Carol Santiago é ouro nos 100m costas nas Paralimpíadas 2024 e bate recorde das Américas.
Nadadora, que compete pela classe S12, para pessoas com deficiência visual, fez o tempo de 1min08s23 e se firmou como uma das estrelas do Brasil nos Jogos Paralímpicos de Paris: foi seu quarto ouro na carreira.
Maria Carolina Santiago conquistou o ouro nos 100m costas em Paris e se firmou como uma das grandes estrelas do Brasil nos Jogos Paralímpicos 2024.
Foi sua sexta medalha em Paralimpíadas, a quarta dourada, já que ganhou três ouros, uma prata e um bronze em Tóquio 2020.
Competindo pela classe S12, para pessoas com deficiência visual, Carol se igualou à velocista Ádria dos Santos como maior medalhista de ouro brasileira em Paralimpíadas.
De quebra, ainda bateu o recorde das Américas na prova, com o tempo de 1min08s23.
"Tive o privilégio de ter uma francesa na minha série. Então a gente entrou com aquele público gritando e eu fiquei pensando: "Isso é pra mim, isso é pra mim!", brincou Carol: Confesso que fiquei meio apreensiva ali no final, porque dei minha vida ali. E não sabia se tinha chegado na frente. Aí me avisaram: "Comemora que você ganhou!""
E ganhou de ponta a ponta. Carol largou muito bem e dominou a prova a cada braçada, mesmo com a sombra da ucraniana Anna Stetsenko, que ficou com a prata com o tempo de 1min09s43, logo atrás.
O bronze foi para a espanhola Maria Delgado Nadal, com 1min11s33.
"Foi incrível, foi uma sensação que nem consigo descrever. É a primeira vez que estou vivendo isso, nadar com essa torcida - comentou depois do pódio, relembrando que, em Tóquio, por causa da pandemia de covid-19, não havia torcida nas arenas esportivas".
Em Tóquio, Carol tinha ficado com o bronze nos 100m costas.
Os ouros vieram nos 50m livre, nos 100m livre e nos 100m peito, com uma prata no revezamento 4x100m livre.
Dessa vez, a pernambucana mostrou evolução na prova e já subiu ao lugar mais alto do pódio. Seu quarto ouro a igualou a Ádria dos Santos, que venceu os 100m rasos no atletismo em Barcelona 1992, Sydney 2000 e Atenas 2004 e os 200m em Sydney 2000, todos pela classe T11 (deficiência visual).
A velocista tem ainda oito pratas e um bronze, totalizando 13 medalhas entre os Jogos de Seul 1988 e Pequim 2008.
Carol disputa um total de sete provas em Paris.
Além do ouro deste sábado, ela ficou em décimo nos 100m borboleta S13, prova na qual não é especialista e na qual compete com atletas com um grau de deficiência visual menor do que o seu, no último dia 29.
E volta à piscina em outras cinco provas, inclusive defendendo seus títulos conquistados em Tóquio.
A expectativa é de que ela se isole como maior medalhista de ouro do Brasil em todos os tempos, entre as mulheres, entre os homens, Daniel Dias tem a incrível marca de 14 ouros, 27 medalhas no total.
Veja as próximas provas de Carol em Paris:
02/09/2024 - 50m livre S13
03/09/2024 - 200m medley SM13
04/09/2024 - 100m livre S12
05/09/2024 - 100m peito SB12
Revezamento 4x100m livre (49 pontos).
Nos 100m costas S12 masculino, Douglas Matera terminou em sexto lugar com 1min03s74, o melhor tempo de sua vida.
"Tô muito feliz de ter feito minha melhor marca, é um excelente início para a competição", disse Douglas.
A natação do Brasil já coleciona seis medalhas em Paris: os ouros de Carol, nos 100m costas S12, e de Gabrielzinho, nos 100m costas S2.
A prata de Phelipe Rodrigues nos 50m livre da classe S10; e os bronzes de Gabriel Bandeira bronze nos 100m borboleta da classe S14, para atletas com deficiência intelectual.
Talisson Glock nos 200m medley SM6; e do revezamento 4x50m livre misto (20 pontos).
Outras finais da natação neste sábado (31):
14h22 (horário de Brasília) - José Ronaldo - 50m costas S1 (nessa classe, não são disputadas as eliminatórias)
14h30 (horário de Brasília) - Gabriel Araújo - 50m costas S2
15h35 (horário de Brasília) - Wendell Belarmino e Matheus Rheine - 50m livre S11
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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