Pedro Lourenço ajuda Cruzeiro com antecipação de patrocínio e reforça debate sobre o limite de um mecenas.
Pedro Lourenço, gestor do Cruzeiro. (Foto: Globoesporte.globo.com) |
De Castor de Andrade a Leila Pereira, patronos e patrocinadores ampliaram participação financeira para ter influência política em clubes de futebol.
Pedro Lourenço tem o apelido de Pedrinho BH, por ser o dono da maior rede de supermercados de Belo Horizonte.
O nome BH Supermercados está estampado na parte da frente da camisa do Cruzeiro e é um dos pontos centrais para a tentativa de renascimento de um clube gigante, dilapidado pela corrupção e rebaixado para a segunda divisão.
No início do ano, Lourenço fez parte do conselho gestor.
Deixou o posto e prometeu seguir ajudando o clube, com o patrocínio e com o que mais fosse necessário.
Não na gestão.
Há duas semanas, o presidente em exercício, José Dalai Rocha, não conseguiu pagar os R$ 5 milhões do empréstimo do volante Denílson e o Cruzeiro foi punido com a perda de seis pontos por determinação da FIFA.
Nesta semana, o novo presidente, Sérgio Rodrigues, antecipou cotas de patrocínio do BH Supermercados e pagou R$ 3,8 milhões dos débitos pela compra de Willian, em 2014.
Evitou a perda de mais seis pontos, dois dias depois de Pedro Lourenço admitir publicamente que pretende ser presidente do Cruzeiro depois de 2023, supostamente depois da reeleição de Sérgio Rodrigues.
A pergunta imediata foi: por que o BH Supermercados antecipou cotas de patrocínio para ajudar o Cruzeiro a pagar Willian, mas não adiantou para evitar a punição do caso Denílson?
É ao mesmo tempo óbvio que o adiantamento não veio antes, porque Dalai Rocha não pediu.
Também é claro que divergências políticas ou apoios de momento explicam por que o dinheiro aparece ou desaparece.
O Cruzeiro precisa da parceria com o BH Supermercados, mas esta pode ser mais uma história de um empresário apaixonado por um clube, que ajuda seus parceiros políticos e pode, mais tarde, cobrar o dinheiro que investiu.
Ainda não é o caso de Pedro Lourenço.
Mas foi de muitos outros dirigentes.
Marcelo Teixeira é foi presidente do Santos e colocou dinheiro da família até seu pai dizer que era hora de parar.
O resultado foi a geração de Diego e Robinho. Mais tarde, quando a oposição ganhou a eleição, houve uma ação de penhora da Vila Belmiro, por dívidas do Santos com a família Teixeira.
Foi diferente a gestão de Paulo Nobre, que fez empréstimos em seu nome para diminuir a crise financeira do Palmeiras.
Em seguida, levou a operação ao Conselho Deliberativo e pediu que votassem a maneira como se poderia devolver o dinheiro. Foi transparente.
Nem sempre é o caso.
À parte a relação de Pedro Lourenço com o Cruzeiro, há hoje outras misturas de torcedores que põem dinheiro e criam relações comerciais de amor.
Delci Sonda é colorado apaixonado, já colocou jogadores no Internacional e vendeu-os.
Fez dinheiro com as negociações.
Hoje, o Atlético tem parceria com a MRV, de Rubens Menin, e o BMG, de Ricardo Guimarães.
Ninguém jamais negará o coração atleticanos.
Mas não é só.
Nos anos 1980, o bicheiro Emil Pinheiro montou o mais forte Botafogo desde a geração de Jairzinho, Gérson e Paulo Cezar.
Foi bicampeão carioca em 1989 e 1990 e vice brasileiro em 1992.
A perda do título para o Flamengo e as acusações de parte da torcida fizeram-no desistir do negócio.
O Botafogo perdeu todos os jogadores e só ganhou a Copa Conmebol do ano seguinte por causa da força de sua torcida.
O time campeão começou a campanha com fama de timinho: William, Perivaldo, André, Cláudio e Clei; Nélson, Suélio, Aléssio e Marcelo; Sinval e Eliel.
O Cruzeiro precisa de todos os cruzeirenses e Pedro Lourenço é extremamente bem-vindo.
O limite econômico e político de um mecenas é que precisa ser sempre medido e controlado pelos clubes.
Pedro Lourenço tem o apelido de Pedrinho BH, por ser o dono da maior rede de supermercados de Belo Horizonte.
O nome BH Supermercados está estampado na parte da frente da camisa do Cruzeiro e é um dos pontos centrais para a tentativa de renascimento de um clube gigante, dilapidado pela corrupção e rebaixado para a segunda divisão.
No início do ano, Lourenço fez parte do conselho gestor.
Deixou o posto e prometeu seguir ajudando o clube, com o patrocínio e com o que mais fosse necessário.
Não na gestão.
Há duas semanas, o presidente em exercício, José Dalai Rocha, não conseguiu pagar os R$ 5 milhões do empréstimo do volante Denílson e o Cruzeiro foi punido com a perda de seis pontos por determinação da FIFA.
Nesta semana, o novo presidente, Sérgio Rodrigues, antecipou cotas de patrocínio do BH Supermercados e pagou R$ 3,8 milhões dos débitos pela compra de Willian, em 2014.
Evitou a perda de mais seis pontos, dois dias depois de Pedro Lourenço admitir publicamente que pretende ser presidente do Cruzeiro depois de 2023, supostamente depois da reeleição de Sérgio Rodrigues.
A pergunta imediata foi: por que o BH Supermercados antecipou cotas de patrocínio para ajudar o Cruzeiro a pagar Willian, mas não adiantou para evitar a punição do caso Denílson?
É ao mesmo tempo óbvio que o adiantamento não veio antes, porque Dalai Rocha não pediu. Também é claro que divergências políticas ou apoios de momento explicam por que o dinheiro aparece ou desaparece.
O Cruzeiro precisa da parceria com o BH Supermercados, mas esta pode ser mais uma história de um empresário apaixonado por um clube, que ajuda seus parceiros políticos e pode, mais tarde, cobrar o dinheiro que investiu.
Ainda não é o caso de Pedro Lourenço.
Mas foi de muitos outros dirigentes.
Marcelo Teixeira é foi presidente do Santos e colocou dinheiro da família até seu pai dizer que era hora de parar.
O resultado foi a geração de Diego e Robinho.
Mais tarde, quando a oposição ganhou a eleição, houve uma ação de penhora da Vila Belmiro, por dívidas do Santos com a família Teixeira.
Foi diferente a gestão de Paulo Nobre, que fez empréstimos em seu nome para diminuir a crise financeira do Palmeiras.
Em seguida, levou a operação ao Conselho Deliberativo e pediu que votassem a maneira como se poderia devolver o dinheiro. Foi transparente.
Nem sempre é o caso.
À parte a relação de Pedro Lourenço com o Cruzeiro, há hoje outras misturas de torcedores que põem dinheiro e criam relações comerciais de amor.
Delci Sonda é colorado apaixonado, já colocou jogadores no Internacional e vendeu-os. Fez dinheiro com as negociações.
Hoje, o Atlético tem parceria com a MRV, de Rubens Menin, e o BMG, de Ricardo Guimarães. Ninguém jamais negará o coração atleticanos. Mas não é só.
Nos anos 1980, o bicheiro Emil Pinheiro montou o mais forte Botafogo desde a geração de Jairzinho, Gérson e Paulo Cezar.
Foi bicampeão carioca em 1989 e 1990 e vice brasileiro em 1992.
A perda do título para o Flamengo e as acusações de parte da torcida fizeram-no desistir do negócio.
O Botafogo perdeu todos os jogadores e só ganhou a Copa Conmebol do ano seguinte por causa da força de sua torcida.
O time campeão começou a campanha com fama de timinho: William, Perivaldo, André, Cláudio e Clei; Nélson, Suélio, Aléssio e Marcelo; Sinval e Eliel.
No Palmeiras, a discussão da vez é Leila Pereira e a Crefisa.
No passado remoto, a participação do banqueiro de bicho Castor de Andrade, no Bangu.
Até entrar no gramado armado ele fez.
O Cruzeiro precisa de todos os cruzeirenses e Pedro Lourenço é extremamente bem-vindo.
O limite econômico e político de um mecenas é que precisa ser sempre medido e controlado pelos clubes.
Reportagem: Blog do PVC
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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