sexta-feira, 22 de setembro de 2023

Luto e derrota em quadra

Brasil perde para Turquia em meio a luto por Walewska.

Seleção brasileira perde por 3 a 0 e vai em busca da vaga em Paris nos jogos contra Bélgica e Japão.

O silêncio preencheu cada espaço do ginásio Yoyogi por trinta segundos. 

A homenagem organizada às pressas para lembrar Walewska, que morreu na noite de quinta-feira (21), transformou a partida contra a Turquia em algo menor. 

Ainda assim, porém, era preciso jogar. 

O Brasil até tentou fazer frente às rivais. 

Mas, no fim, não conseguiu ir além. 

Em 3 sets a 0, parciais 25/21, 29/27 e 25/19, perdeu a primeira na disputa do Pré-Olímpico, em Tóquio.

Walewska é homenageada antes de partida: Na frieza dos números, a derrota é um novo baque. 

A seleção, no entanto, ainda está na briga. 

Para ficar com uma das vagas para os Jogos de Paris, precisa vencer Bélgica e Japão na reta final do Pré-Olímpico. 

Invictas até aqui, as donas da casa, mais do que nunca, são as principais rivais. 

As japonesas, porém, ainda têm a Turquia pela frente.

O Brasil volta à quadra na madrugada deste sábado (23). 

A seleção encara a Bélgica às 4 horas (horário de Brasília), no horário de Brasília, com transmissão da Globo e do sportv2. 

No domingo (24), às 7h25, fecha a competição contra o Japão.

Luto em quadra: A seleção foi à quadra de mãos dadas. 

Nos braços, fitas em homenagem a Walewska. 

Durante os 30 segundos de silêncio e na execução do hino, jogadoras e comissão técnica tinham a dor estampada nos rostos. 

Aos poucos, porém, a seleção tentou mudar o foco. 

Mas não era assim tão simples.

A seleção lutou. 

Em alguns momentos, até pareceu ser possível suportar o luto a ponto de sair de quadra com um resultado melhor. 

No fim, porém, não conseguiu.

 set - Brasil se mostra firme, mas sai atrás

No aquecimento, o abatimento de cada rosto aos poucos se transformou em foco. 

O luto estava ali, claro. 

Mas o Brasil sabia que era preciso reagir, ao menos naquele momento. 

A seleção começou bem. 

Diante de um rival tão forte e de uma dor tão intensa, o time soube se fazer firme. 

No ataque de Gabi, tomou a dianteira do placar em 7/6.

A Turquia, porém, era forte. 

Nas pancadas de Vargas e Karakurt, aos poucos passou a dominar o jogo.

Zé ainda tentou recolocar o time na briga. 

Parou o jogo duas vezes e trocou Julia Bergmann por Pri Daroit. 

A diferença, que havia sido de cinco pontos, chegou a cair para três. 

Mas, no fim, melhor para as rivais: 25/21.

Segundo set - Seleção briga, mas Turquia leva a melhor: Rosamaria largou o braço para abrir a conta. 

Na sequência, Diana, com um ace, ampliou. 

No ataque para fora de Vargas, a seleção chegou a 3 a 0 para marcar o bom início de set. 

O placar chegou a 10/6 mais uma vez pelas mãos de Rosamaria. 

Mas a Turquia voltou à briga sem muito esperar. 

Melissa Vargas ficou meio corpo acima da rede para encher o braço e diminuir a diferença para 12/10. 

O empate veio mais à frente, em um erro de recepção em saque de Karakurt: 14/14. 

Zé, então, pediu tempo.

Na volta, porém, Rosamaria ficou no bloqueio turco, e a Turquia passou à frente. 

Na sequência, a oposta errou um novo ataque, e o placar passou a marcar 16/14. 

A seleção permitiu que as rivais disparassem em vantagem. 

O placar chegou a marcar 24/19, mas, na marra, o Brasil conseguiu evitar cada um desses set points. 

A virada na parcial pareceu possível, mas ficou no quase. 

No fim, um ataque de Vargas fechou: 29/27.

Terceiro set - Brasil cai, e Turquia fecha o jogo: A situação não era fácil. 

Mas o Brasil quis tentar mais uma vez. 

Assim como nas parciais anteriores, chegou a ter a liderança do placar no início, em 10/9. 

A Turquia, no entanto, virou e abriu 13/10. 

Zé buscava mudar. Pri Daroit e Carol foram à quadra, mas a seleção parecia já não ter forças para continuar. 

A partir dali, a Turquia dominou rumo à vitória: 25/19.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

 

Adaptação: Eduardo Oliveira

 

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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