Tóquio estuda unificar abertura e encerramento das Olimpíadas e das Paralimpíadas.
Yoshiro Mori é o presidente do Comitê Organizador de Tóquio. (Foto: REUTERS/Issei Kato) |
Para cortar custos após adiamento dos Jogos, Comitê Organizador pensa em realizar apenas uma cerimônia no início das Olimpíadas e outra no fim das Paralimpíadas.
Adiar os Jogos de Tóquio de 2020 para 2021 vai ter um custo elevado para o Japão.
O valor extra estimado é de 300 bilhões de ienes (cerca de R$ 14 bi).
Para aliviar esse ônus, o Comitê Organizador dos Jogos estuda uma medida inédito: unificar as cerimônias de abertura e encerramento das Olimpíadas com as das Paralimpíadas.
"Estamos pensando em duas partes em vez de quatro partes para cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Em outras palavras, a ideia é realizar uma cerimônia unificada de abertura para as Olimpíadas e as Paralimpíadas no começo das Olimpíadas e uma cerimônia de encerramento geral no final das Paralimpíadas. Isso vai economizar muito dinheiro e enviar uma mensagem de superação da crise global", disse Yoshiro Mori, presidente do Comitê Organizador de Tóquio, em entrevista nesta terça-feira (28) ao diário japonês Nikkan Sports.
A ideia de unificar as cerimônias ainda está em estudo. Seria algo inédito na história das Olimpíadas e das Paralimpíadas. O Comitê Olímpico Internacional (COI) e o Comitê Paralímpico Internacional (IPC) ainda não se pronunciaram sobre o tema.
"Não vai ser fácil. Primeiro, o COI e o IPC concordam? O que fazer com os ingressos já vendidos? Além disso, há problemas de direitos de transmissão de TV e grandes barreiras. Espero que todos os envolvidos entendam que o adiamento para 2021 é o primeiro da história das Olimpíadas", disse Mori.
Durante a entrevista coletiva semanal do Comitê Organizador dos Jogos, nesta terça-feira (28), o porta-voz de Tóquio 2020, Masa Takaya, evitou entrar em detalhes sobre o plano de unificação das cerimônias.
Limitou-se a dizer que o Comitê realmente tem vários estudos para cortar gastos e se adequar às medidas contra o coronavírus e que o roteiro e conteúdo das cerimônias realmente será alterado.
Yoshiro Mori já havia afirmado que o combate ao coronavírus deve ser incluído na abertura dos Jogos.
O COI e o Japão ainda não chegaram a um acordo sobre as contas extras do adiamento das Olimpíadas.
Na entrevista desta terça-feira (28), Yoshiro Mori afirmou que os japoneses marcaram uma videoconferência para tratar sobre esses custos com John Coates, presidente da Comissão de Coordenação do COI para os Jogos de Tóquio.
"Acho que o Japão deve arcar com os custos de Tóquio. Eu sei que a cidade tem um orçamento generoso. O custo do adiamento será discutido com as partes relacionadas no futuro, levando em consideração a divisão de funções existente", disse Mori.
O contrato da cidade anfitriã foi assinado pelo COI, pelo Governo Metropolitano de Tóquio e pelo Comitê Olímpico Japonês após a escolha de Tóquio em 7 de setembro de 2013.
Abe anunciou em 24 de março que os Jogos de Tóquio seriam adiados devido à pandemia do Covid-19.
As Olimpíadas serão realizadas de 23 de julho a 8 de agosto do próximo ano, com os Jogos Paralímpicos entre 24 de agosto e 5 de setembro.
O comitê organizador de Tóquio 2020 disse que trabalhará para garantir que os ingressos comprados para as Olimpíadas e Paralimpíadas permaneçam válidos para os Jogos remarcados no próximo ano e que os portadores de ingressos que não puderem participar em 2021 serão reembolsados.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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