sexta-feira, 22 de maio de 2020

Teto salarial

Pandemia leva futebol europeu a estudar teto salarial a atletas.
Borussia Dortmund seria um dos times que precisaria se adequar a uma possível instauração do teto salarial a atletas no futebol alemão (Foto: Reprodução / Twitter (@BVB))
Federação Alemã e divisões inferiores da Inglaterra propuseram possibilidade.

A pandemia do coronavírus pode levar a uma mudança significativa no futebol europeu. 

Com a crise instaurada por conta da paralisação dos campeonatos e até o cancelamento de alguns, como o Francês e o Holandês, alguns países começaram a estudar a possibilidade de instaurar um teto salarial aos atletas.

Nesta semana, a Alemanha, primeiro e até agora único país europeu a retomar o torneio nacional, revelou que pedirá à UEFA (União das Associações Europeias de Futebol) que tome uma atitude com relação ao assunto. 

O assunto já rondou algumas vezes os "ouvidos" da entidade que comanda o futebol europeu, mas nunca foi para frente. 

Em entrevista à revista Kicker, Fritz Keller, presidente da Federação Alemã de Futebol, afirmou que o modelo a ser seguido é o da Major League Soccer (MLS), dos Estados Unidos, que impõe limites salariais para cada time.

"Há salários absurdos que não são mais acessíveis. Temos que conversar sobre limites salariais, temos que ter um teto salarial para todos, para evitar um maior desastre financeiro. Vamos escrever uma carta ao presidente da UEFA, Aleksander Ceferin", prometeu Keller.

Na Inglaterra, a EFL (English Football League Championship), League One e a EFL, League Two, terceira e quarta divisões do futebol inglês, respectivamente, também propuseram um limite nos salários como uma forma de tentar recuperar os times após a pandemia. 

De acordo com o jornal "The Telegraph", os clubes da terceira divisão poderiam gastar £ 2,5 milhões com salários, enquanto os da quarta divisão teriam metade disso, £ 1,25 milhões.

Vale lembrar que, recentemente, o presidente da EFL, Rick Parry, chegou a dizer que o futebol precisaria de um "reset pós-Covid" por conta do buraco de cerca de £ 200 milhões nas três ligas organizadas pela entidade. 

Nessas três, além da League One e da League Two, está incluída também a Championship, que é a segunda divisão do país, abaixo apenas da Premier League.

Segundo a publicação, o plano da EFL ainda afirma que os clubes teriam perdas automáticas de pontos caso houvesse algum atraso nos pagamentos dos atletas. 

A ideia do futebol inglês é que a UEFA decida sobre o assunto a tempo de a regra ser introduzida já na temporada 2020/2021.

Reportagem: Maquinadoesporte.com.br

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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