Mário Bittencourt, presidente do Fluminense, critica movimento de volta do Carioca: "Quatro mil mortes no Rio".
Presidente do Fluminense é contra a volta do futebol. (Foto: Odia.ig.com.br) |
Convidado do "Troca de Passes", dirigente critica qualquer tipo de protocolo para retorno aos treinamentos em meio ao momento crítico.
Botafogo e Fluminense não enviaram representantes à reunião realizada neste domingo (24) entre prefeitura do Rio, Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FFERJ) e clubes que disputam o Campeonato Carioca.
Convidado do "Troca de Passes", Mário Bittencourt, presidente do Fluminense, fez questão de criticar o movimento por um retorno aos treinos visando a disputa do estadual.
A reunião deste domingo ocorreu um dia após o estado do Rio bater o recorde de mortes causadas pelo novo coronavírus - no sábado, foram registrados 248 óbitos decorrentes da Covid-19.
Desde o início da pandemia o estado soma 37.912 casos e 3.993 mortes provocadas pelo vírus.
"A gente fez uma nota mais cedo explicando que não recebemos um convite oficial da prefeitura, mas que esse não é o motivo do nosso não comparecimento, foi apenas para ilustrar que além de não concordamos com uma reunião neste momento, entendemos inadequado uma reunião para falar de futebol, forçar a volta do campeonato no momento que atingimos quatro mil mortes no Rio de Janeiro ", disse Mário.
Entre os pontos de discordância do Fluminense, Mário destacou uma convocação para o arbitral nesta segunda-feira (25).
Segundo o presidente, a tentativa de mudança no regulamento do Carioca não pode existir sem acordo coletivo.
"Esse arbitral tenta alterar regras da competição, e o Fluminense entende que são impossíveis de serem alteradas. Não só pelas vedações do Estatuto do Torcedor, como pela falta de unanimidade, porque Fluminense e Botafogo não estão de acordo. Arbitral fala, por exemplo, da mudança de intervalo intrajornada dos atletas, de reduzir, para que façam jogos num intervalo menor. Isso sem aval do sindicato, sem acordo coletivo, é nulo".
O presidente do Fluminense abordou mais trechos da nota da prefeitura com protocolos para o retorno, sendo um deles o "treino de fisioterapia com bola".
"Essa nota (da prefeitura) fala em treino de fisioterapia com bola. Com todo respeito, o Muricy está aí, o Paulo Nunes também... Isso é para inglês ver. As pessoas vão treinar com bola, vão fazer coletivo, não vai ter ninguém filmando o Centro de Treinamento. Fisioterapia com bola? Pelo amor de Deus. Está se ultrapassando todos os limites nesse momento".
Confira a entrevista completa do presidente no link abaixo:
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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