quarta-feira, 31 de julho de 2024

Segunda derrota em 2 jogos

Brasil leva virada da Polônia e só poderá avançar como terceiro do Grupo B.

Seleção brasileira abre 2 sets a 1, mas é derrotada. 

Na última rodada, precisará bater o Egito e acompanhar resultados de rivais.

O Brasil teve bons momentos, mas acabou superado pela Polônia, líder do ranking mundial, na segunda rodada do Grupo B das Olimpíadas de Paris. 

De virada, os poloneses se beneficiaram de 14 aces e venceram por 3 sets a 2. 

Com o resultado, a seleção verde e amarela somou um ponto e ainda tem chances de classificação para as quartas de final, mas precisará ganhar do Egito na última rodada e fazer contas. 

As notícias positivas desta quarta foram a melhora no desempenho do bloqueio brasileiro, que anotou nove pontos, e o brilho de Adriano. 

O ponteiro entrou durante a partida e não saiu mais, terminando como maior pontuador do time (ao lado de Lucarelli), com 18 pontos.

Com a segunda derrota nas Olimpíadas de Paris, o Brasil já não tem mais chances de avançar às quartas como primeiro ou segundo colocado do Grupo B. 

Ainda dá para passar de fase, mas será preciso ganhar do Egito na sexta-feira (2), às 8 horas (horário de Brasília), por 3 a 0 ou 3 a 1. 

Se triunfar por 3 a 2, a seleção verde e amarela terá que ver os resultados das outras chaves para saber se ficará como uma das duas melhores terceiras colocadas. 

Enquanto houver chances, estaremos na torcida. 

O Brasil entrou muito bem na partida. Ligada em todos os lances, mais presente no bloqueio e eficiente no ataque, a seleção comandou o placar durante a maior parte do tempo. 

Chegou a abrir 17 a 11, mas viu a Polônia reagir e passar à frente na reta final: 22 a 21. 

Quando parecia que um roteiro negativo de outras partidas iria se repetir, passagem de Leal no saque decretou a vitória verde e amarela por 25 a 22.

Como tem sido frequente em torneios recentes, o Brasil, sétimo colocado no ranking mundial, baixou a guarda depois de uma grande atuação na parcial anterior. 

E a Polônia não perdoou, sendo dominante do início ao fim e fechando o segundo set em 25 a 19, com ace de Kurek. 

Destaque para a tranquilidade polonesa na construção de jogadas e para a eficiência de Leon nas viradas de bola. 

Além da dificuldade na armação, brasileiros ainda tiveram lapsos de concentração. 

Em determinado momento, Cachopa levantou uma bola para Leal, mas o ponteiro estava caído em quadra.

O Brasil retomou um bom ritmo e comandou o placar desde os primeiros momentos do terceiro set. 

Bernardinho escolheu deixar Adriano em quadra, e o ponteiro teve ótima atuação na parcial. 

Lucão também se destacou, tanto no ataque, quanto no bloqueio. 

E Cachopa fez uma excelente distribuição de bolas nos levantamentos. 

O resultado de 25 a 19 representou bem a superioridade brasileira.

As duas seleções trocaram pontos durante boa parte do quarto set, e a Polônia só conseguiu abrir na reta final, principalmente após a entrada de Huber. 

O Brasil desperdiçou algumas chances. 

Ainda conseguiu encostar na reta final, mas um saque errado de Lucarelli decretou o triunfo polonês por 25 a 23.

Com boas passagens no saque, a Polônia foi superior no tie-break. 

Abriu vantagem logo no início e a administrou durante boa parte do tempo. 

Ainda viu o Brasil reagir e empatar em 12 a 12, mas uma sequência de dois aces de Leon definiu a parada: 15 a 12 e vitória polonesa.

Apesar da derrota, Bernardinho pôde extrair bons sinais do jogo contra a Polônia. 

O bloqueio do Brasil, por exemplo, funcionou melhor. 

Só tinha derrubado 4 bolas contra a Itália, na estreia, mas marcou 9 pontos nesta quarta-feira (31). 

A defesa também apareceu bem em vários momentos, ainda que tenham acontecido falhas de cobertura. 

O grande nome da seleção verde e amarela, no entanto, foi Adriano. 

Acionado no segundo set, o ponteiro deu estabilidade à recepção e também apareceu para atacar. 

Terminou como maior pontuador da equipe, ao lado de Lucarelli, com 18 pontos. 

Darlan fez 17 pontos.

A vitória da Polônia passa muito pela eficiência nos saques. 

Foram 14 pontos no fundamento, contra só 3 pontos do Brasil. 

O desequilíbrio causado pelos aces fica ainda mais marcante ao vermos que os poloneses fizeram 106 pontos no jogo, enquanto os brasileiros marcaram 104 pontos. 

Serve de lição para os comandados de Bernardinho.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

 

Adaptação: Eduardo Oliveira

 

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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