domingo, 23 de junho de 2019

Na raça!!!

Brasil erra muito, passa sufoco, mas vira na marra e bate a Alemanha na Liga das Nações.

Alan e Cachopa entram durante a partida, mudam o jogo e encaminham classificação da seleção para a fase final da competição. 

Vaga pode sair neste domingo (23), contra a Rússia.

Todas as previsões indicavam uma noite tranquila. 

Não foi bem assim. 
Brasil errou muito, mas conseguiu vencer a Alemanha por 3 a 2. (Foto: Globoesporte.globo.com)
Diante daquele que seria o rival mais simples da etapa, o Brasil sofreu, e muito. 

Mas, quando a inspiração não vem, é preciso se impor na marra. 

Neste sábado (22), em Cuiabá, a seleção soube a hora de reagir diante de uma Alemanha cheia de vontade de se mostrar grande.

Depois de ficar duas vezes atrás no placar, o time de Renan Dal Zotto virou o jogo e venceu mais uma na Liga das Nações: 3 sets a 2, parciais 20/25, 25/18, 21/25, 25/17 e 15/13.

Em segundo lugar na tabela (confira no fim da matéria) e com a vaga na fase final praticamente garantida, o Brasil encerra a etapa em Cuiabá neste domingo (23). 

O time volta à quadra contra a Rússia, às 21 horas (horário de Brasília), com transmissão ao vivo do SporTV2 e cobertura em Tempo Real do GloboEsporte.com. 

Na sequência, o time viaja para Brasília, onde disputa a última etapa da fase de classificação.

A vitória deixa o Brasil ainda mais perto da classificação para a fase final da Liga das Nações. 

Na competição, os seis melhores times avançam e se juntam aos Estados Unidos, já classificados por sediarem o evento. 

O primeiro critério de desempate é o número de vitórias. 

Se vencer a Rússia, o Brasil chegará a 11 no total. 

Se a Polônia, atual sexta colocada e com sete vitórias até aqui, perder para a Itália em outro jogo deste domingo (23), não poderá mais alcançar a seleção brasileira, garantindo a vaga para o time de Renan Dal Zotto.

O Brasil contou com dois jogadores vindos do banco de reservas para conseguir a virada. 

Alan entrou em quadra ainda no primeiro set no lugar de Wallace, zerado no jogo. 

Logo se transformou na maior arma ofensiva do time, com 17 pontos, Leal, com 16 pontos, veio logo atrás. 

Mas não foi só ele. Cachopa entrou durante a partida e conseguiu organizar melhor o jogo, levando o time à vitória na marra.

Renan Dal Zotto teve um grande amigo do outro lado da quadra. 

Medalhista olímpico, tricampeão mundial e um dos maiores jogadores de todos os tempos, Andrea Giani é o técnico da Alemanha.

Renan foi à quadra com um time diferente. 

Douglas Souza e Maurício Souza começaram entre os titulares. Lucarelli e Lucão foram para o banco, mas entraram no terceiro set, quando o Brasil via a Alemanha tomar a frente do jogo.

Os dois times exageraram nos erros neste sábado (22). 

Só o Brasil deu 38 pontos de graça para os rivais. 

Como parâmetro, contra a Bulgária, por exemplo, o time fechou o jogo com a metade de erros (19). 

A Alemanha também não foi tão bem assim: deu 37 pontos para os donos da casa.

A Alemanha não conseguia vencer um set sequer do Brasil desde a Liga Mundial de 2003, quando perdeu também por 3 a 2. 

Foi a vigésima segunda vitória brasileira contra os alemães, que somam apenas cinco triunfos, o último no distante ano de 1993.

Um saque para fora de Douglas Souza abriu a contagem a favor dos rivais. 

A Alemanha quis se impor no início, e os erros brasileiros facilitaram o caminho. 

No ataque para fora de Isac, os visitantes chegaram à parada técnica em vantagem, com 8/7. 

Os dois times exageravam nas falhas, mas a Alemanha se mostrou um pouco mais eficiente até abrir 18/15. 

Renan Dal Zotto parou a partida e tentou arrumar a casa. 

Não conseguiu. 

A Alemanha fechou o primeiro set em 25/20 e saiu na frente em Cuiabá.

Para o segundo set, Renan manteve Alan em quadra, no lugar de Wallace, que saiu zerado do primeiro set. 

No início, novos erros, mas o Brasil conseguiu largar na frente. 

Na pancada de Douglas, 8/7 antes do primeiro tempo técnico. 

Os erros ainda estavam ali, mas a seleção, enfim, conseguiu se impor. 

Na segunda parada, a vantagem já era de 16/12. 

Se a noite não era de tanta inspiração, o jeito era se virar na marra. 

Com um empurrão de Alan, 25/18 para os donos da casa.

A Alemanha quis retomar o controle do jogo na volta à quadra. Schott e Hirsh eram os que causavam mais problemas ao time da casa. 

Quando o placar marcou 6/3 a favor dos alemães, Renan parou a partida. 

Pouco adiantou. 

Novos erros brasileiros, e os europeus abriram 8/4. 

A vantagem cresceu antes do segundo tempo técnico, em 16/11. 

Lucarelli e Lucão foram à quadra e tentaram recolocar o Brasil no jogo. 

A reação, porém, ficou apenas na vontade. Mais consistente, a Alemanha fechou em 25/21.

Mas aí tudo pareceu mudar. 

Na volta à quadra, Renan manteve Cachopa, Leal cresceu, o Brasil se reergueu e tomou a frente do jogo. 

Ao abrir 6/0 no placar, se mostrou forte mais uma vez. 

Mas a Alemanha voltou a incomodar e diminuiu a diferença para apenas um ponto. 

Mas foi só um susto. 

A seleção conseguiu se impor como ainda não havia feito na partida. 

No ataque de Leal, 25/17.

Na parcial decisiva, o Brasil abriu 2 a 0. Mas, diante do que fora o jogo até ali, nada poderia ser muito fácil. 

No ataque para fora de Leal, a Alemanha virou para 4/3. 

O time da casa voltou a abrir, a Alemanha buscou mais uma vez (9/9). 

Foi sofrido, mas a vitória veio. 

A seleção mais uma vez disparou no placar com um bloqueio de Cachopa (12/9). 

No fim, o alívio: 15/13.

Brasil: Bruninho, Wallace, Isaac, Maurício Souza, Leal e Douglas Souza. 

Líberos: Maique e Thales. 

Entraram: Alan, Cachopa, Lucarelli, Lucão, Maurício Borges e Flávio.

Alemanha: Fromm, Schott, Brehme, Hirsch, Baxpohler e Zimmermann. 

Líberos: Zenger e Peter. 

Entraram: Reichert, Sossenheimer e Weber.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

Nenhum comentário:

Postar um comentário