terça-feira, 3 de setembro de 2024

Bronze para Mariana Gesteira e Mayara Petzold

Mariana Gesteira e Mayara Petzold conquistam bronze nas Paralimpíadas.

Mariana Gesteira, nos 100m costas da classe S9, e Mayara Petzold, 50m borboleta da classe S6, vão ao pódio na natação nos Jogos Paralímpicos de Paris.

Tem natação, tem medalha. 

No sexto dia de competições dos Jogos Paralímpicos, o Brasil manteve a escrita e foi ao pódio nesta terça-feira (3) na piscina La Defense Arena, em Paris. 

Mariana Gesteira conquistou a medalha de bronze nos 100m costas da classe S9, enquanto Mayara Petzold foi terceira colocada nos 50m borboleta da classe S6.

Nos 100m costas, a americana Christie Raleigh bateu o recorde paralímpico com o tempo de 1min07s91, seguida da espanhola Nuria Soto com 1min09s24. 

Mariana Gesteira ficou três centésimos atrás, com 1min09s27, e conquistou o bronze. 

Na prova, Mariana largou bem, chegou a liderar a primeira metade, mas logo depois da virada para os últimos cinquenta metros, a americana acelerou e ultrapassou.

 Nas últimas braçadas, a briga era pela prata com a espanhola Nuria Soto. 

Na batida na borda, a espanhola ficou na frente e fechou em segundo, com Mariana em terceiro.

Mariana nasceu com Síndrome de Arnold-Chiari, uma má-formação do sistema nervoso central que afeta a coordenação e equilíbrio. 

Chegou a entrar na natação com 14 anos, mas teve que sair depois de crises de desmaio. 

Voltou em 2013 e tem um currículo recheado de medalhas. 

Foi bronze nas Paralimpíadas de Tóquio nos 100m livre da classe S9.

Nos 50m borboleta, Mayara terminou a prova com 37s51. 

Ouro e prata ficaram com a China, com Yuyan Jiang (35s03) e Doamin Liu(37s10). 

Mayara fez uma prova de recuperação, depois de ficar um pouco atrás na largada. 

Nos últimos metros, conseguiu deixar para trás Anna Hontar, ucraniana que fechou em quarto lugar.

"Meu objetivo era só nadar bem, fazer melhor do que de manhã, a medalha é só uma consequência. Eu não luto para ganhar uma medalha, eu luto para ser melhor do que da última vez. Família, essa é pra você. É pra minha família, que sempre me apoiou", disse Mayara, com sorriso no rosto.

Mayara, hoje com 22 anos, nasceu com uma deficiência similar a nanismo (baixa estatura). 

Começou a praticar natação aos quatro anos de idade e, aos 13, passou a competir no esporte paralímpico.

Com as medalhas de Mariana e Mayara, a natação brasileira chega a 16 medalhas em Paris, cinco ouros, três pratas e oito bronzes. 

Os destaques são Gabriel Araujo, três ouros na classe S2, e Carol Santiago, que já conquistou dois títulos.

Dona de duas medalhas de ouro em Paris, Carol Santiago ficou em quinto lugar na prova dos 200m medley da classe SM13. 

Ela terminou a prova com o tempo de 2min30s05. 

O ouro ficou com a italiana Carlotta Gilli com 2min25s33, seguida da americana Olivia Chambers com 2min25s90 e pela irlandesa Roisin Ni Rain, com 2min27s47.

Aqui vale lembrar que a Carol competiu na classe SM13 quando na verdade sua classe é a SM12. 

Ou seja, ela disputou contra atletas que enxergam melhor que ela. 

Na classe SM12, as atletas enxergam vultos, enquanto na SM13 já conseguem ver algumas figuras e formas.

Atleta mais jovem da natação brasileira, Vitinho Almeida, de 16 anos, ficou em quinto lugar nos 100m costas da classe S9 com o tempo de 1min03s69. 

O ouro ficou com Yahor Shchalkanau, competindo pelos atletas sem bandeira, com a marca de 1m00s76. 

Ugo Didider, da França, foi prata com 1min01s48, e o bronze para Bogdan Mozgovoi, com 1m01s93.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

 

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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