sexta-feira, 2 de agosto de 2024

Beatriz Sousa é ouro!

Beatriz Souza vence israelense e conquista medalha de ouro no judô.

Aos 26 anos e em sua estreia em Olimpíadas, brasileira garante a primeira medalha dourado do Brasil nas Olimpíadas de Paris 2024.

Aos 26 anos e em sua estreia nos Jogos Olímpicos, Beatriz Souza conquistou a primeira medalha de ouro do Brasil em Paris. 

A façanha veio carregada de simbolismo. 

Saiu pela mãos de uma mulher na primeira edição com mais atletas do sexo feminino na delegação brasileira. 

E no esporte que historicamente mais dá medalhas ao país: o judô. 

De quebra, Bia ainda se tornou a primeira brasileira debutante campeã olímpica em provas individuais.

Até chegar ao alto do pódio da categoria +78kg, Bia venceu quatro lutas. 

Na grande decisão, a brasileira superou a israelense Raz Hershko, número 2 do ranking mundial, por waza-ari. 

Ao fim da luta, caiu de joelhos no tatame, chorou e gritou em alto e bom som: "Eu sou campeã olímpica".

"É inexplicável. É uma das melhores coisas do mundo. Eu consegui. Deu certo, mãe. Eu consegui. Eu consegui. Foi pela avó. É para a avó, mãe. Eu amo vocês mais do que tudo. Eu amo vocês. Obrigada", resumiu Bia Souza sobre a sensação de ser campeã olímpica.

O Brasil agora soma agora 1 ouro, 3 pratas e 3 bronzes na edição dos Jogos Olímpicos de Paris. 

É a terceira conquista do judô, se juntando à prata de Willian Lima e ao bronze de Larissa Pimenta. 

São 27 medalhas brasileiras na história da modalidade.

A brasileira entrou no tatame na quarta luta da sessão da tarde para enfrentar a número 1 do mundo e já começou pressionada pelo arbitragem. 

Em menos de 15 segundos de combate levou o primeiro shidô por "judô negativo".

A punição serviu de alerta para Beatriz, que adotou uma postura mais agressiva no combate e conseguiu tirar Dicko da zona de conforto. 

O combate ficou igual em advertências após dois minutos, punida por falta de combatividade.

Souza chegou à vitória já no golden score. 

Derrubou a francesa de costas e imobilizou, forçando Romane a desistir do combate e garantindo uma medalha para o Brasil. 

A cor seria definida no duelo com a israelense Raz Hershko.

A decisão contra a israelense trazia um bom retrospecto para a Bia Souza: eram quatro confrontos entre elas com 100% de aproveitamento para a judoca brasileira.

O que se viu no tatame foi um panorama que explica tamanho domínio. 

Souza conseguiu controlar o combate segurando a manga direita da Raz ao longo de todo o combate e apostando em uma pegada alta nas costas.

Com um o-soto-guruma, derrubou a adversária de lado conquistando um waza-ari com 44 segundos de combate. 

Dali para frente, manteve o controle, se defendeu bem, levou dois shidô e garantiu o título olímpico na estreia em Olimpíadas.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

 

Adaptação: Eduardo Oliveira

 

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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