terça-feira, 26 de março de 2019

Osasco nas semifinais

Maioridade! 

Em jogaço, Osasco passa por Barueri e vai à décima oitava semifinal consecutiva na Superliga.

Em mais um grande duelo entre as rivais paulistas, o time de Luizomar bate o de Zé Roberto por 3 a 1, em Barueri, e agora enfrenta o Minas na semi.
Osasco passa pelo Barueri e enfrenta o Minas nas semifinais. (Foto: Globoesporte.globo.com)
Se tem semifinal da Superliga, tem Osasco. 

É assim desde 2002. 

E pela décima oitava temporada consecutiva a equipe está entre as quatro melhores da principal competição feminina de vôlei do país. 

Osasco não fica fora da fase final desde a temporada 2000/2001. 

Desde aquele ano, em que foi quinto colocado, o time acumula cinco títulos e dez vices na Superliga. 

A classificação desta vez veio contra a rival Barueri, da cidade vizinha na Grande São Paulo. 

As outras duas partidas da série melhor de três foram decididas apenas no quinto set, desta vez, o Osasco, mesmo fora de casa, venceu por 3 a 1, parciais de 25/22, 25/23, 23/25 e 25/23.

Assim como na incrível virada da semana passada, a principal pontuadora de Osasco foi a oposta Destinee Hooker. 

A vice-campeã olímpica (Londres 2012), de 31 anos, fez 34 pontos no total. 

A ponteira Mari Paraíba também brilhou nos primeiros sets. 

E quem auxiliou, e muito, a americana Hooker foi a ponteira Paula Pequeno. 

Ao contrário da partida em Osasco, na qual entrou no decorrer do jogo para ajudar na virada, a bicampeã olímpica (Pequim 2008 e Londres 2012), aos 37 anos, atuou, e bem, desde o início. 

O técnico Luizomar Moura até tentou escondeu o jogo e anunciou que a peruana Leyva começaria jogando, o que não ocorreu. Melhor para Osasco, que, apesar do equilíbrio em grande parte do duelo, sofreu menos do que nas partidas anteriores contra Barueri. 

A cidade, aliás, completou 70 anos neste terça. Já o time, idealizado e comandado pelo técnico José Roberto Guimarães, está há apenas três temporadas na elite do vôlei nacional. 

E nestas três temporadas ainda não conseguiu avançar a uma semifinal.

O duelo, apesar de recente na Superliga, já pode ser considerado um clássico paulista. 

Tanto que o ginásio José Corrêa esteve lotado, como esteve a casa do Osasco na semana anterior. 

Responsável pela empolgação do time no 3 a 2 no segundo jogo da série, a torcida osasquense compareceu, lotou seu espaço e fez festa durante todo o jogo. 

Os donos da casa também fizeram muito barulho, principalmente no terceiro set. 

Ali a equipe de Zé Roberto mostrou sua força e conseguiu inclusive abrir frente no placar, o que não aconteceu em outros momentos do jogo. 

As donas da casa venceram e inflamaram a torcida.

Foi então que aquele Barueri que fez inimagináveis 25 a 5 no primeiro set da segunda partida em Osasco voltou para quadra. 

Agora em casa, as comandadas de Zé Roberto abriram 5 a 0 no início do quarto set. 

Era outro jogo, de novo. Se a oposta polonesa Skworonska não foi decisiva como se espera dela até ali, tudo começava a dar certo para ela. 

As campeãs olímpicas Thaísa e Dani Lins ainda não brilhavam como em outras jornadas, mas melhoraram. 

E a ponteira Amanda entrava de vez na partida. 

No entanto, durou pouco esse entusiasmo. 

Osasco virou logo, no 7 a 6. 

A essa altura, a peruana Angela Leyva já estava em quadra soltando o braço, com Paula Pequeno no banco. 

Do lado de Barueri, quem garantia o equilíbrio do jogo (um jogaço, naquele momento) era a ponteira Tainara Santos.

No fim, a equipe que esteve a um set de dar adeus à Superliga nas quartas de final, em casa, há uma semana, sai do ginásio do rival classificada para a décima oitava semifinal seguida. 

E a classificação foi em um jogaço. 

Agora, Osasco encara a equipe do Minas, que teve a melhor campanha da primeira fase. 

As datas serão definidas após a conclusão das quartas de final.

Sesi-Bauru ignora escrita, escreve sua própria história e tira o Sesc-RJ da semifinal pela primeira vez.

Time do interior paulista mostra força pelas mãos de Tifanny e companhia e conquista um lugar inédito entre as quatro melhores equipes do Brasil.

Próximo rival é o Praia Clube.

Tanta história a favor gritava uma suposta vantagem.

Ao entrar em quadra nesta terça-feira, o Sesc-RJ parecia ter a vaga na semifinal da Superliga Feminina encaminhada.

Não foi bem assim.

Com a inconstância que a perseguiu durante toda a temporada, a equipe de Bernardinho caiu aos pés de um rival renascido.

Em uma partida impecável, o Sesi-Bauru se impôs, virou sobre as donas da casa e garantiu um inédito lugar entre as quatro melhores equipes do país: 3 sets a 1, parciais 24/26, 27/25, 25/23 e 25/19.

Na próxima fase, encara o Praia Clube, que passou pelo Fluminense nas quartas.

Maior vencedor da história da Superliga, com 12 títulos, o Sesc-RJ lutava para evitar uma queda antecipada.

Presente em todas as finais desde 2004/2005, tentava manter uma escrita ainda maior.

O projeto de Bernardinho, fundado em 1997 e sediado à época em Curitiba, nunca havia ficado fora de uma semifinal.

A história, então, se refez em um novo capítulo.

Do outro lado, o time de Bauru tinha a missão de superar sua própria escrita: nunca havia passado das quartas de final.

Nesta temporada, recebeu a chancela do Sesi, que, com seu antigo projeto na capital paulista, chegou uma vez à decisão, na temporada 2013/2014.

A parceria deu certo, e a equipe conquista uma classificação inédita.

Foi um início quente, como havia de ser.

No embalo dos tambores de sua torcida, o Sesc-RJ até saiu atrás, mas logo tomou a frente depois de um ace de Monique.

Em uma pancada de Drussyla, o time da casa abriu 9/5, e Anderson parou o jogo pela primeira vez.

Àquela altura, o Sesi-Bauru ainda parecia assustado.

Com Gabi Cândido fora por dores musculares no pescoço, não conseguia repetir o jogo que fizera em casa, na abertura dos playoffs.

Em uma sequência de erros, viu o Sesc abrir 14/6 com facilidade.

Anderson parou a partida, e o time de Bauru, enfim, acordou pelas mãos de Tifanny.

O que parecia fácil se complicou, muito por vontade do próprio Sesc.

As visitantes chegaram a igualar o placar, mas uma pancada de Drussyla chegou como alívio para a equipe de Bernardinho: 26/24.

Apesar da queda, o Sesi manteve o ritmo.

Em um início de set equilibrado, o time de Bauru abriu 6/4 no placar.

O Sesc chegou ao empate em um ace de Kosheleva, mas nem de longe tinha a mesma facilidade do começo da partida.

Pelo contrário.

As visitantes logo voltaram à frente, muito pelo poder ofensivo de Tifanny e Diouf.

O jogo cresceu em tensão, com a comissão técnica carioca pressionando muito a arbitragem a cada marcação dúbia.

O time da casa aos poucos reagiu.

Tomou a liderança depois de ace de Bia, fazendo 19/18.

Só que a parcial mudou de lado mais uma vez.

E o Sesi precisou de três set points para fechar, depois de erro do Sesc: 27/25.

Um saque para fora de Roberta abriu a contagem do terceiro set e deixou a torcida da casa ainda mais tensa.

O equilíbrio, porém, seguiu.

E, por mais que o Sesc tenha conseguido abrir alguns pontos de vantagem (7/4), o Sesi se manteve forte.

Tanto que logo conseguiu cortar a diferença para apenas um ponto, obrigando o pedido de tempo de Bernardinho.

O empate veio na sequência, e, àquela altura, a torcida já não cantava tão alto.

Um ataque para fora de Kosheleva deu a vantagem ao time de Bauru.

Logo foi a vez de o time visitante abrir boa diferença no placar.

Alguns erros seguidos do Sesc, e o Bauru abriu 14/10. Bernardinho tirou Kosheleva e mandou Peña à quadra.

A vantagem, porém, cresceu.

No ace de Valquíria, as paulistas já tinham 16/10.

A torcida sentiu o momento ruim e voltou a cantar forte.

Monique e Drussyla tomaram a responsabilidade e pareceram dar início à reação.

O fôlego, porém, durou pouco.

Diouf, com uma pancada, colocou o time de Bauru à frente: 25/23.

A urgência de uma reação escancarou o nervosismo carioca.

A reação, que antes parecia tão certa, encontrava limites na vontade do Sesi-Bauru de fazer história.

O time visitante abriu 12/8 diante de um rival inerte.

À beira da quadra, Bernardinho alternava entre a pura fúria e a calma de quem precisava fazer sua equipe jogar.

A torcida fez sua parte e, aos berros, tentou guiar o time da casa a uma virada improvável.

Mas, era preciso abrir espaço para novas histórias.

Com a autoridade de quem acreditou desde o início, o Sesi-Bauru selou a vitória em 25/19.

Sesc-RJ: Roberta, Kosheleva, Drussyla, Juciely, Bia e Monique. Líbero: Gabiru.

Entraram: Kasiely, Carol Leite, Peña e Mayhara.

Sesi-Bauru: Fabíola, Palacio, Valentina Diouf, Valquíria, Andressa e Tifanny. Líbero: Tássia.

Entraram: Vanessa, Saraelen, Arlene, Julia.

SESC/RJ
Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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