sábado, 28 de setembro de 2019

Não deu

Brasil luta, flerta com a vitória, mas erra muito no ataque e cai para o Canadá na Copa América.

Seleção fica à frente boa parte do jogo, mas peca pela ineficiência no ataque e perde para canadenses na semifinal. 
Com muitos erros Brasil para no Canadá e disputa o bronze. (Foto: Globoesporte.globo.com) 
Neste domingo (29), encara Porto Rico pelo bronze.

Era preciso ser intenso desde o início, e o Brasil cumpriu a exigência à risca. 

Mas, diante da forte equipe do Canadá, alguns erros cobraram o preço. 

A seleção de José Neto esteve perto de voltar à final da Copa América depois de oito anos, mas pecou pela falta de precisão no ataque. 

Ao cair de rendimento na reta final, perdeu por 66 a 58 na semifinal em San Juan e vai buscar o bronze neste domingo (29).

Atual bicampeão, o Canadá chegou invicto à semifinal depois da fase de classificação. 

O Brasil, que não conquista o título desde 2011, tinha como missão dar mais um passo em seu processo de reconstrução no cenário mundial. 

Por pouco, não conseguiu. 

Neste domingo (29), às 18h30 (horário de Brasília), encara Porto Rico em busca do bronze. 

Depois, às 21 horas (horário de Brasília), as canadenses vão atrás do ouro. 

O SporTV2 transmite as duas partidas ao vivo.

Nos três primeiros quartos, o Brasil se manteve firme na briga. 

Na reta final, porém, caiu muito de rendimento. 

No último quarto, levou a pior por 23 a 13 e viu o Canadá garantir a vaga na decisão.

Apesar de toda a luta, faltou calibrar a mão. 

O Brasil teve um aproveitamento de apenas 23% nas bolas de três (cinco em 21 tentativas), e 41% nos lances livres (sete em 17 tentativas). 

Ainda assim, flertou com a vitória durante boa parte do jogo graças ao talento de seu trio de pivôs. 

Damiris, com 16 pontos, cresceu durante a partida e saiu de quadra como a cestinha da equipe. 

Clarissa, com 14 pontos e sete rebotes, e Érika, com oito pontos e nove rebotes, foram os destaques da partida. 

Pelo Canadá, Shay Colley, com 23 pontos, desequilibrou.

Diante da forte equipe do Canadá, a seleção de José Neto impôs uma marcação forte e uma transição rápida desde o início. 

As canadenses saíram na frente, mas sem disparar. 

Clarissa, inspirada, fez o Brasil tomar a dianteira pela primeira vez com 9 a 8 no placar. 

Só que a eficiência na defesa não se repetia no ataque. 

A equipe brasileira desperdiçou posses de bola em sequência, e o Canadá terminou o primeiro quarto à frente, com 15 a 11.

Na volta à quadra, os erros aumentaram, e o Canadá aproveitou para ampliar a diferença para 20 a 14. 

Os arremessos de três cismavam em não cair, e o Canadá baseava seu jogo na alta e talentosa Kayla Alexander. 

O Brasil conseguia se manter na cola na marra e no talento de Clarissa. 

Foi a pivô brasileira quem liderou o time de José Neto em quadra até cometer a terceira falta e ser poupada. 

Mas, ainda assim, a seleção cresceu e cortou a diferença ponto a ponto. 

No fim, a tal bola de três finalmente caiu, com Patty, e o Brasil foi para o intervalo à frente no placar: 28 a 26.

O Brasil aumentou o ritmo na volta à quadra e ampliou a vantagem para seis pontos (32 a 26). 

Mas o Canadá chegou ao empate com duas bolas de três em sequência de Bridget Carleton. 

O Canadá chegou a tomar a dianteira, mas o Brasil reagiu com uma bola de três de Damiris, abrindo 37 a 36. 

O jogo seguiu intenso. 

Na reta final do terceiro quarto, Érika, outra gigante em quadra, fez a diferença aumentar para 45 a 41. 

O Canadá ainda marcou mais dois pontos e teve a chance de empatar o placar no último segundo, mas um toco de Érika manteve o Brasil à frente.

O Canadá tomou mais uma vez a dianteira no início do último quarto. 

Só que Débora, com uma bola de três, recolocou o Brasil com a vantagem (48 a 47). 

O jogo seguiu tenso. 

O time brasileiro seguiu errando muito no ataque, permitindo que o Canadá retomasse a dianteira. 

A pouco mais de dois minutos do fim, as rivais venciam por 56 a 53.

O Brasil chegou a diminuir a diferença para apenas um ponto. 

Mas foi quando tudo desandou. 

As bolas pararam de cair de vez, e a defesa já não funcionou mais. 

A vantagem canadense só aumentou. 

No fim, uma bola de três de Patty não adiantou muito: 66 a 58.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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