sábado, 3 de agosto de 2024

Rebeca é prata

Rebeca salta para a prata, e Simone Biles desafia a gravidade para conquistar o ouro em Paris 2024.

Brasileira chegou à quinta medalha olímpica, igualando Torben Grael e Robert Scheidt como maiores medalhistas do Brasil; americana apresentou o incrível Biles 2.

Rebeca Andrade saltou para a prata nas Olimpíadas de Paris 2024 e se tornou uma das maiores medalhistas olímpicas do Brasil. 

Com 2 saltos perfeitos e elegantes, conquistou sua quinta medalha na manhã deste sábado (3) e empatou com os velejadores Torben Grael e Robert Scheidt no panteão brasileiro de heróis olímpicos. 

Campeã em Tóquio 2020, Rebeca dessa vez ficou atrás de Simone Biles e de seu salto impossível, o Biles II. 

A americana desafiou a gravidade mais uma vez para realizar o elemento que só ela consegue fazer. 

Sua compatriota Jade Carey ficou com a medalha de bronze.

Só Simone e Rebeca fizeram saltos acima de 15.000, um para cada uma. Rebeca teve 2,333 a mais na pontuação de execução em relação a Biles na soma dos 2 saltos. 

A dificuldade, no entanto, fez a diferença para a americana graças ao Biles II, de valor 6.4.

As duas ginastas apresentaram o Cheng, de dificuldade 5,6 e Rebeca teve uma nota maior do que a de Simone no salto, com 15.100 contra 14.900. 

O segundo salto de Rebeca foi um Amanar lindíssimo, grau 5.4, pelo qual recebeu 14.833, terminando com a média 14.966. 

Mas Simone veio com o Biles II. 

Caprichou na execução, tirou incríveis 15.700 e garantiu o ouro com média 15.300.

Simone e Rebeca repetiram então o pódio do individual geral, com o ouro de Simone e a prata de Rebeca. 

Na prova por equipes, Simone liderou os Estados Unidos para o ouro e Rebeca guiou o Brasil para o bronze.

A ginasta brasileira agora tem cinco medalhas: ouro no salto e prata no individual geral em Tóquio 2020, prata no salto e no individual geral e bronze por equipes em Paris 2024. 

Simone Biles chegou à sua décima medalha olímpica. 

As duas ainda se enfrentam novamente na segunda-feira, dia 5 de agosto, nas finais de trave, às 7h30 (horário de Brasília), e solo, às 9h20 (horário de Brasília), com transmissão da Globo e acompanhamento ao vivo do Globo Esporte.

Belíssima em um collant branco com pedrinhas azuis, Rebeca encantou a Bercy Arena, em Paris, com um Cheng impecável, alto, elegante e cravado, recebendo 15.100 no salto, de dificuldade 5.6. 

Nele, a ginasta dá uma rondada com meia volta até chegar à mesa e parte para uma pirueta e meia.

A ginasta, sexta a saltar, então apresentou o Amanar, de dificuldade 5.4, pela primeira vez nessa edição de Jogos Olímpicos, formando a mesma dupla de saltos com a qual conquistou o ouro em 2020. 

Lindo, de chegada cravada, o Amanar de Rebeca tirou a nota 14.833, terminando com a média 14.966. 

O Amanar é uma entrada de Yurchenko com duas piruetas e meia na segunda fase do voo.

Simone já havia saltado nesse momento e Rebeca soube, ao receber suas notas, que não subiria ao lugar mais alto do pódio. 

Precisava ainda aguardar a coreana Seojeong Yeo e a americana Jade Carey. 

Mas a prata era dela e estava guardada.

Simone foi a quarta a saltar. 

Já começou com o Biles II, o salto mais difícil (6.4) e incrível da ginástica artística feminina. 

Postura perfeita, com um pequeno pulo para trás na aterrissagem. 

No Yurchenko Double Pike, também conhecido como Biles II, a ginasta começa com uma rondada, dá uma volta completa com apoio do trampolim e entra de costas na mesa de salto. 

Dali, parte para o voo, realizando um duplo mortal carpado. 

Com a altíssima nota de 15.700, a ginasta saiu sorrindo, sabendo que garantiu seu ouro ali.

Em seguida, saltou alto para realizar um Cheng bonito, novamente com uma passada para trás. 

Recebeu 14.900, 0.200 a menos do que Rebeca. 

Mas, na média, chegou a quase imbatíveis 15.300.

A primeira a saltar foi a búlgara Valentina Georgieva, que apresentou uma dupla pirueta de dificuldade 5.0 como seu primeiro salto, recebendo 14.100 como nota final. 

No segundo, um elemento de nota de grau 4.8 rendeu uma pontuação de 13.866, com média final de 13.983.

Chang An, da Coreia do Norte, abriu com um DTY cravado, com 14.066 (dificuldade 5.0) de nota, e seguiu com o mesmo salto que Rebeca e Simone apresentam, o Cheng, um salto de dificuldade 5.6. 

Com uma bela execução, ganhou um notão, 14.366, e ficou com 14.216 na média.

Com um Cheng em que ganhou 14.100 e um DTY em que recebeu 12.633, a canadense Shallon Olsen ficou com 13.366. 

A quarta a se apresentar foi Simone, que pulou para a liderança com a média imbatível de 15.300.

A canadense Elisabeth Black saltou a seguir e se saiu melhor do que sua compatriota, Olsen, recebendo 14.100 em seu primeiro salto e no segundo 13.766, com média de 13.933.

Chegou então a vez de Rebeca, que realizou seus saltos com perfeição e somou 14.966.

Bronze em Tóquio, a coreana Seojeong Yeo teve dificuldade no aquecimento, machucou o ombro, mas ainda foi para a final. 

Sofreu a queda no segundo salto e ficou em sétimo lugar, com 13.416.

A última foi a americana Jadey Carey. Ouro no solo em Tóquio 2020, Jade também apresentou um Cheng, tirando 14.733, e encerrou com o DTY. 

Salto mais simples que o Amanar, mas que foi bem executado e garantiu o bronze para a americana com a nota 14.200, média de 14.446.

Com a prata no peito, Rebeca abraçou a medalhista de ouro Simone Biles. 

As duas voltam a dar um espetáculo de graça e acrobacias na segunda-feira, nas finais de trave e solo.

Resultado final

Simone Biles (EUA) - 15.300 (15.700/14.900) 🥇

Rebeca Andrade (Brasil) - 14.966 (15.100/14.833) 🥈

Jade Carey (EUA) - 14.466 (14.733/14.200) 🥉

Chang An (Coreia do Norte) - 14.216 (14.066/14.366)

Valentina Georgieva (Bulgária) - 13.983 (14.100/13.866)

Elisabeth Black (Canadá) - 13.933 (14.100/13.766)

Seojeong Yeo (Coreia do Sul) - 13.416 (14.166/12.666)

Shallon Olsen (Canadá) - 13.366 (14.100 /12.633)

Quando são as outras finais de Rebeca e Simone? 🗓️

Final da trave: segunda-feira (5), às 7h30 (horário de Brasília) - Julia Soares também participa.

Final do solo: segunda-feira (5), às 9h20 (horário de Brasília).

Reportagem: Globoesporte.globo.com

 

Adaptação: Eduardo Oliveira

 

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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