quinta-feira, 22 de junho de 2023

Punição de 30 dias

Santos jogará sem torcida por 30 dias após confusão na Vila Belmiro.

Após incidentes no clássico com o Corinthians, José Perdiz acata pedido da Procuradoria pelo fechamento de portões até o julgamento. 

Decisão também vale para futebol feminino.

O Santos jogará sem torcida, até como visitante, por 30 dias até que as confusões do clássico contra o Corinthians, na Vila Belmiro, na última quarta-feira (21), sejam julgadas pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva). 

Veja aqui as partidas que serão sem presença de torcedor.

Se o caso for julgado antes dos 30 dias, a punição pode mudar de acordo com a quantidade de partidas que o STJD decidir proibir a torcida do Santos de frequentar os jogos.

A decisão de proibir a torcida do Santos de ir aos jogos foi tomada nesta quinta-feira, pelo presidente do STJD, José Perdiz. 

A procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva denunciou o Peixe por causa dos objetos arremessados no gramado durante a derrota por 2 a 0 para o Corinthians, pela décima primeira rodada do Campeonato Brasileiro.

"O pedido até seria analisado de interdição da Vila Belmiro, mas assim não foi. Foi feito apenas sem a presença de torcedor. Inclusive, para o futebol feminino que terá uma partida. É extensivo ao futebol feminino. Porque não podemos correr risco. O futebol brasileiro não pode correr risco de uma manifestação tão ruim quanto essa como a de ontem. Existem outras formas democráticas e sociais de se manifestarem. Todos podem se manifestar nas formas adequadas, legais, democráticas e socialmente aceitas", disse o presidente do STJD.

O clássico da última quarta-feira precisou ser encerrado pelo árbitro Leandro Pedro Vuaden aos 44 minutos do segundo tempo, quando a torcida do Santos protestava por causa da sequência de maus resultados da equipe e as eliminações na Sul-Americana e na Copa do Brasil.

A denúncia da Procuradoria do STJD pede que o Santos seja indiciado com base nos parágrafos I e III artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que trata de "deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir:".

I — desordens em sua praça de desporto.

III - lançamento de objetos no campo ou local da disputa do evento desportivo.

A punição prevista é de até R$ 100 mil em multa e, dependendo da gravidade, perda de mando de campo de um a dez jogos:

"Quando a desordem, invasão ou lançamento de objeto for de elevada gravidade ou causar prejuízo ao andamento do evento desportivo, a entidade de prática poderá ser punida com a perda do mando de campo de uma a dez partidas, quando participante da competição oficial", diz o texto.

A punição deve ser maior ao Santos devido ao caso reincidência. 

Em julho do ano passado, também em uma partida contra o Corinthians, válida pelas oitavas de final da Copa do Brasil, torcedores atiraram rojões e sinalizadores no gramado. 

Algumas pessoas também invadiram o campo e agrediram o goleiro Cássio.

À época, o STJD condenou o Peixe a fazer duas partidas da Copa do Brasil com portões fechados. Também foi aplicada multa de R$ 35 mil ao clube. 

A pena foi cumprida em 2023.

O Santos jogou com portões fechados na vitória sobre o Iguatu, pela segunda fase da Copa do Brasil. 

Já no duelo contra o Botafogo-SP, válido pela terceira fase, o Peixe teve a pena convertida e foi autorizado a vender ingressos para mulheres não filiadas às torcidas organizadas, crianças até 12 anos e pessoas com deficiência.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

 

Adaptação: Eduardo Oliveira

 

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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