sábado, 31 de agosto de 2024

Bronze para o Brasil

Brasil conquista mais dois bronzes no tênis de mesa.

Primeira brasileira a disputar Olimpíadas e Paralimpíadas, Bruna Alexandre conquista pódio nas duplas femininas com Danielle Rauen. 

Claudião e Luiz Manara também são bronze no masculino.

O Brasil conquistou mais duas medalhas de bronze nas duplas no tênis de mesa das Paralimpíadas de Paris. 

Depois do terceiro lugar de Joyce Oliveira e Catia Oliveira nas duplas femininas da classe 5 (para atletas cadeirantes), Bruna Alexandre e Danielle Rauen repetiram o resultado nas duplas da classe 20 (para atletas andantes), assim como Claudio Massad e Luiz Manara na 18 (também para andantes).

Quinta medalha de Bruna em Jogos: Neste sábado (31), as brasileiras perderam a semifinal para as australianas Lei Li Na e Yang Qian por 3 sets a 0, parciais de 11/8, 11/9 e 12/10 em 24 minutos. 

As adversárias são as atuais vice-campeãs paralímpicas e confirmaram o favoritismo. 

Como não há disputa de terceiro lugar no esporte, as brasileiras ficaram com o bronze.

"A gente estava muito bem, mas elas botaram uma bola a mais na mesa. O sentimento é de alergia e de dever cumprido. Tínhamos o objetivo de chegar ao pódio. Treinamos muito as duplas, e deu resultado hoje. Estou muito feliz de estar aqui. Espero cada vez mais evoluir", disse Bruna Alexandre.

"É um sentimento de alegria e dever cumprido", diz Bruna Alexandre após conquista da medalha de bronze.

Bruna fez história há três semanas ao se tornar a primeira brasileira a disputar as Olimpíadas e Paralimpíadas. 

Ela agora tem no currículo cinco medalhas paralímpicas, uma prata e quatro bronzes. 

Aos 6 meses de vida, Bruna foi submetida à amputação do braço direito por consequência de uma trombose, provocada por uma injeção mal aplicada. 

A atleta de 29 anos começou no tênis de mesa aos 12 anos, influenciada pelo irmão.

Já Dani, descobriu, aos quatro anos de idade, que sofre com artrite reumatóide juvenil, doença que causa atrofia nos músculos e degenera articulações, e passou a controlar com medicação. 

Começou a jogar tênis de mesa na escola, aos 9 anos, com pessoas sem deficiência. 

Essa é a terceira medalha paralímpica de Dani, todas de bronze.

Apesar da derrota em sets diretos, as brasileiras fizeram um jogo equilibrado em todas as parciais. 

Chegaram a liderar o placar no primeiro set, mas as australianas foram mais precisas na reta final da parcial: 11/8. 

O roteiro se repetiu no segundo set: 11/9. 

No terceiro set, Lei e Yang abriram boa vantagem, mas Bruna e Dani reagiram, chegaram a salvar 2 match points, mas novamente as australianas levaram a melhor: 12/10.

"A gente sabia que seria um jogo difícil. Vencemos elas neste ano, mas elas colocaram uma bola a mais na mesa. Foi um jogo disputado. Foi muito no detalhe. São duas jogadoras que atacam muito, a gente fez nosso melhor. Treinamos muito para isso. Ficamos chateadas porque queríamos vencer, mas deixamos nosso melhor na mesa", disse Dani.

As 2 brasileiras voltam a competir nas chaves de simples das Paralimpíadas de Paris. 

Bruna é a atual vice-campeã paralímpica da classe 10. 

Dani tenta pela primeira vez chegar ao pódio na classe 9.

O Brasil disputa mais uma semifinal no tênis de mesa neste sábado (31). 

Às 8 horas (horário de Brasília), Luiz Filipe Manara e Claudio Massad enfrentam os favoritos chineses Liu Chaodong e Zhao Yinqing por uma vaga na decisão das duplas masculinas da classe 18.

Claudio e Luiz também são bronze: Claudio Massad e Luiz Manara também disputaram a semifinal neste sábado (31).

Com a medalha já garantida, os brasileiros conquistaram o bronze das duplas na classe MD18. 

A dupla brasileira perdeu para os chineses Liu Chaodong e Zhao Yiqing por 3 sets a 1, com parciais de 11/5, 11/4, 9/11 e 11/8.

"O tênis de mesa é tradicional na China. É um investimento absurdo. Para eles, é uma honra jogar. Eles estão acostumados com esse clima de televisão e torcida. A gente veio pelas beiradas, tentando vencer as primeiras rodadas, mas o diferencial deles são as primeiras bolas. O saque a recepção deles foram o que fez a diferença. Conseguimos encontrar uma maneira de tentar equiparar o jogo no terceiro set. No quarto set, ficamos próximos também, mas nos principais momentos eles foram superiores. Estamos muito felizes com essa conquista. Só de estar aqui é um sonho", disse Claudião após o bronze.

Os chineses já começaram o jogo com muita intensidade. Claudião e Luiz ainda tentaram alcançar, mas perderam a primeira parcial por 11 a 5. 

A vantagem da China continuou no segundo game, abrindo 3 pontos logo no início. 

Os brasileiros colocaram um pouco mais de agressividade na metade do set. 

Ainda assim, perderam por 11 a 4.

Claudio e Luiz começaram bem a terceira parcial, abrindo 2 a 0, liderando pela primeira vez no jogo. 

Em seguida, os chineses aproveitaram o espaço na mesa e marcaram, ensaiando uma reação. 

Mas a dupla brasileira estava muito bem e pontuaram em sequência, abrindo 8 a 3. 

Os brasileiros deram algumas recaídas depois disso, mandando a bola na rede. 

Os chineses encostaram e buscaram a virada, mas perderam por 11 a 9.

Os chineses começaram o quarto set com a agressividade das primeiras parciais, abrindo uma boa vantagem. 

Os brasileiros se recuperaram na metade da parcial e conseguiram encostar no placar, mas não foi o suficiente para evitar que os adversários chegassem no match point, fechando por 11 a 8.

"É o momento da gente só comemorar e ser grato. Foi um jogo difícil e a gente esperava isso. Eles jogam em uma frequência muito forte e você tem que estar no limite o tempo inteiro. Por isso que é tão difícil jogar contra os chineses. Mas estamos muito feliz e agora é desfrutar da vitória. Chegamos como azarões, depois tiramos os primeiros do mundo, ganhamos contra os donos da casa. Eu queria uma medalha, independente da cor. Já teria o gosto do ouro pela campanha que a gente fez", comemorou Luiz.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

 

Adaptação: Eduardo Oliveira

 

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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