CPB (Comitê Paralímpica Brasileira) projeta mais de 80 medalhas e recorde de ouros nas Paralimpíadas de Paris de 2024.
Potência na competição, Brasil é figurinha carimbada no top 10 do quadro de medalhas desde Pequim 2008.
Meta, agora, é melhorar a sétima colocação e superar recorde de 72 medalhas.
As Paralimpíadas de Paris 2024 começam nesta quarta-feira, dia 28 de agosto, com um objetivo muito claro para o Brasil: superar campanhas anteriores.
A meta não é audaciosa e parece factível para quem é figurinha carimbada no top 10 do quadro de medalhas.
Desde Pequim 2008, com o nono lugar, o Brasil soma 4 edições seguidas entre as maiores potências do esporte paralímpico: Londres 2012 em sétimo, Rio 2016 em oitavo e Tóquio 2020, novamente, em sétimo lugar.
A projeção para Paris, de acordo com o vice-presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Yohansson do Nascimento, é que o país supere os recordes de 72 medalhas e 22 ouros conquistados nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, em 2021.
"Nosso planejamento estratégico já diz que o Brasil deve atingir entre 70 e 90 medalhas no total em Paris. Eu acredito muito que vamos ficar nesse patamar, conquistando um pouco mais de 80 medalhas. Será histórico para o Brasil", afirma Yohansson.
Os números refletem a estabilidade do trabalho construído no esporte paralímpico no Brasil.
Os motivos que fazem o país ser uma potência são muitos.
Entre eles, ter um dos melhores centros de treinamento do mundo, localizado em São Paulo, e projetos como as escolinhas paralímpicas.
"Temos 72 centros de referência espalhados por todo o Brasil, em todos os estados. Hoje, existe um braço do CPB dedicado a apresentar modalidades a crianças com deficiência que queiram iniciar uma prática esportiva. Os festivais paralímpicos também ajudam a dar esse pontapé inicial. No ano passado, estivemos em 119 cidades do Brasil e muitas crianças que conheceram o esporte paralímpico possivelmente chegaram em casa e falaram: "Mãe, eu gostei muito daquela manhã, conheci muitos esportes, agora qual é o próximo passo?", diz.
Além dos centros de referência, Yohansson aponta eventos como as Paralimpíadas Escolares e os campings paralímpicos, em que jovens atletas são selecionados para participar de dois períodos de treinamento por ano no CPB, como iniciativas importantes para que o Brasil esteja no patamar atual.
Visibilidade cada vez maior: Se as metas de medalha são claras e a estrutura está pronta para receber novos atletas, o objetivo para o futuro é atingir pessoas que ainda não foram impactadas pelo movimento paralímpico e descobrir novos talentos.
Dessa forma, a visibilidade do esporte paralímpico cresce junto com resultados do país.
"Logicamente, além dessas medalhas, eu espero que a visibilidade do esporte paralímpico cresça, como tem acontecido nos últimos anos. Eu vejo o público querendo consumir cada vez mais esporte paralímpico. Tenho certeza absoluta de que a cada ciclo, o povo brasileiro torce cada vez mais para os nossos atletas e isso, consequentemente, vai gerar um apelo maior de descoberta de novos atletas. É uma perspectiva boa do que vem pela frente, em Los Angeles 2028 e Brisbane 2032", completa.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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