Organização já pensa em cenários de adiamento das Olimpíadas de Tóquio, diz agência.
Olimpíadas de Tóquio 2020 podem ter data afetada pelo coronavírus. (Foto: Globoesporte.globo.com) |
Segundo a "Reuters", organizadores "começaram a rascunhar possíveis alternativas" em silêncio, enquanto COI mantém discurso de que mudança na data não está nos planos.
Embora sustente no discurso oficial que o adiamento das Olimpíadas não está nos planos, a organização dos Jogos de Tóquio 2020 vem pensando, em silêncio, em cenários de mudanças na data da competição, segundo a "Reuters".
A agência de notícias aponta neste domingo (22) que fontes garantiram que "os organizadores começaram a rascunhar possíveis alternativas".
As opções que estariam sendo analisadas contemplariam desde uma mudança para 2021 ou 2022 até a organização das competições sem a presença do público.
Elas seriam analisadas de forma oficial no fim deste mês.
"Fomos acionados para fazer uma simulação em caso de adiamento. Estamos fazendo planos alternativos, B, C, D, observando diferentes momentos de adiamento, diz uma das fontes da agência, que seria próxima do Comitê Organizador.
A outra fonte ouvida pela "Reuters" aponta que o Comitê Organizador já espera um atraso de um mês ou 45 dias.
A reportagem aponta que os organizadores e o Comitê Olímpico Internacional (COI) não enviaram uma resposta aos questionamentos sobre o tema.
Apesar do avanço da pandemia do COVID-19 por todo o mundo, com a suspensão de campeonatos de diversas modalidades, os organizadores e o COI vêm afirmando que não está nos planos um adiamento dos Jogos de Tóquio, marcados para começar no dia 24 de julho.
Nesta semana, o presidente do COI, Thomas Bach, veio a público para indicar que o momento não era o ideal para tomar medidas drásticas, apesar do grande problema de saúde pública envolvendo todo o planeta.
O posicionamento do governo japonês é o mesmo.
A declaração gerou reações em todo o mundo, com atletas se posicionado contra a manutenção das Olimpíadas na data original.
O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) também defendeu o adiamento dos Jogos por um ano, em comunicado publicado no último sábado (21).
A decisão final sobre o adiamento ou manutenção das Olimpíadas cabe ao COI, mas as autoridades do Japão, país-sede, também têm grande influência.
Um membro do Comitê Organizador ouvido pela "Reuters" afirmou que "quanto mais a decisão é empurrada, maior preparação precisa ser feita".
Os maiores problemas para o adiamento das Olimpíadas envolveriam o prazo de patrocínio dos atletas, a idade de alguns participantes, além das empresas que estamparão suas marcas em todo o evento.
Outra questão seria a Vila Olímpica, planejada para ser convertida em apartamentos após a competição.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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