segunda-feira, 29 de junho de 2020

Mais que uma medalha....

Medalhista olímpica arrecada cestas básicas em live e distribui em comunidade do interior do Rio Grande do Norte.

Juliana Felisberta passa a quarentena ao lado da família em Natal, onde mantém a forma e treina durante período sem jogos. 
Juliana Felisberta treina em quadra na casa do irmão de coração Jorge (amarelo); Jozivam (de branco) é irmão da jogadora. (Foto: Cedida)
Ação solidária arrecadou mais de três toneladas de alimentos.

Há 110 dias em Natal, onde passa a quarentena ao lado da família, a medalhista olímpica Juliana Felisberta teve um fim de semana bastante especial. 

Após realizar uma live na última semana, a jogadora de vôlei de praia arrecadou 350 cestas básicas e fez a distribuição de parte delas no último sábado (27), Dia Nacional do Vôlei. 

O "mais valioso" para ela é que as doações vieram de amigos, fãs e familiares.

"Eu entreguei numa comunidade de São Pedro (a 59 km de Natal), cidade onde meus pais se criaram, cresceram e casaram. Outros grupos foram beneficiados, como a associação dos cabeleireiros e manicures do Rio Grande do Norte. A gente também fez a entrega para uma casa de recuperação de dependentes químicos e alcoólatras do Guarapes e a uma igreja que faz um 'sopão'. Além de usar os alimentos para a sopa, eles distribuíram para algumas famílias também", falou.

A live solidária teve a participação do empresário e cabeleireiro Sinval de Souza, e Juliana chegou a brincar com uma amiga sobre uma promessa para visitar o Santuário de Padre Cícero, em Juazeiro do Norte, caso alcançassem a meta de arrecadar uma tonelada de alimentos.

"Eu brinquei com uma amiga que, se a gente conseguisse uma tonelada, eu ia pagar uma promessa no Juazeiro. Depois, quando a live acabou, que as coisas aconteceram, a gente brincou que eu vou ter que pagar em Roma (no Vaticano). A gente conseguiu 350 cestas básicas, que são mais três toneladas", contou.

Em uma rede social, Juliana postou fotos da visita ao povoado (veja abaixo) e destacou que saiu com o "coração alegre de ter conhecido pessoas tão lindas e, mesmo na dificuldade, felizes".

"Fiquei muito feliz por ter ajudado essas famílias e espero poder ser exemplo para muitas pessoas. Apesar de um momento tão complicado, a gente pode, sim, ajudar os outros. Na verdade, a maioria das pessoas que ajudamos não é só por causa do Covid-19. Infelizmente, não é um problema só da Covid-19. O que importa é fazer o bem", comentou.

Treinos: Com a suspensão das competições em março, por causa da pandemia do novo coronavírus, a medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos de Londres 2012 decidiu ficar ao lado da mãe, em Natal, mas não parou de treinar. 

Juliana, que está com 36 anos, tem o acompanhamento de um profissional de Educação Física para os trabalhos físicos em casa, e também joga vôlei na casa do irmão de "coração" Jorge, onde tem uma quadra de areia.

"Saio da garagem da minha mãe para garagem da casa dele", frisa.

Sobre a retomada dos jogos, Juliana disse que a previsão é que aconteça em agosto, mas ainda não há uma posição da Confederação Brasileira de Voleibol. 

Ela acredita que as etapas do Circuito Brasileiro só devam acontecer em setembro ou outubro.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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