domingo, 30 de maio de 2021

Suspensão de sede

Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) anuncia suspensão da Copa América na Argentina e não descarta cancelar torneio.

Diante de intensificação da pandemia de Covid-19 no país, confederação confirma que torneio mudará de sede. 

Colômbia, outro palco original, também deixou organização por problemas sociais.

A Conmebol anunciou na noite deste domingo (30) que a Copa América deste ano, com início marcado para 13 de junho, não será mais realizada na Argentina. 

Diante da intensificação da pandemia da Covid-19 no país, a confederação ficou sem escolha e optou pela suspensão da realização do torneio no país e agora estuda onde organizá-lo.

Não está descartado o cancelamento da competição. 

O conselho da entidade se reunirá de forma emergencial na manhã desta segunda-feira (31), às 9 horas (horário de Brasília), quando deve haver novidades sobre o torneio.

"A Conmebol informa que pelas presentes circunstâncias decidiu suspender a organização da Copa América na Argentina. A Conmebol analisa a oferta de outros países que manifestaram interesse em sediar o torneio continental", disse a confederação em comunicado nas redes sociais.

Pouco antes do comunicado da Conmebol, o ministro do Interior da Argentina, Wado de Pedro, havia concedido declarações públicas indicando que a organização da Copa América no país seria inviável. 

Ele apontou que era "conveniente" que o país deixasse de ser sede da competição para pensar na saúde dos habitantes.

"Estive conversando com o presidente a respeito das situações sanitárias das distintas jurisdições. analisamos em particular a situação epidemiológica de Mendonza, Córdoba, Buenos Aires, Tucumán e Santa Fé, e algumas delas são sedes para que a Copa América. Até hoje são sedes, mas do nosso diagnóstico sanitário vemos como muito difícil que se possa jogar na Argentina", disse Pedro.

Colômbia já havia deixado de ser sede: A inviabilidade da realização da Copa América na Argentina deixa a Conmebol em situação complicada, uma vez que a Colômbia, outro país-sede original, também havia deixado a organização da competição em meio aos intensos problemas sociais vividos pelo país nas últimas semanas, com ondas de protestos. 

A saída da Colômbia do torneio foi oficializada há apenas 10 dias e, desde então, a Conmebol vinha procurando soluções para o torneio.

A Conmebol já estimava que, sem público e sem a participação das convidadas Austrália e Catar, o torneio daria um prejuízo de US$ 30 milhões. 

Caso não seja organizada, a competição causaria ainda maior dano financeiro à confederação sul-americana.

A Conmebol considera que a chance de levar o torneio para os Estados Unidos é zero, uma vez que não haveria tempo para organizar a logística, incluindo emissão de vistos para as delegações. 

Além das restrições sanitárias no país norte-americano, pesa contra a relação entre a Conmebol e a Concacaf (Confederação de Futebol da América do Norte, Central e do Caribe), que está estremecida desde a Copa América Centenário, em 2016, que ainda tem questões comerciais em aberto até hoje.

No mês passado, a Conmebol havia anunciado um aumento na premiação da Copa América, com o campeão passando a faturar US$ 10 milhões (cerca de R$ 57 milhões), além dos US$ 4 milhões (quase R$ 23 milhões) que cada seleção recebe por participar do torneio. 

Na edição anterior, disputada em 2019 no Brasil, o campeão levou US$ 7,5 milhões.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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