segunda-feira, 29 de junho de 2020

Furacão em alerta

Oito profissionais do Athletico são diagnosticados com coronavírus em nova bateria de exames.

Athletico tem feito exames desde a volta aos treinos presenciais, no final de maio, mas não divulga os resultados, clube também não confirma os oito casos.
Athletico está impedido de treinar desde a semana passada. (Foto: Athletico)
Oito profissionais do Athletico testaram positivo para Covid-19 em exames feitos no sábado, segundo apuração do GloboEsporte.com. 

O Furacão tem feito esses testes desde o final de maio, mas não divulgou nenhum resultado nem confirmou esses oito casos.

O Athletico realizou os exames às pressas no sábado (e não na segunda-feira, como costuma fazer) porque um jogador teve contato com uma pessoa infectada pelo coronavírus.

Os oito profissionais - cujos nomes serão mantidos em sigilo,- ficarão duas semanas isolados em suas respectivas casas, sem contato com outras pessoas, antes da realização de novos exames.

Os casos surgem às vésperas da retomada do futebol no estado. 

Os clubes classificados para as quartas e a FPF (Federação Paranaense de Futebol) planejam o recomeço do Paranaense em 15 de julho.

Além disso, os clubes da Série A e a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) querem iniciar o Brasileirão em 8 de agosto. 

As 38 rodadas seriam mantidas, e o campeonato terminaria em fevereiro.

O Furacão jogou pela última vez em 15 de março, na derrota por 4 a 0 para o Coritiba, pelo estadual. 

Logo depois, com a paralisação do futebol brasileiro por conta da pandemia de coronavírus, o clube deu férias para jogadores, integrantes da comissão e funcionários.

O Athletico iniciou os treinos online, com cada jogador em sua respectiva casa, na primeira semana de maio. 

E o clube retomou os treinamentos presenciais em 27 de junho. 

Desde então, o Furacão já tinha realizado três baterias de exames para Covid-19, mas sem divulgar os resultados.

Linha do tempo: coronavírus e futebol no Paraná

12 de março: o estado do Paraná registra os primeiros casos de coronavírus. 

Os clubes já vendiam ingressos para a décima primeira rodada, mas a Federação Paranaense de Futebol (FPF) realiza reuniões para definir se os jogos poderiam ter torcida ou não.

13 de março: a Federação decide que os jogos da décima primeira rodada rodada seriam realizados, mas com portões fechados. 

Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo (para a capital) já tinham decidido que os jogos daquele final de semana seriam sem torcidas.

15 de março: os seis jogos da décima primeira rodada rodada, a última da primeira fase, são disputados com portões fechados. 

O Coritiba goleia o Athletico no Couto Pereira, o Operário-PR vence o Londrina fora, e o Paraná Clube perde para o Toledo no 14 de Dezembro.

16 de março: nos dias seguintes, os clubes começam a dar férias para seus jogadores. 

No dia 20 de março, a própria Federação anuncia férias coletivas. 

Na época, o Paraná tinha 36 casos confirmados de coronavírus e 202 suspeitos, mas sem nenhuma morte.

Primeira quinzena de abril: no dia 6, o estado registra as primeiras mortes por coronavírus. 

Nos dias seguintes, os clubes paranaenses, que, em sua maioria, tinham anunciado apenas 15 ou 20 dias de férias, estendem o prazo e adiam o retorno dos treinos para o início de maio.

Segunda quinzena de abril: o estado do Paraná fecha abril com 86 mortes e 1.407 casos de coronavírus. 

Com os efeitos da paralisação, os clubes reduzem os salários de jogadores e funcionários. 

O Coritiba também faz um corte no quadro de funcionários.

Primeira quinzena de maio: os clubes paranaenses voltam aos treinos, mas só com atividades online. 

Ou seja, cada jogador realizava os exercícios sob orientação dos profissionais do clube. 

O Athletico, por exemplo, oferece materiais aos jogadores, como bicicleta ergométrica.

25 de maio: a Secretaria de Saúde do Paraná libera a volta aos treinos presenciais, mas com limitações. 

Em um primeiro momento, os jogadores realizam atividades individuais, sem contato entre eles. 

Londrina e Rio Branco-PR preferem manter os treinos online.

10 de maio: o Coritiba realiza uma nova baterias de exames, e dois profissionais são diagnosticados com coronavírus. 

Antes, o Paraná Clube já tinha tido um caso, e o Futebol Clube Cascavel, três. 

O Athletico também faz os testes, mas prefere não divulgar os resultados.

1° de junho: o Brasil ultrapassa a marca dos 30 mil mortos. 

Athletico, Coritiba, Paraná, Operário-PR, Cianorte e FC Cascavel mantêm as atividades presenciais, mas ainda sem previsão de retomada do estadual - Londrina e Rio Branco-PR seguem com treinos online.

13 de junho: o estado chega a 117 mortes por coronavírus (14 delas em Curitiba). 

A Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba decide colocar a cidade no nível laranja e impor várias limitações, como proibir as atividades físicas. 

A decisão afeta não só o Athletico, mas todo o estadual.

15 de junho, 16 de junho e 17 de junho: na segunda, a Prefeitura cogita liberar atividades após pressão de academias. 

Com isso, na terça, o Athletico volta aos treinos. 

Na quarta-feira, porém, a Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba descarta o relaxamento, e o Furacão volta a ter os treinos suspensos.

26 de junho: um dia após os clubes da Série A planejarem o Brasileirão para 8 de agosto, os oito classificados para o mata-mata se reúnem pela primeira vez com a Federação. 

No encontro, eles projetam a retomada do estadual para 15 de julho e a final para antes do Brasileirão.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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