Hamilton vence e quebra jejum de quase 3 anos.
Heptacampeão se tornou piloto com mais vitórias em um único circuito, chegando a nove triunfos em Silverstone.
Verstappen e Norris completam pódio.
Depois de 945 dias, a espera mais difícil da carreira de Lewis Hamilton chegou ao fim.
Largando da segunda colocação no Grande Prêmio da Inglaterra neste domingo, o heptacampeão conquistou sua nona vitória em casa, no Circuito de Silverstone, tornando-se o maior detentor de triunfos em uma mesma pista e o mais importante: encerrando um jejum de quase 3 anos.
O veterano da Mercedes não ganhava uma corrida na Fórmula 1 desde o inaugural Grande Prêmio da Arábia Saudita em 2021.
Desde então, viu seu colega de equipe George Russell vencer duas vezes enquanto ele seguia na espera pelo fim da seca que, finalmente, terminou.
Ele detém, agora, 104 vitórias na carreira.
Mesmo líder do campeonato e maior vencedor até aqui, com sete triunfos, Verstappen foi apenas um coadjuvante na briga de três britânicos pela vitória em casa.
Um problema no sistema de água, porém, tirou Russell do páreo.
Norris e Hamilton, representantes de duas gerações opostas, seguiram na briga.
No entanto, um pit stop mais lento quando a chuva cedeu de vez, já na metade final da corrida, jogou contra o piloto da McLaren: apesar de calçarem os mesmos pneus macios, Hamilton recuperou a liderança que chegou a ocupar no começo da disputa, quando a Mercedes ainda estava lenta demais para brigar com a rival britânica.
A Fórmula 1 retorna daqui a duas semanas em 21 de julho, com o Grande Prêmio da Hungria, válido como a décima terceira etapa da temporada.
A largada: Antes mesmo do início da prova, Pierre Gasly, originalmente décimo nono colocado no grid após trocar componentes de seu motor, abandonou com uma falha em sua Alpine.
Por também modificar peças da unidade de potência, Sergio Pérez largou do pit lane.
Russell deteve a liderança à frente de Hamilton, que teve Norris em seu retrovisor tentando passar por fora mas não por muito tempo; o piloto da McLaren foi ultrapassado por Verstappen, quarto colocado, e que ainda tentou uma aproximação maior do heptacampeão sem sucesso.
A calmaria antes da tempestade: Nas primeiras voltas, Russell seguiu com 1s5 sobre Hamilton, enquanto as equipes se preparavam para a ameaça iminente de chuva.
Mas a espera fez com que o movimento na pista diminuísse; somente na volta 14, Leclerc ultrapassou Stroll e assumiu o sétimo lugar, atrás do colega Sainz.
O monegasco já havia ganhado três posições na largada, indo de décimo primeiro lugar a oitavo lugar.
Pouco antes, Zhou havia visitado os boxes para trocar seus pneus macios pelos médios.
No décimo quinto giro, quando Norris reduziu sua diferença sobre Verstappen para meio segundo, as primeiras gotinhas de chuva começaram a aparecer.
O piloto da McLaren seguiu em busca do tricampeão em mais um capítulo do duelo entre os dois: na volta seguinte, Lando passou o rival na curva Stowe.
Max também foi superado por Piastri e caiu para quinto lugar.
Quem fica com a liderança?
Com o líder do campeonato longe, a briga se concentrou entre os pilotos da casa: primeiro, Hamilton se aproximou de Russell de forma definitiva na curva Stowe, na décima oitava volta, e assumiu a ponta.
O titular do carro 63 seguiu na cola do companheiro da Mercedes e os dois saíram da pista na curva 1.
Com o tempo perdido, George tornou-se um alvo fácil de Norris, que tomou dele a vice-liderança.
A McLaren seguiu avançando e, na vigésima volta, Norris também ultrapassou Hamilton.
Logo atrás, Piastri também deixou Russell para trás e o pole position caiu para a quarta colocação.
O jovem australiano fez também o heptacampeão de vítima, assumindo a vice-liderança da disputa com facilidade.
Chuva força estratégia e Verstappen volta ao top 3: A chuva não ganhou força, mas também não cedeu, deixando áreas mais úmidas e outras secas na pista.
Leclerc e Pérez foram os primeiros a colocarem pneus intermediários na volta 20 mas perderam ritmo, o mexicano da RBR chegou a reclamar da decisão.
A Mercedes, por outro lado recebeu uma negativa de Hamilton quando questionou o piloto, que queria seguir na pista.
Piastri passou mensagem semelhante à McLaren.
A RBR trouxe Verstappen aos boxes no momento certo: ele calçou os intermediários na vigésima sétima volta, junto com Sainz, quando os dois ocupavam o quinto e sexto lugares.
Sem muita opção, a McLaren sacrificou Piastri ao mantê-lo na pista e optando por convocar Norris no giro seguinte, a Mercedes, por outro lado, chamou seus 2 pilotos ao mesmo tempo.
Piastri trocou os pneus na volta 29, mas seu pit stop só confirmou o retorno de Verstappen ao top 3 da corrida, graças, em parte, à estratégia da RBR.
A Mercedes perdeu Russell na volta 34.
O piloto sofreu um problema no sistema de água de seu carro.
Com apenas um piloto na pista, a equipe alemã foi a primeira das líderes a voltar aos pneus de pista seca: na volta 39, Hamilton calçou os macios.
Logo depois dele foi a vez de Verstappen por os duros.
Em dúvida entre os pneus macios ou médios para Norris tentar segurar Hamilton ou Verstappen, a McLaren acabou sem poder segurar ninguém, já que o pit stop do britânico para adotar os compostos de faixa vermelha durou 4s5 e abriu caminho para o heptacampeão reassumir a liderança.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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