quarta-feira, 8 de abril de 2020

Ajuda no futebol inglês

Atletas da Premier League criam fundo para ajudar sistema de saúde na Inglaterra.
Estádio do Brighton em dia sem jogo na Premier League por causa da pandemia de coronavírus. (Foto: Reuters/Paul Childs)
Iniciativa #PlayersTogether (#JogadoresJuntos) visa a contribuir com instituições de caridade do Sistema de Saúde Britânico.

Depois de recusar a proposta feita pelos clubes para a redução de 30% de seus salários, grande parte dos jogadores da Premier League decidiu criar um fundo para ajudar o Sistema de Saúde Britânico (NHS). 

O objetivo do #PlayersTogether (#JogadoresJuntos) é trabalhar com instituições de caridade vinculadas ao NHS.

"Durante as últimas semanas, nós, jogadores da Premier League, tivemos várias conversas juntos para criar um fundo de contribuição que pode ser usado para distribuir o dinheiro para onde é mais preciso durante a crise da Covid-19 e ajudar aqueles que lutam por nós na linha de frente do NHS. É um período crítico para nosso país e para o NHS, e nós estamos determinados em ajudar da forma que podemos", anunciou o comunicado.

Com isso, a iniciativa espera melhorar o bem estar dos funcionários do NHS, de voluntários e de pacientes infectados pela Covid-19. 

O #PlayersTogether vai estar vinculado ao NHSCT, guarda-chuva nacional para mais de 150 instituições de caridade vinculadas ao NHS. 

Essa medida foi tomada pelos jogadores e é alheia às conversas com os clubes e com a liga.

No comunicado emitido pela associação de jogadores da Premier League em que recusava a proposta de baixar os pagamentos, os atletas confirmaram que a liga fez um pedido para ajudar instituições benficentes e o NHS no valor de 20 milhões de libras. 

Os jogadores já haviam concordado com esse pedido e afirmado que esse valor poderia ser maior.

A postura de clubes e atletas tem sido alvo de críticas na Inglaterra durante a pandemia de coronavírus, e chegou a ser discutida por políticos. 

O deputado Julian Knight, por exemplo, quer taxar os clubes que usarem recursos constitucionais para diminuir o salário de empregados, mas que continuem pagando os atletas.

A reação dos jogadores também foi contundente. Wayne Rooney e Dany Rose, por exemplo, irritaram-se com a pressão feita para que atletas baixem o valor de seus vencimentos. 

O lateral do Newcastle chegou a afirmar que "não precisa de pessoas que não têm nada a ver com o futebol o digam o que ele tem que fazer com o seu dinheiro."

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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