Na Coreia do Sul, Gustavo Vintecinco fala sobre adaptação às novas medidas após retomada do futebol.
Gustavo Vintecinco está estreando na primeira divisão coreana este ano. (Foto: Divulgação/Busan IPark) |
Jogador de Praia Grande relata dificuldade em segurar a euforia na hora de comemorar gols.
Criado em Praia Grande, o atacante Gustavo Vintecinco, ex-Menino da Vila, faz sua segunda temporada no futebol da Coreia do Sul.
Atualmente no Busan IPark, time que conquistou o acesso no ano passado e disputa a elite nacional, o jogador comenta as mudanças ocorridas no país para que o esporte tenha voltado a ser praticado profissionalmente e fala sobre a adaptação às medidas de segurança contra o novo coronavírus.
Para que a bola rolasse na K-League, o campeonato coreano, algumas condições e restrições foram impostas.
Por exemplo, quando o atleta apresentasse febre de 37,5°C ou mais, ele deveria ser submetido a um teste de Covid-19.
Se o exame desse positivo, a equipe e a comissão técnica teriam que se isolar e o time seria impedida perderia o jogo, conforme conta o jogador.
"No clube, diariamente a gente tem que medir a temperatura quando chega e quando vai embora. Tem que sempre anotar. Se a temperatura corporal der acima de 37,5°C, aí é caso de você fazer o teste de novo", relata Gustavo.
Outra medida para prevenir o contágio foi barrar a presença da torcida nos jogos. Sem público, a atmosfera muda e os jogadores sentem.
Porém, o atacante não acha que a falta de público chega a prejudicar o desempenho das equipes.
"Não diria que jogar sem a torcida prejudica. É ruim. Acho que todo jogador, todo mundo que gosta de assistir jogo de futebol, a torcida faz um grande espetáculo. Fica aquele clima diferente, aquela atmosfera diferente. É ruim jogar sem torcida, mas se é pelo bem de todos, se é pela volta do futebol, pela segurança de todos, é até melhor".
O que tem sido mais difícil para ele, entre todas as novas regras, tem sido segurar a empolgação na hora de celebrar um gol de sua equipe.
A orientação é que, para não formar aglomeração e por ser um contato físico evitável dentro do contexto da partida, os atletas não comemorem o feito indo abraçar uns aos outros.
"As alterações que ocorreram aqui na Coreia foram a questão do protocolo de entrada em campo, questão de comemoração. Antes do jogo, a gente fazia aquela reunião, aquela última conversa. Isso já não pode fazer mais. Na hora do gol, eles falam que não pode muita euforia, não pode abraçar. Em um dos últimos jogos, por exemplo, saiu gol do nosso time e eu mesmo saí correndo para cima do meu companheiro. Depois você lembra e cumprimenta o cara de "soquinho". Você ainda está no processo de adaptação. Até se acostumar...".
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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