domingo, 23 de abril de 2017

O décimo segundo título: uma Hegemonia

Em 20 anos de história, os capítulos parecem se misturar. 

Mas, desde o primeiro confronto, Rio de Janeiro e Osasco se acostumaram a reescrever o enredo de um clássico. 

Neste domingo (23), na Arena da Barra, as duas equipes foram à quadra mais uma vez para decidir a Superliga. 

E, se os personagens mudam, o time de Bernardinho se acostumou a ter no grupo a sua maior força. 

Foi assim, sem uma estrela principal, mas com a garra de todo um time, que o Rio voltou a fazer história. 

Em duelo marcado por reviravoltas, as cariocas venceram o Osasco por 3 sets a 2, parciais 25/19, 22/25, 25/22, 18/25 e 15/6. 

Em sua décima terceira final seguida, o Rio chega ao décimo segundo título de sua história e se firma cada vez mais como maior potência do vôlei nacional.

Drussyla se mostrou aposta acertada de Bernardinho. 

A jovem ponteira, que ganhou a vaga de titular nas semifinais, deixou a quadra com o prêmio de melhor jogadora. 

Juciely, perfeita nos bloqueios, também brilhou. 

Do outro lado, Tandara lutou ao máximo, marcou 22 pontos, mas não conseguiu evitar a queda do Osasco.

Foi o octogésimo terceiro confronto entre as equipes no maior clássico do país. 

Rio tem 48 vitórias, contra 35 das paulistas. 

As cariocas também levam vantagem no confronto em decisões. 

Em 11 finais, o time de Bernardinho tem oito títulos, contra três das rivais.

A torcida ainda preenchia as arquibancadas quando Gabi marcou o primeiro ponto para o Rio. 

As cariocas tiveram um início melhor. 

Aposta de Bernardinho para a partida, Drussyla soltou o braço e fez 4/1. 

Do outro lado, Luizomar de Moura parou o jogo pela primeira vez. 

A vantagem das donas da casa, porém, logo aumentou. 

No ataque de Monique, Rio já vencia por 7/2.

Osasco tomou gás e lutou para tirar a diferença. 

Bjelica marcou primeiro, Malesevic acertou o saque logo depois. 

O placar, então, marcava 11/10 para as cariocas, e foi a vez de Bernardinho parar a partida. 

Na volta, Tandara deixou tudo igual, e a torcida paulista se empolgou. 

Melhor jogadora do Osasco em toda a Superliga, também foi a ponteira que colocou as paulistas à frente pela primeira vez, em ace (15/15). 

Não demorou, porém, para que o Rio retomasse o controle. 

Depois de bloqueio de Roberta e Carol, o time da casa abriu 18/15. 

Luizomar parou a partida mais uma vez, Osasco tentou voltar aos trilhos, mas a reação parou nas mãos de Juciely. 

Em três bloqueios seguidos, a central fechou a conta do primeiro set: 25/19.

Rio abriu vantagem logo no início do segundo set. 

Com uma ajudinha do árbitro, é verdade. 

Em ataque do Osasco, a bola desviou em Drussyla, mas o ponto foi para o time da casa. 

As visitantes, porém, não se abalaram. 

Bjelica deixou tudo igual em 6/6, mas o Rio voltou a disparar. 

No ataque de Carol, a diferença subiu para 11/7. 

Só que Osasco voltou a crescer e chegou ao empate depois de bloqueio de Tandara (12/12).

As visitantes tomaram a frente depois de ataque para fora de Drussyla, fazendo 15/14. 

Àquela altura, nenhum dos times conseguia abrir vantagem. 

Na alternância no placar, Rio se aproximou da vitória na parcial no ataque para fora de Bjelica (22/21). 

Luizomar pediu tempo e tentou dar fôlego ao time. 

Deu certo. 

O árbitro viu desvio no bloqueio de Roberta em ataque de Gabi. 

Apesar da reclamação das cariocas, Osasco tomou a frente para não sair mais. 

Tandara, vindo de trás, soltou o braço para fechar o set: 25/23.

Nati aproveitou a bola limpa, depois de recepção errada de Gabi, para abrir a contagem no terceiro set. 

Mas Carol, com dois aces seguidos, fez o Rio abrir 3/1. 

Era um jogo equilibrado, mas o Rio conseguiu desgrudar no placar. 

As cariocas marcaram três vezes seguidas e abriam 8/5. 

Luizomar pediu tempo e, mais uma vez, acertou a casa. Osasco recuperou o ritmo e chegou ao empate. 
Mais um título. (Foto: Globoesporte.globo.com)
Foi a vez de Bernardinho parar o jogo.

Drussyla, aos poucos, apareceu mais para a partida. 

Em belo ataque, fez o Rio voltar a abrir três pontos de vantagem (12/9). 

Mas nenhuma diferença se mantinha por muito tempo. 

Depois de erro das cariocas, Osasco chegou ao empate mais uma vez, em 15/15. 

A virada veio em pancada de Tandara, sem chances para o outro lado. 

Bia ampliou, e Bernardinho pediu tempo. 

O Rio voltou a crescer. 

Juciely igualou o placar em bloqueio; Drussyla levou o time à frente em ataque pela ponta. 

Na reta final do set, Bjelica soltou o braço e igualou o placar mais uma vez, em 22/22. 

Mas foi o Rio quem fechou a conta: Monique, no bloqueio, fez 25/22.

O Osasco precisava lutar para se manter vivo. 

No retorno à quadra, o time paulista disparou. 

Depois de erro do Rio, as visitantes abriram 8/4, e Bernardinho pediu tempo. 

As donas da casa, então, acordaram. 

Tiraram a diferença e ficaram a um ponto do empate. 

Mas Paula Borgo, em uma pancada, voltou a fazer a vantagem crescer para três pontos (10/7). 

Não parou por aí. Gabi marcou no ace, 

Nati parou Carol no bloqueio, e Osasco fez 12/7. Bernardinho parou a partida mais uma vez e tentou acordar seu time.

Osasco, porém, se manteve ligado. 

Ampliou a diferença para 16/9, e Bernardinho mexeu. Mandou Anne à quadra no lugar de Gabi. Camila Adão e Helô também entraram na inversão. 

As alterações, porém, pouco surtiram efeito. 

As cariocas até ensaiaram uma reação, mas o caminho era muito longo para virar. 

Em 25/28, as paulistas forçaram o tie-break.

De volta à quadra, Gabi, em uma pancada, abriu a contagem para o Rio. Paula Borgo, do outro lado, respondeu da mesma forma. 

Não demorou, porém, para que as cariocas disparassem. Juciely, uma das melhores da manhã de domingo (23), cresceu ainda mais no jogo e fez o placar subir para 7/2. 

A partir dali, era o Osasco quem parecia sem forças para tirar a diferença. 

Ponto a ponto, 

Rio caminhou tranquilo para o seu décimo segundo título: 15/6.

As escalações:

Osasco: Dani Lins, Malesevic, Bjelica, Nati, Tandara, Bia e a líbero Camila Brait

Rio: Gabi, Juciely, Roberta, Monique, Carol, Drussyla e a líbero Fabi

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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