quarta-feira, 25 de outubro de 2023

Goleada histórica no Choque-Rei

Palmeiras atropela o São Paulo e iguala sua maior goleada no Choque-Rei.

Equipe afasta desconfiança com placar que não repetia há 58 anos, enquanto o Tricolor continua sem vencer fora de casa no Campeonato Brasileiro.

Turbulento fora de campo nas últimas semanas, o Palmeiras apagou ao menos fogueira que queimava também os atletas. 

Ainda sob desconfiança mesmo com a vitória sobre o Coritiba na última rodada, a equipe de Abel Ferreira dessa vez atropelou o São Paulo em casa sem margem para questionamentos.

Foi 5 a 0, poderia até ter sido mais. 

Contra um rival que não consegue encontrar soluções para sua inoperância quando joga longe do Morumbi, o Palmeiras construiu a vitória ainda no primeiro tempo, quando encontrou um São Paulo atordoado, e foi para o intervalo com 3 a 0. 

Voltou a campo no mesmo ritmo frenético, fez mais dois gols e viu o árbitro encerrar o segundo tempo sem dar acréscimos, como que por misericórdia.

O placar desta quarta-feira (25) igualou a maior goleada do Palmeiras sobre o São Paulo na história. 

Até então, tinha vencido o rival por 5 a 0 uma vez, em 1965.

O São Paulo continua sem vencer com visitante nesse Campeonato Brasileiro. 

A última vez que comemorou uma vitória fora de casa no torneio foi na última rodada da edição de 2022, quando bateu o Goiás por 4 a 0.

Com a segunda vitória consecutiva, o Palmeiras foi aos 50 pontos, na quarta posição, o Botafogo, que teve seu jogo adiado, lidera com 59 pontos. 

O resultado não mudou a posição do São Paulo, ainda o décimo lugar, com 38 pontos.

Com três zagueiro em campo, o Palmeiras tinha seus laterais bem avançados contra o São Paulo. 

A fórmula de Abel Ferreira atrapalhou a marcação do São Paulo, principalmente na direita, em que o rival Caio Paulista costuma atuar bem à frente. 

Deu resultado com seis minutos, em lance em que Mike cruzou e Richard Ríos marcou de cabeça. 

O VAR anulou por impedimento, mas serviu de ensaio. 

Aos 15 minutos, do primeiro tempo, outra vez pela direita, outra vez Mike cruzou. 

Dessa vez, pelo chão. 

Breno Lopes apareceu atrás da zaga para marcar.

O Palmeiras ampliou 11 minutos depois, aos 26 minutos, do primeiro tempo, num passe de três dedos de Ríos que deixou Breno Lopes novamente na cara de Rafael. 

O técnico Dorival Júnior, no banco de um time inofensivo, reagiu com uma troca aos 36 minutos, do primeiro tempo, quando tirou Gabi Neves e colocou Rodrigo Nestor em campo. 

Logo em seguida, Lucas sentiu uma lesão e precisou ser substituído, Wellington Rato entrou. 

No fim, um lance em que Rafinha acertou o rosto de Breno Lopes, e tomou cartão amarelo por isso, colocou mais lenha na fogueira do clássico.

Parecia que nada mais aconteceria, mas Rato discordou: o meia são-paulino fez um pênalti em Zé Rafael quase no limite da área, com o rival na direção da linha de fundo. 

Piquerez bateu e fez o terceiro.

Dorival tentou fechar o time e evitar o pior no segundo ao trocar James Rodríguez por Méndez, um volante que não entrava em campo há três meses. 

Não funcionou. 

Era uma continuação do que se viu no primeiro tempo, com o São Paulo atordoado, enquanto o Palmeiras não demonstrava saciedade com o placar. 

Os gols, porém, só saíram no fim do segundo tempo, quando os visitantes atuavam com um a menos depois da expulsão de Rafinha.

Marcos Rocha fez o quarto, dentro de pequena área, ao completar um cruzamento da esquerda. 

Piquerez encerrou a noite de gala alviverde com um golaço: arriscou de fora da área e acertou o ângulo de Rafael

O experiente lateral Rafinha foi expulso no segundo tempo após fazer uma falta em Breno Lopes, ele tinha tomado um amarelo na primeira etapa por acertar o rosto do mesmo rival. 

Ao sair de campo protestou contra o árbitro Raphael Claus: "Ele é palmeirense", disse ao quarto árbitro.

O Palmeiras jogará mais uma vez em casa na próxima rodada: recebe o Bahia, sábado (28), às 19 horas (horário de Brasília). 

O São Paulo viaja a Curitiba para enfrentar o Athletico-PR, domingo (29), às 16 horas (horário de Brasília), na Ligga Arena.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

 

Adaptação: Eduardo Oliveira

 

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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