quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Um exemplo a ser seguido....

Quando você vence uma competição, o que se pensa?!?!

Pensa que você superou desafios...

Passou por muitos obstáculos... 

Venceu seus limites..

É uma profunda alegria...

Agora imagine, quando você consegue vencer no esporte e na vida.

Foi o caso do Haroldo Rodrigues da Costa, natural de Itajubá, no Sul de Minas Gerais.

Morador de Brasília, onde formou sua família.

O destino pregou uma peça em 1997. 

Ele foi transplantado, recebeu um rim de sua irmã Salete. 

Como gosta muito de esporte, pensou que seria o fim, mas não, veio um novo desafio. 

E o responsável foi o tênis.

A inspiração veio com o tenista Gustavo Kuerten em seu primeiro título em Roland Garros, na França, no mesmo ano do implante.
Guga, Ana Luísa, Rafael (o mais velho), Gabriel (filho do meio), Haroldo e Guilherme (no colo). (Foto: Arquivo Pessoal - Florianópolis, outubro de 2011). 
“Quando estava na hemodiálise acompanhava as partidas do Guga. E quando terminei e fiz a consulta com o médico perguntei se poderia praticar algum esporte. E o médico comentou não só pode como deve. Naquele momento foi música para meus ouvidos”, comentou Haroldo Rodrigues da Costa.

A partir daí comecei a praticar a modalidade e logo surgiu a oportunidade de disputar campeonatos fora do país. 

E veio, muitas conquistas na área esportiva, assim, como na vida.

“De repente eu estava numa competição no exterior representando o meu país, e na abertura que foi realizada na praça de Budapeste na Hungria, o discurso era que todos são heróis. E as pessoas apoiaram a nossa pequena delegação, e fomos aplaudidos com gritos de Ayrton Senna, o Brasil é muito querido fora”, afirmou Haroldo.

Haroldo participou de vários campeonatos fora do país.

Conquistou medalhas de prata e bronze.

E falou de cada momento com muita alegria, principalmente das disputas Olímpicas de Transplantados na Suécia e na África do Sul.

“Depois da Hungria, foi a vez em Nancy (França) no ano de 2003 quando cheguei nas quartas de final. Em 2011, formei dupla com o médico Edson Arakaki na Suécia e conquistamos a medalha de bronze. Em 2013, Durban (África do Sul), mais uma vez conseguimos o bronze novamente. Depois, veio a prata na Argentina e agora veio o bronze”.

A mensagem que Haroldo nos deixa.

“Mais que a conquista esportiva, o importante nas Olimpíadas dos Transplantados é a vitória de todos os atletas. De estar ali, celebrando a vida, todos passaram por momentos de dificuldade e fizeram o transplante. Uma celebração bem bacana da vida e serve para mostra ao mundo. Teve uma repercussão muito interessante, como na última com 1500 atletas”.

Quando você pensa que Haroldo ficou apenas como atleta.
Haroldo em Málaga nos Jogos Olímpicos dos Transplantados. (Foto: Arquivo Pessoal) 
Foi contemplado após um concurso para ser um dos condutores da tocha Olímpica, durante a passagem por Brasília em 2016.

“Foi uma emoção muito grande carregar a tocha, aqui em Brasília, uma cidade que escolhi morar e formar a minha família. E eu lá humilde consegui levar pelo Parque da Cidade, num momento histórico para o nosso país”, comentou Haroldo.

Haroldo não está sozinho, tem apoio de amigos, familiares neste novo desafio da sua vida, passar um pouco de conhecimento para os filhos Rafael, Gabriel e Guilherme e a esposa Ana Luísa que sempre esteve ao seu lado, nos momentos de dificuldade.

Por isso, chegou até aqui!!!

Um exemplo de vida a ser seguido por todos nós!!!

Se você é transplantado e quiser saber mais sobre a participação dos atletas nos Jogos Olímpicos, acesse o site www.abtx.com.br e faça seu cadastro.

Reportagem: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

Nenhum comentário:

Postar um comentário