Cruzeiro, Corinthians e Vasco seriam alguns dos beneficiados caso Z-3 valesse na Série A.
Veja lista.
Clubes e CBF (Confederação Brasileira de Futebol) adiaram discussão sobre reduzir o número de rebaixados na Série A do Campeonato Brasileiro.
A CBF decidiu adiar a discussão sobre reduzir o número de rebaixados da divisão de elite de quatro para três times.
A situação causou divergência entre clubes da primeira e segunda divisão e deve ser pauta novamente no futuro.
Caso fosse a regra da competição desde o início, muitos times escapariam da queda. Cruzeiro, Vasco e Grêmio integram essa lista, e o Coritiba seria o mais beneficiado.
Para montar a lista dos times que não seriam rebaixados caso a zona de rebaixamento da Série A fosse Z-3, foram consideradas as últimas 19 edições do Campeonato Brasileiro de pontos corridos (veja a lista completa no final da matéria).
Isso porque a discussão sobre o número de rebaixados gira em torno do formato de rebaixamento adotado desde 2003, que prevê os rebaixados por número de pontos disputados.
Antes disso, o critério foi mudado constantemente.
Mesmo assim, em 2003, primeiro ano do pontos corridos, quanto o modelo do Campeonato Brasileiro passou a excluir o mata-mata, apenas dois times foram rebaixados, Bahia e Fortaleza.
Por isso, esta temporada, em específico, está excluída deste levantamento.
Gigantes salvos: Caso a Série A tivesse, originalmente, três rebaixados no pontos corridos, alguns dos gigantes do futebol nacional teriam se safado da queda, pois terminaram na primeira posição dentro do Z-4. Grêmio (2021), Vasco (2020) e Cruzeiro (2019) são os últimos que seriam salvos pela regra. Internacional (2016) e Corinthians (2007) também são exemplos.
Coritiba, o mais beneficiado: Caso a regra do rebaixamento estivesse valendo desde o início do pontos corridos, o Coritiba seria o time mais beneficiado.
Isso porque o clube livraria-se de três quedas.
A equipe paranaense foi a quarta rebaixada nos anos de 2005, 2009 e 2017.
Vitória e Portuguesa: Depois do Coritiba, o Vitória é o time que mais se salvaria.
O time baiano foi para a Série B depois das campanhas de 2010 e 2014, terminando na primeira posição dentro da zona do rebaixamento.
Já a Portuguesa foi rebaixada em 2013, na décima sétima posição.
Este foi o único rebaixamento da Lusa e que poderia ser evitado pela regra do G-3, mas caso ela existisse, o time paulista poderia ainda estar na Série A.
Isso porque, depois desta queda, a equipe jamais voltou à Primeira Divisão.
Neste ano, a Portuguesa foi rebaixada por conta de uma punição do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) pela escalação irregular do jogador Héverton.
A decisão chegou a ser revertida pelos paulistas, mas logo foi mantida por conta da CBF.
Veja quem seria beneficiado pela regra do Z-3 no Campeonato Brasileiro:
2004: Criciúma-SC
2005: Coritiba-PR
2006: Ponte Preta-SP
2007: Corinthians-SP
2008: Figueirense-SC
2009: Coritiba-PR
2010: Vitória-BA
2011: Athletico-PR
2012: Sport-PE
2013: Portuguesa-SP
2014: Vitória-BA
2015: Avaí-SC
2016: Internacional-RS
2017: Coritiba-PR
2018: América-MG
2019: Cruzeiro-MG
2020: Vasco-RJ
2021: Grêmio-RS
2022: Ceará-CE
Entenda o caso do Z-3: A ideia de diminuir a quantidade de equipes rebaixadas na Série A teve início com parte dos clubes.
Quem defende o plano cita a estabilidade como principal atrativo.
Segundo o Globo Esporte apurou, os dois movimentos que pretendem criar uma liga para organizar o Campeonato Brasileiro (Libra e Liga Forte Futebol) concordam com a redução no número de rebaixados por temporada.
Essa ideia está nas propostas que os dois grupos receberam de investidores interessados em comprar 20% da futura liga a partir de 2025.
Todos os vinte clubes da Série B do Campeonato Brasileiro 2023 se posicionaram, com unanimidade, contra a diminuição do número de rebaixados, o que causaria a redução nas vagas de acesso.
Nesta terça-feira (14), entretanto, no Rio de Janeiro, os clubes e a CBF decidiram adiar a discussão.
O argumento é de que a mudança afeta diretamente os clubes das outras divisões (Séries B, C e D).
O assunto será debatido no futuro.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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