segunda-feira, 23 de março de 2020

Jogos Olímpicos não terão a delegação canadense em 2020

Canadá anuncia retirada de Tóquio 2020 e eleva pressão no COI (Comitê Olímpico Internacional).

Neste domingo (22), entidade estipulou prazo para decisão sobre competição.
Delegação canadense não irá para os jogos neste ano. (Foto: Maquinadoesporte.uol.com.br)
A pressão sobre o COI se tornou insustentável e, finalmente, a entidade anunciou, neste domingo (22), que considera adiar a data de realização dos Jogos Olímpicos de Tóquio, ainda previstos para ocorrerem entre 24 de julho e 9 de agosto.

O COI estipulou um prazo de quatro semanas para decidir o que fará, mas a tendência é de que o evento seja realizado apenas no ano que vem. 

A pressão aumentou ainda mais horas depois do anúncio da entidade, quando o Comitê Olímpico do Canadá (COC) e o Comitê Paralímpico do Canadá (CPC) divulgaram um comunicado em que afirmam categoricamente que não participarão das duas competições caso as datas não sejam alteradas.

"Por um lado, há melhorias significativas no Japão, onde as pessoas recebem calorosamente a chama olímpica. Isso poderia fortalecer a confiança do COI nos anfitriões japoneses de que o COI poderia, com certas restrições de segurança, organizar os Jogos Olímpicos no país, respeitando seu princípio de salvaguardar a saúde de todos os envolvidos. Por outro lado, há um aumento dramático de casos e novos surtos de Covid-19 em diferentes países e em diferentes continentes. Isso levou o conselho executivo à conclusão de que o COI precisa dar o próximo passo em seu planejamento de cenários. É nesse espírito de compromisso compartilhado das partes interessadas olímpicas com os Jogos Olímpicos, e diante da deterioração da situação mundial, que o conselho do COI iniciou hoje o próximo passo no planejamento de cenários", afirmou o COI, no comunicado divulgado neste domingo (22)".

A decisão dos canadenses surge como a mais radical em meio a uma pressão de toda a comunidade olímpica pelo adiamento dos Jogos Olímpicos. 

No sábado (21), o Comitê Olímpico do Brasil (COB) pediu o adiamento dos Jogos para 2021. 

O mesmo aconteceu com outras entidades e atletas.

No início desta segunda-feira (23) no Japão, tanto o governo do país quanto o Comitê Organizador disseram pela primeira vez que o adiamento dos Jogos é uma possibilidade. 

COI e Japão, porém, não consideram cancelar as competições.

O presidente do COI, Thomas Bach, ainda se viu obrigado a escrever uma carta endereçada à comunidade global de atletas para se explicar. 

O dirigente vem sendo muito pressionado nas redes sociais pelos atletas, que não têm conseguido treinar.

"As vidas humanas têm precedência sobre tudo, incluindo a realização dos Jogos. O COI quer fazer parte da solução. Portanto, tornamos nosso princípio principal proteger a saúde de todos os envolvidos e contribuir para conter o vírus. Desejo, e todos estamos trabalhando para isso, que a esperança que tantos atletas, NOCs e FIs dos cinco continentes tenham expressado seja cumprida: que no final desse túnel escuro que todos estamos passando juntos, sem saber por quanto tempo ficaremos, haverá a chama olímpica como uma luz lá no fim", afirmou Bach.

O presidente do Comitê Paralímpico Internacional (IPC), o brasileiro Andrew Parsons, também divulgou um vídeo em que reitera a mudança de planos e que a decisão deve vir em até quatro semanas. 

A tendência é de que os Jogos realmente sejam adiados. 

Neste domingo (22), foram noticiados registros de que algumas regiões da Ásia voltaram a apresentar transmissão comunitária do coronavírus.

Reportagem; Maquinadoesporte.uol.com.br

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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