domingo, 26 de abril de 2020

Base brasileira

"E a base, está como?" Esporte Espetacular faz raio-X pelo Brasil.

Panorama com os 20 clubes da série A mostra como os garotos, dos brasileiros aos estrangeiros que jogam por aqui, estão enfrentando a pandemia mundial.
Jogadores da base do Atlético-MG voltam para suas casas, foto é de três semanas atrás. (Foto: Arquivo Pessoal)
Equipes de base usam criatividade para acompanhar jovens atletas durante parada.

Um mapeamento pelo país feito pelo Esporte Espetacular mostrou que praticamente todos os clubes, cada um à sua maneira, dispensaram os garotos das categorias de base e ajudaram para que eles voltassem às suas casas. 

No caso do Atlético-MG, por exemplo, foram 91 meninos.

– Nós tivemos uma ação muito rápida na questão da logística, conseguimos colocar 91 atletas nas suas casas em 72 horas, tanto por meio terrestre quanto aéreo. 

Mandamos lanches para comerem durante a viagem – explica Júnior Chávare, diretor das categorias de base do clube mineiro.

Com todos já em casa, surge um problema: como manter a forma e acompanhar esses meninos?

"Por ser categoria de formação, cada período que eles param é um período que atrasa na formação deles, então fica complicado. É ainda pior do que no profissional. Estamos monitorando e acompanhando caso a caso, tentando minimizar isso", explica Kako Pérez, preparador físico do São Paulo.

No caso do Palmeiras, o problema envolve ainda dois jogadores estrangeiros: o angolano Ramiro João Paulo e o equatoriano Erick Pluas. 

Ambos decidiram ficar no Brasil, principalmente pela situação precária de seus países de origem. Estão em um hotel com os custos arcados pelo Palmeiras.

"Aqui estamos sendo monitorados pelo clube, conseguimos fazer os exercícios. Preferi ficar aqui pelas condições em que Angola se encontra. Ainda não chegou muito forte o vírus lá, sempre falo com a minha família. Espero que Deus ajude todos lá", diz Ramiro, lateral-esquerdo do sub-20 do Palmeiras.

"Em Guayaquil (no Equador), é um dos lugares com mais casos. Está muito duro mesmo. Fico triste e desejo o melhor para o meu povo. Por isso quis ficar aqui, treinamos no quarto mesmo", relata Pluas, volante do sub-20 palmeirense.

Assim, adaptando-se ao momento, os clubes e os meninos vão enfrentando a pandemia que marcará para sempre essa geração. 

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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