quinta-feira, 20 de junho de 2024

Mudança de rota

Dono do Atlético-MG admite "desleixo" no futebol feminino, mas garante mudança de rota.

Vingadoras foram rebaixadas no Campeonato Brasileiro e, restando três jogos, somam apenas um ponto.

Rubens Menin falou pela primeira vez sobre a situação do futebol feminino clube. 

As Vingadoras foram rebaixadas com três rodadas de antecedência e com apenas um ponto conquistado. 

O dono da SAF (Sociedadea Anônima do Futebol) do Atlético-MG admitiu que a categoria não teve a atenção necessária.

"Infelizmente, nós temos as nossas limitações e não conseguimos fazer tudo ao mesmo tempo. É igual aquele menino que fica botando bola (malabarista)".

"Nós desleixamos um pouco com o futebol feminino, mas já estamos tentando encaminhar isso daqui para frente."

O time começou o ano tendo mudanças em suas estruturas, após denúncias de atletas sobre as más condições de trabalho. 

Mas foi insuficiente para que os resultados em campo fossem bons.

Menin afirma que o clube entende a necessidade de investir na categoria, visando futuro retorno. 

Ele ressalta que acompanha o desenvolvimento do esporte em outros lugares do mundo e promete cuidar do futebol feminino do Galo.

"O futebol feminino no Brasil ainda não tem uma força muito grande, mas tem alguns lugares, Espanha, o próprio Estados Unidos, onde ele tem uma força muito grande. Ele vai acontecer. Evidentemente que em alguns esportes o feminino está mais próximo do masculino, você pega o tênis por exemplo, a premiação é igual no masculino e no feminino. No futebol ainda não existe isso, o basquete americano feminino é muito bom".

"Acho que o futebol feminino deve crescer muito mais do que o masculino daqui para frente. Se o masculino está aqui, o feminino vai chegar aqui. Nós vamos tomar conta do feminino com toda certeza."

Ano das Vingadoras: As Vingadoras foram rebaixadas após passarem três anos na elite do futebol feminino. 

O time subiu em 2021 e, desde então, passou os anos brigando contra o rebaixamento. 

Após o fim do Campeonato Brasileiro do ano passado e do Campeonato Mineiro, em que o time perdeu o título para o rival Cruzeiro, atletas do clube denunciaram más condições de trabalho.

O time treinava em um campo com estrutura dedicada ao futebol amador de Belo Horizonte. 

As atletas reclamavam das condições do gramado e dos vestiários. 

Elas tinham pouco acesso à Cidade do Galo, centro de treinamentos dedicado ao masculino profissional e base, e conta com oito campos.

Em janeiro deste ano, o Atlético reinaugurou o campo da Vila Olímpica e passou a utilizar a nova estrutura do Centro de Treinamento para os treinamentos das atletas. 

Com o início de uma nova temporada, o elenco sofreu grandes mudanças. 

Mais de 20 atletas saíram do time e outras 19 foram contratadas. 

Antony Menezes chegou para o comando da equipe, mas foi demitido em abril.

A coordenação técnica também mudou algumas vezes durante o Campeonato Brasileiro deste ano. 

Janu Salles iniciou a temporada, mas pediu demissão por motivos pessoais, em abril. 

Raphael Milenas, que atuava no Vasco, chegou para substituir, mas não durou um mês no cargo. 

No mês seguinte, o Galo anunciou Ricardo Guedes para ocupar a vaga.

Agora, restam três partidas para a equipe no Campeonato Brasileiro. 

No segundo semestre, o Galo disputará o Campeonato Mineiro.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

 

Adaptação: Eduardo Oliveira

 

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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