segunda-feira, 22 de abril de 2019

Campeonatos Estaduais o que esperar????

Estaduais mostraram, de modo geral, um futebol empobrecido jogado no Brasil.

Todos os campeões estaduais têm méritos nas conquistas do fim de semana. 

No mínimo, eles foram melhores do que seus adversários nesses quatro meses de competição. 
Como ficará os Estaduais para 2020. (Foto: Esportes.estadao.com.br)
Para 2020, já está acertado pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) que os regionais vão ficar mais curtos, com menos datas. 

Vai ficar pior. Sou da opinião de que os Estaduais deveriam ter outro formato, respeitando a característica e tamanho de casa Estado brasileiro, privilegiando equipes menores que precisam de mais atividades e dinheiro, mas desde que tenham o mínimo de profissionalismo em suas gestões. Talvez até em outras datas. 

Ouvi muitos treinadores defenderem, por exemplo, a participação dos times do Interior de São Paulo. 

O próprio Fábio Carille, campeão com o Corinthians, disse isso.

Ocorre que esses times do Interior há muito tempo deixaram de ser profissionais, com responsabilidades, com formação da base, com dívidas em dia e pagamentos regulares. 

Salvo algumas boas exceções, são clubes nas mãos de gente que só pensa em ganhar dinheiro, vender atletas e ficar rico. 

Não são mais clubes que defendem as cores das cidades. 

Nem que revelam jogadores para os grandes da Capital. Tudo isso foi desvirtuado.

Então é preciso repensar a existências de tantos clubes no Brasil. 

É preciso repensar a finalidade deles. 

Dizem que eles empregam jogadores. 

É verdade. 

Mas eles não pagam os salários. 

Atrasam os vencimentos. 

Então, é como se não existissem. 

Temos de parar de falar que os clubes do Interior dão empregos para essa gente. 

Eles estão quebrados. 

Quem não tem atividade de agora em diante, geralmente dispensa todos os jogadores, em muitos casos com uma mão na frente e outra atrás.

A CBF e as Federações regionais, dos 27 Estados brasileiros, precisam se reunir, sem demagogias, e reformular alguns campeonatos, talvez até criar outros, de modo a recuperar os clubes espalhados pelo País que queiram mesmo sobreviver. 

Esses têm de ter o mínimo de estrutura para bancar suas despesas anuais, arrumar parceiros na cidade, formar garotos… 

Esses clubes têm de parar de viver das migalhas das suas respectivas federações, que fazem isso também para ganhar eleições de quatro em quatro anos. 

Há presidentes que não largam o osso. 

Quando o mais importante é ter projetos para que os clubes andem com as próprias pernas.

É preciso também cobrar condições financeiras mais sólidas, que modo a fazer com que esses times ofereçam garantias para seus funcionários, melhores condições de trabalho e alguma satisfação para as federações. 

Após os Estaduais, os nanicos desaparecem.

Reportagem: Esportes.estadao.com.br

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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