alternativa fora de Minas Gerais.
Atlético pretende mandar jogos em Belo Horizonte, e Independência aparece com opção mais barata. (Foto: Frederico Ribeiro)
A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) planeja, em conjunto com os clubes, um retorno do Brasileirão para os dias 8 de agosto e 9 de agosto. 

Em Minas Gerais, ainda não há data para o retorno do Campeonato Mineiro e, nas últimas semanas, a pandemia do novo coronavírus registrou crescimento de número de casos e de leitos de UTI  (Unidade de Terapia Intensiva) ocupados, o que fez com que a Secretaria de Saúde estadual adotasse um discurso de cautela sobre a volta do futebol.

No meio desse cenário está o Atlético-MG, que precisa jogar a fase final do Campeonato Mineiro (faltam seis datas) e é o único representante de Minas na Série A do Brasileirão. 

O GloboEsporte.com apurou que o clube já se movimenta nos bastidores para planejar questões de logística envolvendo a principal competição nacional. 

Dentro disso, o Galo traça opções para os jogos em que será mandante, já que não é possível ter a certeza que Belo Horizonte terá autorização para receber as partidas.

O plano A do Galo, claro, é Belo Horizonte. 

Além do Mineirão, onde o clube vinha jogando antes da paralisação, o Independência é uma opção "caseira", já conhecida e, em uma comparação com o Gigante da Pampulha, mais barata. 

Se a Prefeitura de Belo Horizonte autorizar (até o início do Brasileiro) que a cidade receba as partidas, o Horto é o estádio com maior chance de ter os jogos do Galo.

A segunda opção é uma cidade próxima a Belo Horizonte. 

Nesse caso, Sete Lagoas é a favorita. 

Fica na Região Metropolitana da capital e tem logística simples de acesso (fica a 53 quilômetros da Cidade do Galo). 

Além disso, a Arena do Jacaré é um estádio já conhecido pelo Galo, recebeu as partidas do clube entre 2010 e 2012, quando Mineirão e Independência estavam fechados para reformas.

Caso nenhuma das opções mineiras seja viável, por limitações das autoridades, por exemplo, o Atlético pensa em Brasília como alternativa. 

A capital federal tem o Mané Garrincha, estádio de Copa do Mundo, e tem boa estrutura de hotelaria, o que facilitaria a logística do Galo.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

Acordo difícil

Vitorioso na Justiça, Flamengo quer acordo com Globo no Carioca.

Clube fará transmissões no YouTube, mas prioridade é se acertar com emissora.
Flamengo e Globo ainda podem negociar as partidas finais do Campeonato Carioca de 2020. (Foto: Maquinadoesporte.com.br)
O Flamengo fará as transmissões dos jogos pelo Campeonato Carioca em que for mandante em seu canal no YouTube, a Fla TV, mas a prioridade da equipe é conseguir finalizar uma negociação com a Globo. 

O clube quer que a emissora chegue a um acordo para que as partidas decisivas do torneio estejam na TV, garantindo maior exposição de marca e, claro, mais dinheiro.

Segundo a Máquina do Esporte apurou, o Flamengo não tem nem conversado com outras emissoras. 

A Medida Provisória 984/2020, decretada no último dia 18 de junho, deu o direito de arena para o clube mandante da partida. 

Com isso, o Flamengo ganhou a possibilidade de vender para quem quiser os jogos como mandante ou de transmitir por conta própria a partida, que é o que acontecerá até que haja um acerto com a única emissora que comprou os direitos do Carioca quando a legislação ainda exigia acordo comum entre o time mandante e o visitante dos jogos.

A situação entre Flamengo e Globo virou um caso de Justiça, já que, após a MP ser decretada, a Globo foi à Justiça para impedir que o clube transmitisse por conta própria seus jogos. 

Nesta segunda-feira (29), a Justiça do Rio de Janeiro indeferiu o pedido feito pela emissora para que não fosse possível a exibição da partida contra o Boavista, que será nesta quarta-feira (1°). 

No entendimento do juiz, a transmissão da partida pelo Flamengo não prejudica o negócio feito pela Globo, já que a emissora não poderia mostrar o jogo antes de a MP ser publicada.

O Flamengo é, hoje, o único time já classificado para a semifinal da Taça Rio. 

Caso vença o turno, será considerado o campeão carioca deste ano, sem a necessidade da realização de uma final do torneio.

 Se isso acontecer, a partir da atual decisão da Justiça, a Globo iria perder os jogos decisivos do estadual de 2020.

Sem acordo com a Globo, o Flamengo perderia exposição e uma verba maior de venda de direitos, mas poderia se apoiar na promoção de suas redes. 

Atualmente, o clube conta com mais de 3,6 milhões de inscritos em seu canal do YouTube. 

Com jogos decisivos do Carioca, poderia almejar novos recordes na ferramenta.

Flamengo e Globo não entraram em acordo pelo estadual porque a equipe entende que deveria receber mais que seus rivais. 

Para este ano, a emissora ofereceu R$ 18 milhões para cada uma das quatro maiores equipes do estado (Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco). 

A diretoria rubro-negra alegou que, proporcionalmente ao que ganha no Brasileirão, deveria receber mais. 

Pediu R$ 81 milhões pelo torneio e não conseguiu nenhum acordo.

Reportagem: Maquinadoesporte.com.br

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

Renovação até 2022

Time de Campinas renova com Selmi e será Vôlei Renata até 2022.

Relacionamento entre equipe e patrocinador teve início em meados de 2017.
Apoio importante neste momento de crise mundial. (Foto: Maquinadoesporte.com.br)
A equipe de vôlei masculino de Campinas-SP oficializou, nesta terça-feira (30), a renovação do acordo de patrocínio com a empresa de produtos alimentícios Selmi até o final de maio de 2022. 

Com isso, o time seguirá sendo chamado de Vôlei Renata, em referência a uma das principais marcas do grupo.

O relacionamento entre o time campineiro e a marca Renata começou em meados de 2017. 

Até hoje, em três anos, o Vôlei Renata chegou a três finais, conquistou o título da Copa São Paulo e o vice-campeonato no Campeonato Paulista, ambos em 2019. 

Além disso, a equipe ainda obteve bons resultados na Superliga Masculina, garantindo a classificação para os playoffs em todas as temporadas da parceria.

"A Selmi tem muito orgulho de fazer parte da história do Vôlei Renata, acompanhando todas as conquistas e emoções proporcionadas aos torcedores. Através da marca Renata, a parceria com o time é dentro e fora de quadra, caminhando juntos em buscas de novas conquistas e superando os desafios", destacou Ricardo Motta, head de trade e marketing da Selmi.

"A renovação materializa todas as conquistas que tivemos junto com o Pastifício Selmi nos últimos três anos. A permanência de uma empresa tão forte por, pelo menos, mais dois anos representa a confiança depositada no projeto. Ficamos felizes em saber que, através do esporte, ajudamos no crescimento da Selmi como marca e no aumento do número de vendas", celebrou Luiz Fernando Ferreira, CEO da ESM Sports Business, empresa que gere o Vôlei Renata.

No novo acordo, a ideia é manter as inúmeras ações em pontos de venda e também em eventos institucionais, incluindo a convenção anual do Grupo Selmi, além de atividades com influenciadores nas redes sociais. 

Nas categorias de base, também será mantido o projeto que dá oportunidade a jovens atletas de participar de peneiras organizadas no Ginásio do Taquaral, em Campinas. 

Em três anos, mais de 500 jovens já passaram por testes, com alguns deles conseguindo se destacar e chegar ao time principal.

Por último, a parceria ainda seguirá com o lado social, com o apoio ao Instituto Compartilhar, que ensina vôlei e os valores do esporte para mais de 350 crianças no contraturno do ensino municipal de Campinas e Itu. 

Além disso, a ação de arrecadar alimentos não perecíveis para o Banco de Alimentos de Campinas na troca de ingresso dos jogos do Vôlei Renata também será mantida. 

Até hoje, já foram alcançadas 40 toneladas de alimentos.

"É uma parceria que deu muito certo tanto dentro quanto fora das quadras. Então, a manutenção de uma parceria forte como a Renata por dois anos é de extrema importância, pois nos dá tranquilidade para trabalhar. Sentimos muito orgulho em ver empresas deste porte manterem a sinergia com o projeto e compartilharem os valores que transmitimos por meios de nossas atuações sociais", resumiu Maurício Lima, bicampeão olímpico e embaixador do Vôlei Renata.

Reportagem: Maquinadoesporte.com.br

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

Apoio da Band e Neto

Nike usará Band e Neto para exibir nova camisa do Corinthians.

Marca divulgará novo uniforme antes da reprise do título brasileiro de 1990.
Neto quando jogava pelo Corinthians-SP. (Foto: Maquinadoesporte.com.br)
A Nike usará uma reprise na TV Bandeirantes, com a presença de ex-jogadores, para apresentar o novo uniforme do Corinthians. 

A camisa do time para esta temporada será uma réplica e uma homenagem à equipe vencedora do Brasileirão de 1990, o primeiro título nacional do clube paulista.

A reprise exibida na Band, no quadro chamado "Você torceu aqui", será justamente a final do torneio de 1990, que colocou o Corinthians frente a frente com o São Paulo. 

E a apresentação da nova camisa ficará a cargo do apresentador do canal, Neto.

O ex-jogador era o principal nome da equipe paulista na conquista do título nacional naquele ano. 

Ao seu lado, estará outro jogador que ficou marcado na história corintiana e que também esteve em campo em 90, o ex-goleiro Ronaldo.

A Nike ainda não revelou imagens do novo uniforme, mas o próprio Corinthians tem destacado o título de 1990 em suas redes sociais. 

Neste ano, a equipe paulista lançou até um webdocumentário chamado "O clube mais brasileiro", que conta os bastidores da conquista do primeiro título do torneio nacional.

Em seus canais de comunicação, Neto chegou a comentar sobre a ação da Nike, ainda que não tenha mostrado a camisa. 

"Eu fiquei muito feliz pelo que a Nike e o Corinthians me proporcionaram. Acho que, para falar a verdade, foi a maior homenagem que fizeram para mim na minha vida", afirmou o ex-jogador. 

O apresentador revelou também que, além do desenho da camisa, haverá uma referência ao título de 1990 com uma foto dele na área da numeração do uniforme.

O "Você torceu aqui" com o título do Corinthians e a ação da Nike vai ao ar no próximo domingo (5), às 16 horas (horário de Brasília). 

A camisa será mostrada antes de a reprise da final de 1990 começar a ser exibida.

Reportagem: Maquinadoesporte.com.br

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

Impossível os Diabos Vermelhos

Bruno Fernandes faz dois, United vence Brighton e chega a 15 jogos invicto.

Na disputa para conquistar uma vaga direta na próxima edição da Liga dos Campeões, o Manchester United segue mostrando que vai até o fim pela classificação. 
Manchester United vence o Brighton e entra na briga pela vaga na Liga dos Campeões da Europa. (Foto: Esportenewsmundo.com.br)
Nesta terça-feira (30), fora de casa, os Diabos Vermelhos visitaram o Brighton, em jogo válido pela trigésima segunda rodada da Premier League, e venceram por 3 a 0, sem sustos. 

Bruno Fernandes, duas vezes, e Mason Greenwood marcaram para o time de Solskjaer, que chegou a 15 jogos sem perder, contando todas as competições.

O United não vinha de boas recordações do Amex Stadium, já que as últimas visitas feitas ao Brighton não guardavam vitórias e sim resultados ruins. 

Mas tudo isso ficou no passado quando Greenwood, aos 16 minutos, chamou o marcador para dançar e bateu no contrapé de Ryan, para abrir o placar para o United.

Pouco tempo depois de abrir vantagem, o United aumentou o placar, e veio pelos pés da dupla que está fazendo os torcedores sonharem com um futuro promissor. 

Após Luke Shaw partir em velocidade e rolar para a entrada da área, onde Pogba ajeitou e Bruno Fernandes bateu colocado no canto para fazer o 2 a 0.

Já na etapa final, foram necessários apenas cinco minutos para o United anotar o terceiro e liquidar qualquer esperança de reação do Brighton. 

Em contra-ataque rápido, Greenwood lançou Bruno Fernandes na área e português, de primeira, acertou um lindo voleio e decretou o 3 a 0 no Amex Stadium.

Com a vitória nesta terça-feira (30), o Manchester United chegou a 52 pontos e alcançou o quinto lugar da Premier League, desbancando o Wolverhampton, e chegando perto de Chelsea, quarto colocado com 54 pontos, e Leicester City, terceiro com 55 pontos, mas que ainda jogam na rodada. 

Vale lembrar que apenas os quatro primeiros garantem vaga na Champions, no entanto, o Manchester City, vice-líder, pode ser punido pela UEFA (União das Associações Europeias de Futebol) e perder a vaga, o que abriria a chance para o quinto colocado. 

Além disso, o United ainda tem chances de conquistar a vaga na Liga dos Campeões via Europa League.

Reportagem: Esportenewsmundo.com.br

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

Acordo até 2030

Paris Saint-Germain fecha mega-acordo de licenciamento com Fanatics até 2030.
Neymar é a principal estrela do Paris Saint-Germain. (Foto: Reprodução/Twitter (@PSG_inside))
Objetivo é ampliar abrangência dos produtos e expandir marca do clube no mercado.

O Paris Saint-Germain anunciou, nesta terça-feira (30), a renovação e a ampliação do acordo com a varejista on-line americana Fanatics até 2030. 

O mega-acordo, que não teve os valores divulgados, substitui o contrato anterior que englobava apenas o comércio eletrônico e dá à empresa um controle maior sobre a fabricação de produtos do clube e a transforma em principal parceira de licenciamento do Paris Saint-Germain.

De acordo com a CNBC, canal por assinatura da NBCUniversal dedicado a notícias de negócios, o novo contrato é "o maior acordo financeiro que a varejista faz com um time esportivo em toda a sua história de 25 anos". 

"A expansão levará o negócio de merchandising do Paris Saint-Germain a ser um dos maiores do mundo do esporte", afirmou a Fanatics, em um comunicado oficial.

Atualmente, o Paris Saint-Germain possui mais de 5 mil produtos licenciados. Com a ampliação do acordo, o objetivo é dobrar esse número nos próximos dois anos.

"Este acordo marca mais um novo capítulo na ambiciosa história de crescimento do Paris Saint-Germain. Na Fanatics, estamos em parceria com o líder global de merchandising esportivo, uma colaboração que trará consigo uma vasta gama de oportunidades comerciais exclusivas em todo o mundo. Nos próximos 10 anos, Paris Saint-Germain e Fanatics trabalharão para aprimorar ainda mais o alcance e o apelo da marca, além da excelência em merchandising do clube. Ao enriquecer nossa oferta de produtos e ampliar a presença do clube em novos mercados, essa colaboração servirá como um dos principais pilares da nossa estratégia comercial", afirmou Nasser Al-Khelaifi, presidente do PSG, em entrevista concedida à CNBC por e-mail.

Pelo contrato, a Fanatics operará exclusivamente os negócios de comércio eletrônico do Paris Saint-Germain, além de se tornar a principal responsável pelo licenciamento de todo o portfólio de mercadorias do clube, que inclui roupas, bonés, tênis e diversos outros tipos de produtos em mais de 350 categorias. 

O acordo ainda amplia o alcance internacional do time, uma vez que poderá acessar o banco de dados de 45 milhões de clientes ativos da empresa nos principais mercados do Paris Saint-Germain, incluindo Europa, América do Norte e Ásia. 

O objetivo imediato é triplicar os negócios de comércio eletrônico do clube nos próximos 36 meses.  

"Acima de tudo, procurávamos unir competência e excelência. O que é especial no Paris Saint-Germain é sua ambição de marca em áreas fora do futebol. Por outro lado, a Fanatics tem um conhecimento incrível quando se trata de experiência dos fãs e maximização do potencial das marcas esportivas. Nossa ambição é alta: unir forças no momento em que os hábitos de consumo mudam rapidamente e os negócios evoluem diariamente", explicou Fabien Allegre, diretor de diversificação de marca do Paris Saint-Germain.

"O Paris Saint-Germain é um dos clubes de futebol mais inovadores do mundo e é, sem dúvida, uma das marcas mais quentes do esporte global no momento. A parceria com organizações com ideias semelhantes que gostam de pensar fora da caixa para levar a indústria adiante é o que nos entusiasma. Estamos incrivelmente orgulhosos de nos unir a um clube que está disposto a ultrapassar os limites do que é possível para continuar melhorando a experiência dos fãs de esportes em todo o mundo", celebrou Gary Gertzog, vice-presidente executivo de negócios da Fanatics.

Vale lembrar que, no ano passado, a Fanatics fechou um acordo com a Jordan Brand, da Nike, o que provocou um aumento de 470% nas vendas de camisas do Paris Saint-Germain nos Estados Unidos. 

Além dessa, também foram assinadas colaborações com marcas de luxo, como a Hugo Boss, e ícones do rock, como os Rolling Stones, para ampliar o apelo do Paris Saint-Germain no mercado.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

Torcedor x Fã

Executivo de marketing diz em livro que nenhum clube brasileiro tem um milhão de fãs.

Ex-vice-presidente de marketing do Vasco, Bruno Maia vê diferenças entre torcedor e fã. 
Torcida do Vasco em São Januário. (Foto: André Durão)
Livro deve chegar ao mercado em julho e mostra o que falta aos clubes do Brasil.

Bruno Maia foi vice-presidente de marketing do Vasco e sempre notou a diferença do compromisso entre um torcedor apaixonado e um fã. 

O primeiro é aquele que liga a televisão e assiste aos jogos, torce, vibra. 

O outro é o que compra camisas, ingressos, é sócio torcedor. 

Sua ação vai diretamente para os cofres do clube. 

É óbvio que ambos são importantes, mas engajar o torcedor leva tempo e exige trabalho.

Maia, hoje é sócio da agência 14, de conteúdo estratégico, e está prestes a lançar livro tratando das diversas formas de melhorar a relação dos times brasileiros. 

A obra ainda não tem título definitivo, mas deve chegar em plataformas digitais no final de julho. 

Veja aqui o primeiro capítulo, em que Maia diz que nenhum clube brasileiro tem um milhão de fãs.

Nenhum clube do Brasil tem um milhão de fãs. 

Nenhum.

Para o mercado do futuro, esta verdade precisa ser encarada de forma objetiva. 

E antes que alguém se insurja contra esta frase como se fosse uma ignorância, permita-me explicar. 

Torcedor, se muito, torce. 

Fã consome, gera dinheiro. 

No mundo que se anuncia, torcedor não gerará valor efetivo. 

Quem o fará será o fã-consumidor. 

O desafio urgente de todo clube que se pretende grande no mercado brasileiro deveria ser ter 1 milhão de fãs, com nome, cpf, email, telefone e cartão de crédito cadastrado no banco de dados do clube, acompanhados por uma estratégia de atualização regular e taxa de churn (perda de clientes ativos) de menos de 5% ao ano.

CAPÍTULO 1

ACHE SEU UM MILHÃO DE FÃS.

Nenhum clube do Brasil tem um milhão de fãs. 

Nenhum.

A visão de muitos profissionais e investidores do esporte no Brasil confunde os percentuais de torcedores na nossa população como um indicativo de potencial de geração de receita ou de algum tipo de valor de mercado. 

Isso é herança do modelo antigo do relacionamento do futebol com seus investidores, baseado em comunicação de massa, exploração de mídia em camisa, placas e afins, numa época em que as torcidas eram tratadas como uma massa desforme, sem cara, nome ou CPF. 

Se era grande, ótimo. 

A TV dava conta de alcançar, levar a marca e influenciar no consumo, afinal não existiam outros pontos de contato na vida daquele torcedor.

Pelo pensamento antiquado, que ainda encontramos muito em rodas de marketing esportivo, a lógica é simples: “somos 210 milhões de brasileiros. 

Se o clube “X” tem 10% de torcedores.

Logo, seriam 21 milhões de pessoas que pra atingir e gerar dinheiro.

Estupidez. 

Se você ainda pensa assim, já te peço: não pensa alto que vai pegar mal pra você. 

Mas o pior quadro ainda é aquele diretor de clube, que geralmente não é profissional de marketing mas acha que entende muito, que ainda chega e diz: “se a gente conseguir R$ 1 de cada um por mês, ninguém nos segura”. 

Socorro!

Pra começar: se estamos falando de geração de riqueza, circulação de capitais, transferência de créditos em favor de um clube, é recomendável entender qual é a parcela da população que movimenta valores. 

Uma criança de 2 anos de idade conta entre a população do país, mas dificilmente movimenta dinheiro. 

Pode ser filho de um pai apaixonado que faça o papel de transferir grana em nome dela para o clube. 

Mas provavelmente não é o caso da maioria das crianças no Brasil.

A estimativa de população economicamente ativa no país varia muito de fontes e fórmulas de cálculos diferentes. 

Fato é que ela vem crescendo desde a década de 1990 initerruptamente. Como estamos falando de futuro, vamos pegar uma estimativa da IPEA (Instituto de Pesquisas Econômica Aplicada), publicada em maio de 2019, que prevê que essa taxa chegará a 73,3% da população em 2030, e trazê-la otimistamente para 2020, a uma população estimada em 210 milhões de habitantes. 

Neste caso, teríamos cerca de 154 milhões de pessoas economicamente ativas. 

Não os 210 milhões com os quais contara aquele diretor fanfarrão...

Dessas 154 milhões de pessoas, segundo a Análise do Mercado de Consumo do Futebol Brasileiro, publicada pela CNDL (Conferência Nacional de Dirigentes Lojistas) e SPC Brasil, em setembro de 2016, apenas 67,4% dizem se interessar muito por futebol. Mais um corte grande, mesmo que, ainda assim, representa muita gente. 

Se aplicamos tal taxa livremente sobre a população economicamente ativa, a fim de gerar uma ordem de grandeza (e não um dado preciso), chegamos a uma estimativa de 104 milhões de brasileiros que estão sensibilizados de forma relevante pelo futebol. 

Ora, se o cara não é atraído por futebol, ele também não deve ser contado como público consumidor a ser alcançado por um patrocinador, concorda?

Quando pensamos nos consumidores que são bancarizados, ou seja, tem uma conta em banco para movimentar dinheiro que não seja em espécie, a taxa é de 62%. 

Cruzando livremente essas taxas, chegamos então a um universo de 66,5 milhões de pessoas. 

E outros recortes podem seguir sendo feitos até que se aplique o percentual de cada torcida. 

Alguém avisa para aquele diretor que, só por essa conta rápida, os 21 milhões que ele acreditava ter já foram reduzidos para 6,65 mi. 

Menos de 1/3. Ele não vai gostar de ouvir isso, posso imaginar...

Ainda que não seja uma forma precisa de se estabelecer recortes, é um exercício que explicita a necessidade de se redimensionar o que seja o potencial financeiro do mercado do futebol brasileiro. 

Precisaremos disso para pensar o modelo de geração de receita um pra um, não mais dependente da comunicação de massa. 

Talvez nenhum clube do Brasil hoje saiba dizer, com precisão e em tempo real, qual é o tamanho da sua base de fãs consumidores, o que é muito diferente e bem mais relevante para um planejamento estratégico, do que o número tão aberto de torcedores. 

Ter a maior torcida não significará ter a maior base de fãs-consumidores.

No mundo do CRM esportivo, estamos vivendo uma caminhada em direção ao modelo de “fan centricity”, no qual o dinheiro se move quanto mais você conhece um a um dos seus fãs-consumidores. 

Provavelmente nenhum clube no Brasil, por maior que seja, consiga afirmar ter mais de 500 mil consumidores recorrentes gerando as receitas que apresentam anualmente. 

E não vale contar aqui os seguidores em redes sociais, por exemplo. 

Tem que olhar para o próprio banco de dados, tê-los com “opt-in” (a autorização que o usuário cede para diversos usos por terceiros), guardados sob uma política atual de autorização de uso para comunicação de venda, e, além disso, estar sendo convincente na comunicação com eles para que estejam comprando recorrentemente seus produtos.

Neste jogo, deve-se entender que o papel das redes sociais é construir marca, inspiração, desejo para que isso se converta em consumo e dados em plataformas próprias. 

Afinal, para acessar os dados gerados pelos fãs lá dentro delas, é necessário pagá-las. 

Poucas são geradoras de receita, como o Youtube.

“Ter uma marca forte é algo único. Mas ser dependente de uma terceira parte quando se tem uma marca relevante é como construir uma casa grande em cima do terreno do vizinho. Vai chegar um dia em que ele vai querer regular os dias em que você pode usar a sua própria casa. Nós queremos construir nossa casa, nosso jardim, no nosso terreno, pra ter controle da exposição, do alcance e dos conteúdos que nossos fãs estão recebendo”

Guillem Graell, CMO do Barcelona: Em 2019, apenas três dos vinte clubes da primeira divisão tiveram, por exemplo, taxa de ocupação média de seus estádios acima de 50%. 

Quando um destes times chegar a ter 1 milhão de pessoas dentro do seu banco de dados de fãs, com política de atualização de dados recorrentes, todos eles ativados em uma esteira regular de produtos, serviços e descontos, o mercado brasileiro começará a ter outro tamanho. 

Times ditos “médios”, ou os mais regionais, que façam esse trabalho primeiro serão maiores que os considerados grandes que ainda estiverem passando seus dias a gargarejar a tal grandeza baseada em pesquisas de audiência.

Fui VP de Marketing do Vasco da Gama por praticamente dois anos (2018-2019) e, admito, não comecei minha passagem por lá com essa visão tão clara. 

A intuição a respeito disso já existia, mas não a clareza de métodos, processos e etapas. 

Estas, eu fui desenvolvendo ao longo do tempo no cargo, aplicando-as em algumas iniciativas, e sobretudo depois, trocando com profissionais e estudos de casos de outros mercados.

Ter 1 milhão de fãs também vai muito além do que se possa conseguir com um bom programa de Sócio Torcedor. 

Ele, por sinal, é importantíssimo e deve ser a base de um programa de dados. Porém é apenas o nível básico de relacionamento do fã. 

Não bastará. Será necessário criar outras formas de geração e integração de dados, em um sistema convergente e com pessoas especializadas para planejar e potencializar estas informações. 

Esta é uma corrida em que o futebol brasileiro parte atrasado.

Deveria ser o primeiro grande desafio de um clube hoje no país que queira falar de inovação: planejar como atingirá, conquistará e reterá 1 milhão de fãs. 

Que nem o futebol pensa em ser campeão mundial, um executivo de marketing, um CEO, ou um diretor financeiro, deveriam ter emoji de coraçãozinho no olho quando falasse dessa meta. 

Criar um planejamento de aquisição de base de fãs. Investir dinheiro pesado nisso, como se fosse um camisa 10 do clube. 

Primeira meta de 50 mil, depois 100 mil, 200, 300... 

A geração de receita será exponencial quanto mais avance essa escalada. 

A taxa de retenção e atualização de dados tem que ser alta também. Idealmente, há que se mirar numa taxa máxima de 5% de perda de leads[1] por ano. 

Todos os negócios que olharemos ao falar da revolução que a inovação fará no esporte vão considerar este fator como matéria prima na geração receitas.

Vivemos numa era em que privacidade é moeda, nos acostumando a trocá-la o tempo inteiro por acessos a produtos e serviços que valem muito e são importantes para nós. 

O inventário das empresas digitais contemporâneas considera os dados dos consumidores um de seus principais ativos. 

Os clubes, se fizerem um trabalho correto, tem autoridade e confiança pra também pedir isso aos torcedores, para que, enfim, virem fãs (consumidores). 

São esses que vão fazer a diferença e cada passo nessa conquista deve ser celebrado.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

700 gols de Messi

Verdadeira crise do Barcelona é de conceito e de credibilidade.
Messi na partida entre Barcelona (Espanha) X Atlético de Madrid (Espanha). (Foto: Albert Gea/Reuters)
Houve um tempo em que o Barcelona sabia o que queria ser. 

A bola não deixa de entrar por acaso.

Existe um maravilhoso livro chamado "Cuando Nunca Períamos" sobre a história do Barcelona. 

Cada texto relata o tempo em que o Barça nunca vencia. 

Desde a final da Copa dos Campeões da Europa de 1961, em Berna, em que perdeu para o Benfica e chutou cinco vezes na trave. 

"Se os postes fossem redondos como hoje, não bateriam nas quinas quadradas e sairiam do gol", diz o texto.

Messi marcou seu gol 700 no fantástico empate por 2 a 2 entre Barcelona e Atlético de Madrid, que parece afastar um pouco mais o Barça do tricampeonato espanhol, não tem nada a ver com aquele tempo, mas com outros, em que a política e as contratações em que não sabe bem para onde vai o dinheiro falam mais alto.

Griezmann custou 120 milhões de euros ao Atlético de Madrid, que pareceu mais forte no Camp Nou do que nas duas temporadas anteriores, quando o francês era colchonero. 

Desde 2017, o Atlético não empatava na casa barcelonista. 

Desde 2006 não vence lá dentro.

Esteve perto. Pode-se dizer que o pênalti que resultou no empate de Saúl não existiu, mas o Barcelona também não. 

Quique Setién montou o time num 4-1-3-2, deixou Riqui Puig atrás de Messi e Suárez, com Vidal aberto pela direita e Rakitic pela esquerda. 

Quem jogou bem mesmo foi o chileno. 

Que atuação!

Mas o Barcelona bateu no muro do Atlético e voltou. 

Com sete jogadores que vieram de fora, contratações caras, diferente do conceito do Barça montado em suas canteras, com ideias de jogos claras. 

Durante a temporada, o time demitiu Ernesto Valverde, que não tinha o jogo de posição que o Barcelona cultiva. 

Contratou Quique Setién, que tem as ideias, mas não o conhecimento do lugar.

E os dirigentes contratam, contratam, contratam. 

Com que ideia?

O Barcelona se afasta do título, porque o Barcelona se afasta do conceito do Barcelona.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

O que pode mudar com a nova MP

Entenda o que oito clubes pretendem ao visitar Bolsonaro em apoio à Medida Provisória que muda regras para direitos de transmissão.

A pauta envolve a comercialização dos direitos para televisão fechada já a partir de 2020, a participação da Turner no mercado e possível mudança na legislação sobre operadoras.
Dirigentes se reuniram com o presidente Jair Bolsonaro. (Foto: Gauchazh.clicrbs.com.br)
Dirigentes de oito clubes estiveram em Brasília nesta terça-feira (30) para encontrar o presidente Jair Bolsonaro. 

Em pauta, a MP 984/2020. 

Na verdade, muito mais. 

O movimento alcança os direitos de transmissão do futebol e até a legislação sobre a televisão fechada.

O bloco é formado pelo octeto que assinou contratos com a Turner na última renegociação pelos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro. 

Na época, tratava-se do Esporte Interativo. 

A emissora brasileira foi comprada na sequência pela gigante americana.

Athletico-PR, Bahia-BA, Ceará-CE, Coritiba-PR, Fortaleza-CE, Internacional-RS, Palmeiras-SP e Santos-SP.

Para entender o que eles queriam de Bolsonaro, é preciso contextualizar separadamente dois assuntos complexos. 

Um, os direitos de transmissão do futebol. Outro, a lei sobre a televisão fechada.

Direitos de transmissão: A jogada vem sendo ensaiada por esses dirigentes desde a publicação da MP 984 por parte de Jair Bolsonaro. Liderado por cartolas como Guilherme Bellintani (Bahia), Mario Celso Petraglia (Athletico-PR) e Maurício Galiotte (Palmeiras), este grupo está preocupado com os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro já em 2020.

A Turner não vinha tendo resultados satisfatórios com o negócio montado em 2016. 

A emissora comprou as partidas desses oito clubes e pode transmitir apenas o confronto entre eles, Bahia-BA X Palmeiras-SP, Palmeiras-SP X Bahia-BA, Palmeiras-SP X Santos-SP, assim sucessivamente.

A pandemia piorou o que já não ia bem. 

E os clubes, desde abril, entraram numa difícil renegociação com a emissora. 

Por parte da Turner, há reclamações sobre cláusulas não cumpridas pelos dirigentes. 

Por parte do octeto, cobranças para receber o dinheiro no meio da crise.

No mercado, todos aguardam pelo rompimento dos contratos. 

Isto deixaria os clubes em posição de fragilidade comercial. 

Uma vez que todos os outros adversários no Brasileirão negociaram seus direitos com a Globo, restaria a eles acertar com a emissora ou buscar um concorrente que se interessasse pelo pacote de 56 partidas entre eles.

A mudança proposta pela MP 984 muda as regras. 

Os clubes não mais precisariam da anuência de visitantes para vender seus direitos; eles poderiam comercializá-los apenas enquanto mandantes. 

Na prática, o pacote de jogos aumenta em quantidade para 152 e passa a ter partidas de alto valor comercial, como aquelas em que o visitante é o Flamengo.

A visita a Bolsonaro trata disso: demonstrar apoio ao conteúdo da MP 984 e abrir concorrência para valorizar os direitos que ainda pertencem à Turner, mas em breve poderão estar livres no mercado.

Lei da televisão fechada: Neste caso, a questão envolve interesses e quantias ainda maiores do que o futebol brasileiro.

No contexto, está a gigante de telecomunicações americana AT&T. 

Ela comanda um conglomerado de empresas de mídia que inclui Warner, HBO e Turner, entre outros.

O problema para os envolvidos no Brasil é a legislação que rege a televisão fechada. 

A Lei 12.485/2011 proíbe que a produtora de conteúdo para a plataforma seja também proprietária de uma distribuidora de sinal. 

Em termos práticos, significa que a Turner não pode produzir conteúdo e ao mesmo tempo ser sócia da Sky, a emissora.

A Turner vem tentando mudar a legislação para que a proibição acabe. 

O argumento da empresa americana ao poder público brasileiro é que, com o crescimento de sua operação, ela fará mais investimentos em conteúdo, empregará mais gente. 

A questão hoje está emperrada no Senado por causa da pandemia, e da morosidade habitual, claro.

O que o futebol tem a ver?

O octeto que ainda mantém contratos com a Turner foi até Bolsonaro para pressionar na busca por solução. 

Se a empresa afirma que precisa da mudança na legislação para investir no Brasil, por que ela fala em romper contratos pelos direitos de transmissão do futebol?

No fim das contas, pode ser que a mudança na lei realmente aconteça em tempo e coloque a companhia americana em nova posição para arcar com seus compromissos perante os clubes. 

No mínimo, dirigentes aproveitaram a reunião com o presidente para cobrar do governo federal celeridade na resolução deste emaranhado de problemas.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

Já virou rotina

Com belos gols de Dybala, Cristiano Ronaldo e Douglas Costa, Juventus bate o Genoa.

Argentino e português marcam pelo terceiro jogo seguido, e brasileiro sai do banco para ampliar para líder do Italiano, que segue com quatro pontos de vantagem sobre a Lazio. 

Pinamonti desconta.
Douglas Costa deixou o seu na vitória da Juventus sobre o Genoa. (Foto: REUTERS/Jennifer Lorenzini)
Mais um jogo tranquilo, mais uma vitória e pela terceira vez seguida com direito a gols da dupla Dybala-Cristiano Ronaldo. 

Foi assim que a Juventus bateu o Genoa, nesta terça-feira (30), fora de casa, pela vigésima nona rodada do Campeonato Italiano.

Em um jogo com belos gols, Douglas Costa ainda deixou o dele, e Pinamonti descontou: 3 a 1 e vantagem de quatro pontos sobre a Lazio mantida pela Velha Senhora na liderança.

A Juventus, com 100% de aproveitamento após a volta do Campeonato Italiano, foi a 72 pontos, contra 68 pontos da Lazio, que abriu a rodada vencendo o Torino por 2 a 1.

A Internazionale de Milão, com 61, ainda recebe o Brescia nesta quarta-feira (1º).

O Genoa é apenas o décimo sétimo, logo acima da zona de rebaixamento, com 26 pontos.

Os líderes foram soberanos durante todo o jogo, mas o goleiro Perin, do Genoa, fez com que o placar não fosse movimentado no primeiro tempo.

Na volta do intervalo, porém, não demorou muito para a superioridade ser traduzida em gols. Aos 4, Dybala fez bela jogada individual e abriu o placar.

Aos 10 minutos do segundo tempo, Cristiano Ronaldo acertou um lindo chute de fora da área e ampliou.

Douglas Costa saiu do banco aos 20 minutos do segundo tempo, para substituir Bernadeschi e precisou de 7 minutos, aos 27 minutos do segundo tempo, para deixar o seu acertando o ângulo, sem chance para o goleiro.

Aos 30 minutos do segundo tempo, Pinamonti deixou Cuadrado na saudade dentro da área para descontar.

Confira os resultados desta terça-feira, 30 de junho pelo Campeonato Italiano (Vigésima Nona Rodada - Primeira Fase):

Torino (Itália) 1 X 2 Lazio (Itália)

Genoa (Itália) 1 X 3 Juventus (Itália)

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

Festa #SQN

Messi faz gol 700, mas Barcelona só empata com Atlético, e Real pode abrir vantagem.

Em jogo com três pênaltis e polêmicas, argentino alcança marca histórica, mas time de Quique Setién tem terceiro empate dos últimos quatro jogos. 
Messi é derrubado por marcadores do Atlético: gol 700 ofuscado por crise do Barcelona. (Foto: Albert Gea/Reuters)
Líder, equipe de Zidane joga com Celta e tem chance de abrir quatro pontos.

É possível, na noite em que o maior ídolo de sua história faz o gol 700 da carreira, um clube estar em crise?

Pode. 

Pois não há outra definição para o momento do Barcelona. 

Nesta terça-feira (30), a equipe de Quique Setién empatou com o Altético de Madrid por 2 a 2. 

A partida no Camp Nou teve três pênaltis, polêmicas, gol contra de Diego Costa e a marca alcançada por Messi. 

Tudo ofuscado pela má fase da equipe catalã, que agora corre o risco de terminar a rodada a quatro pontos do líder Real Madrid.

O Barcelona sofreu seu terceiro empate dos últimos quatro jogos. 

Chegou aos 70 pontos e continua na segunda posição. 

Mas o Real Madrid encara o Getafe nesta quinta-feira (2) e, se vencer, abrirá quatro pontos para o rival. 

O time de Zidane ainda leva vantagem no confronto direto, primeiro critério de desempate caso as duas equipes fiquem com a mesma pontuação. 

O Atlético é o terceiro, com 59 pontos. 

O Barça encara o Villarreal fora de casa no domingo (5), e o Colchonero recebe o Mallorca na sexta-feira (3). 

O Barcelona não mudou. 

Mais uma vez, terminou com mais de 70% de posse de bola, mas criou pouco. 

Finalizou 12 vezes, contra 10 do Atlético, que foi mais incisivo e perigoso em suas chegadas à área rival. 

Carrasco, incisivo na esquerda, terminou eleito melhor em campo. 

O time de Quique Setién só conseguiu os gols nos erros rivais.

Primeiro, Messi cobrou escanteio da direita, na etapa inicial, e Diego Costa desvio para o próprio gol ao tentar cortar.

O brasileiro naturalizado espanhol teve a chance de se redimir em cobrança de pênalti aos 15 minutos do primeiro tempo, mas desperdiçou. 

A sorte do Atlético é que o árbitro Hernández Hernández mandou voltar após o VAR indicar que Ter Stegen se adiantou, e Saúl converteu. Na segunda etapa, o Barça recebeu o segundo presente: pênalti de Felipe em Semedo, convertido por Messi em seu gol 700 da carreira. 

Com defesa sólida, o time de Simeone não cedeu espaços. 

E foi firme nos contragolpes. 

Conseguiu o empate em outra penalidade, polêmica, de Semedo em Carrasco. 

Saúl fez outra vez: 2 a 2.

Depois de três jogos em branco, Messi chegou ao seu gol 700 em jogos oficiais na carreira. 

São 70 pela seleção argentina e 630 pelo Barcelona. 

Foi com estilo: de cavadinha, em cobrança de pênalti. 

Na temporada, o camisa 10 tem 27 gols em 37 jogos. É o artilheiro do Espanhol, com 22 gols.

Foram três pênaltis marcados no jogo. 

E quatro cobranças. 

E todos com alguma polêmica. 

Primeiro, aos 14 minutos do primeiro tempo, Diego Costa errou sua cobrança, defendida por Ter Stegen. 

Avisado pelo VAR, o árbitro Hernández Hernández mandou voltar e deu amarelo ao goleiro alemão, que estava com os dois pés fora da linha no chute do camisa 19. 

Saúl converteu a segunda cobrança.

O segundo pênalti do jogo veio na etapa complementar. 

Semedo caiu na área após dividida com Felipe. 

Houve pouca reclamação. 

O lance mais polêmico ocorreu pouco depois. 

Carrasco entrou na área pela esquerda e caiu depois que Semedo o atingiu em leve toque na corrida. 

O lance foi revisto pelo VAR e confirmado. 

Saúl também converteu a penalidade.

Confira os resultados desta terça-feira, 30 de junho, pela La Liga (Trigésima Terceira - Primeira Fase):

Mallorca (Espanha) 5 X 1 Celta de Vigo (Espanha)

Leganés (Espanha)  0 X 3 Sevilla (Espanha)

Barcelona (Espanha)  2 X 2 Atlético de Madrid (Espanha)

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

Situação do Cazares

Atlético-MG explica que Cazares apresentou sintomas da Covid-19, o que explica maior tempo de isolamento.

Armador equatoriano foi diagnosticado com novo coronavírus no dia 30 de maio.
Juan Cazares, meia-atacante do Atlético-MG. (Foto: Bruno Cantini/Atlético-MG)
Juan Cazares segue em tratamento por ter sido infectado pela Covid-19. 

O armador foi diagnosticado com o novo coronavírus no dia 30 de maio, ao passar por exames programados pelo Atlético-MG. 

Um mês depois, ele ainda não voltou a treinar. 

Via assessoria de imprensa do clube, o departamento médico do Galo revelou os motivos.

De acordo com as explicações passadas, Cazares, que no começo estava assintomático, desenvolveu a doença, apresentando os sintomas. 

Por isso, segundo o protocolo adotado pelo Atlético, ele terá de cumprir uma quarentena mais longa, que pode ter a duração aproximada de 40 dias. 

Para retornar aos treinamentos, o equatoriano precisa de dois testes negativos em sequência, com um intervalo necessário entre um e outro.

O departamento médico ressalta ainda que, caso Cazares tivesse se mantido assintomático, a volta do armador aos treinos na Cidade do Galo teria ocorrido em 14 dias.

Cazares foi o único jogador do Atlético infectado, até o momento. 

Com resultados negativos para o restante do elenco nos exames seguintes, o clube avançou no planejamento de retomada dos trabalhos. 

Os treinamentos que eram divididos em turmas, agora são em grupo único.

* Com informações de Guto Rabelo, da TV Globo

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

Negócio é o futebol

Presidente diz que Grêmio não pode mais esperar por avanço em treinos: "Nosso negócio é futebol".

Romildo Bolzan fala sobre a decisão de levar o Tricolor para treinar em Criciúma, Santa Catarina.

Sem liberação para trabalhos com contato físico em Porto Alegre, o Grêmio anunciou que irá trabalhar em Criciúma, em Santa Catarina, embora ainda sem data prevista. 
Presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Júnior, chega ao Centro de Treinamento. (Foto: Lucas Uebel/Grêmio)
O presidente Romildo Bolzan Júnior justificou a decisão com a necessidade de se preparar para o Campeonato Brasileiro e disse que o Tricolor não pode mais "esperar" pelo avanço nos protocolos e liberações do governo do Rio Grande do Sul.

Romildo afirmou respeitar as decisões científicas do Estado e do município, mas também reforçou que o "negócio" do Grêmio é o futebol. 

O clube esteve em contato constante com o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior, mas as restrições na bandeira vermelha (como Porto Alegre está classificada no protocolo estadual de distanciamento para o novo coronavírus) impediram a liberação para treinos gradativos com contato físico.

"De nenhuma forma nós queremos confrontar com os protocolos que o governo e a Prefeitura de Porto Alegre estão fazendo. O Grêmio não pode mais aguardar por conta da sua preparação, no estágio que ela está, sem que faça prosseguimentos, sem que faça avanços, siga em frente. E seguir em frente significa exatamente essa questão dos coletivos, do contato, da preparação tática, técnica, e enfim, tudo que diz respeito à preparação de um atleta", disse o dirigente em entrevista à RBS TV.

"Os clubes brasileiros ficaram colocados num marco que é 9 de agosto para o recomeço do Brasileiro. 

Então nós não temos expectativa do Gaúcho, mas tem a expectativa do Brasileiro" (Romildo Bolzan, presidente do Grêmio).

O Tricolor irá usar as instalações do Criciúma, que fica há cerca de 280 quilômetros  de Porto Alegre. 

O dirigente defende um tratamento especial em relação ao restante da sociedade para o futebol retomar as atividades. 

Por conta das medidas de prevenção tomadas pelo clube e a capacidade financeira das equipes da elite do futebol brasileiro.

"Se o futebol tiver exatamente o mesmo entendimento que a sociedade em geral, sendo essa ilha de controle, nós não vamos jogar mais esse ano, porque a sociedade terá muitos percalços ainda pela frente. Então o que nós estamos pedindo não é para jogar. O que nós estamos pedindo é para avançar nos nossos treinamentos completamente controlados. Essa é a diferença", declarou o mandatário.

"Nós não estamos aqui fazendo debate na questão científica. A única coisa que estamos fazendo é exatamente viabilizando nossa preparação. O nosso negócio é futebol, então nós estamos trabalhando para viabilizar aquilo que fazemos. Nós estamos trabalhando na viabilização dos nossos aprontos, das nossa situações de preparação, nada mais que isso", completou.

O Grêmio ainda define os detalhes da logística para ir a Criciúma, bem como a data da viagem. 

O clube vai usar as instalações do Centro de Treinamentos do Criciúma para as atividades, respaldado tanto pelos decretos do governo de Santa Catarina quanto da cidade, que permitem os treinos de clubes profissionais com contato físico. 

O Tricolor iniciou a nona semana de trabalho e faz atividades sem contato físico desde a retomada dos treinos, no início de maio.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

Estreia no eSports

eSports: Ceará e Fortaleza estreiam na Taça Libertadores de FIFA Pro Clubs nesta quarta-feira (1º).

Competição de futebol digital ainda conta com times como Independiente, Universidad de Chile e Peñarol.

Com trajetórias cada vez mais sólidas no futebol digital, Ceará e Fortaleza se preparam para o maior desafio da recente história dos clubes no cenário do eSports. 

As equipes cearenses estão entre os sete times que representam o Brasil na Copa CSVP (Confederacion Sudamericana Virtual Pro) da Taça Libertadores 2020, organizada pela ISL Gaming, que começa nesta quarta-feira (1º), à 0 horas (horário de Brasília - madrugada de terça-feira (30) para quarta-feira (1º).

A competição terá 32 equipes sul-americanas e segue modelo semelhante à Taça Libertadores da América 

dos gramados reais. Os times são divididos em oito grupos com quatro equipes na primeira fase, em seguida, os melhores classificados de cada grupo disputam jogos em mata-mata. 

O sorteio da competição aconteceu no último fim de semana. 

Confira abaixo.
Taça Libertadores de FIFA Pro Clubs. (Foto: Divulgação/ISL)
O Ceará está no Grupo 3, ao lado de Central eSports, equipe oficial do Rosário Central da Argentina, Santiago Wanderers, do Chile e Megastars, do Equador. 

Enquanto o Fortaleza disputa o Grupo 5, com Arsenal eSports, equipe oficial do argentino Arsenal de Sarandí, Boston River, do Uruguai, e All Blacks, da Bolívia.

Potências do futebol latino também participam da competição: Independiente, San Lorenzo e Arsenal, da Argentina. 

Universidad de Chile e Universidad Católica, do Chile.

Além de Peñarol e Racing, do Uruguai, e Sporting Cristal, do Peru.

O que é Futebol Digital Pro Clubs?

O Pro Clubs é um modo virtual de jogo. 

Foi introduzido no game FIFA 2009, e consiste em uma partida online disputada por 22 jogadores conectados, 11 contra 11, cada player em uma posição, como nos gramados reais. 

Os e-atletas acessam a rede online PSN, do console de videogame PlayStation 4, e formam partidas virtuais no game FIFA 2020. 

Os duelos podem ocorrer de modo presencial, no entanto, como prevenção ao Coronavírus, os jogadores se enfrentarão cada um na sua casa. 

A simulação dos 90 minutos de bola rolando em um jogo Pro Clubs dura, em média, 16 minutos.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro