sábado, 15 de dezembro de 2018

Futebol feminino para 2019

Veja como estão os clubes para 2019 em relação à exigência da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) de times femininos.

Equipes classificadas às disputas masculinas de Taça Libertadores da América de 2019 e Copa Sul-Americana de 2019 precisarão ter a modalidade em funcionamento a partir do próximo ano.

Os clubes classificados à Taça Libertadores da América de 2019 e Copa Sul-Americana de 2019 terão uma determinação a seguir na próxima temporada. 

Para estarem aptos às disputas, precisarão ter times femininos em atividade, seja por parceria ou por iniciativa própria, e também uma equipe de base com a faixa etária à escolha da instituição. 
Corinthians foi campeão brasileiro feminino de 2018. (Foto: Globoesporte.globo.com)
Com o 2018 terminando, as equipes buscam os ajustes para estarem dentro das exigências, que passam a valer a partir de 1º de janeiro. 

De acordo com Romeu Castro, coordenador de competições femininas da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), a ausência de calendário para algumas agremiações não servirá como desculpa para o descumprimento das solicitações. 

Ele reforçou até mesmo que poucas delas ficarão sem competições. 

A CBF pretende divulgar todas as datas e tabelas das disputas femininas até a próxima segunda-feira (17).

"Isso não é real. Os clubes tem obrigatoriedade de manter o futebol feminino a partir de 1 de janeiro. Em um país como o nosso começa pelos regionais, seletivas. Tudo isso não depende de um campeonato. Temos duas competições para anunciar e atingiremos de 13 a 17 clubes. É preciso também demonstrar competência para estar nelas. Também não podemos deixar de valorizar os times que já estão no futebol feminino há muito tempo", afirmou Romeu Castro.

O dirigente comentou que até mesmo a FIFA está estudando critérios de licenciamento de clubes e, durante a Taça Libertadores da América de futebol feminino, chamou os times participantes para uma conversa sobre o tema.

Veja como está o cenário entre os clubes brasileiros classificados para Taça Libertadores da América de 2019 e Copa Sul-Americana de 2019:

Campeão brasileiro feminino de 2018, o Corinthians tem um dos grandes times do futebol feminino do pais na atualidade. 

Comandada por Arthur Elias, a equipe tem vaga já assegurada na Série A1 do próximo ano e também lugar na disputa da próxima Taça Libertadores da América da modalidade em 2019. 

Após o fim da parceria com o Audax no fim de 2017, o clube mantém total administração, investimento e controle sobre o departamento. 

Em relação à base, terá um time sub-17 a partir de 2019.

Campeão paulista de 2018 e garantido na Série A1 do Brasileiro feminino, o Santos tem um dos cenários mais sólidos da modalidade no Brasil com estrutura e cuidados próprios para as atletas. 

Além da equipe principal, que ficou em segundo na Taça Libertadores da América de futebol feminino de 2018, o clube também já se moveu para manter em atividade sua base. 

Em dezembro, disputou a Liga de Desenvolvimento da Conmebol com as categorias sub-14 e sub-16.

Campeão gaúcho feminino em 2018, o Grêmio tem vaga garantida para a Série A2, competição que já disputou em 2018. 

Depois de optar pelo fim do esquema de parceria que ocorreu em 2017, o tricolor gaúcho manteve a equipe própria durante todo ano. 

As jogadoras tem como base o estádio Vieirão com estrutura específica para o feminino. 

Em relação à base, o clube irá lançar as categorias sub-17 e sub-15.

O Internacional voltou a ter seu projeto de time feminino no ano de 2017 e conquistou o Campeonato Gaúcho do ano. 

Em 2018, disputou a Série A2 do Brasileiro e acabou perdendo a decisão do Gauchão na temporada para o Grêmio. 

Com isso, aguarda os critérios da CBF para saber como será a classificação para as disputas nacionais em 2019. 

Comandado por Duda Luizelli, o departamento de futebol feminino tem tanto escolinhas com meninas a partir de 6 anos como também seleções de base, duas delas, sub-14 e sub-16, disputaram o Torneio de Desenvolvimento do Futebol agora em dezembro. 

O clube também trabalha com as categorias sub-15 e sub-17.

A Chapecoense mantém desde 2016 seu grupo feminino em parceria com a Adel. 

A equipe ficou em segundo lugar no Catarinense 2018, tendo perdido o título para o Kindermann. 

Nessa parceria, o clube ainda mantém uma base, tendo sido um dos principais times a cederem atletas à seleção brasileira sub-17, que disputou o Mundial da categoria este ano. 

Na Liga de Desenvolvimento da Conmebol, o clube está na disputa com times sub-14 e sub-16.

O Atlético-MG irá entrar na modalidade através de parceria. 

De acordo com Plinio Signorini, diretor de administração e controle do clube, o parceiro deverá ser oficializado nos próximos dias.

"Nós já conseguimos o campo de treino. Os jogos serão realizados no CT, campo 7. Nossa ideia é ter 25 atletas inscritas. Médico, fisioterapia, tudo do Atlético. A princípio vamos manter somente o técnico desse time para manter o trabalho. Estamos também buscando lei de incentivo para 2019. Acredito que em janeiro já esteja treinando com amistosos em agosto", comentou.

O Cruzeiro ainda espera a definição do calendário nacional feminino para 2019 já que o Mineiro da modalidade começa somente em setembro. 

Mesmo assim, o clube tem um projeto em andamento no formato de parceria. 

Mesmo com um parceiro, assumirá toda a responsabilidade da modalidade e também usará somente o nome Cruzeiro.

"Nossa ideia é algo próprio, mas em parceria. A gente vai trazer toda responsabilidade para o Cruzeiro, mas pegar um projeto já existente. O nome não será Cruzeiro/alguma coisa. Será cruzeiro somente", afirmou Marcone Barbosa, diretor de futebol do Cruzeiro.

O Fluminense fechou uma parceria com as Daminhas da Bola. 

O time terá tanto o profissional quanto a base com as categorias sub-15 e sub-17. 

O tricolor carioca já deu início às disputas na base e participou da Liga de Desenvolvimento da Conmebol agora em dezembro. 

A questão de locais de treinos ainda está sendo definida pela equipe.

O Flamengo mantém uma parceria com a Marinha, que fica com a administração. 

No último Brasileiro feminino, a equipe chegou às semifinais da disputa, mas acabou eliminada. 

Para 2019, já tem vaga garantida na competição. 

Sobre a obrigatoriedade de ao menos um time de base, o clube tem consciência sobre a regra, irá fazer, mas espera o novo presidente tomar posse e ciência do clube para definir qual categoria será escolhida.

O São Paulo mantém uma parceria com o Centro Olímpico para sua base. 

Com o time sub-17, assegurou novamente o Campeonato Paulista da categoria este ano. 

Para o time profissional, o diretor executivo de futebol do clube, Raí, é o grande entusiasta do projeto do clube, que tem a ideia lançar uma equipe própria. 

O clube está montando um departamento para organizar todo o projeto da modalidade. 

Em dezembro, o clube disputou a categoria sub-16 da Liga de Desenvolvimento da Conmebol.

O Bahia anunciou em novembro uma parceria com o Lusaca, atual campeão baiano da modalidade. 

Os treinos serão realizados no Fazendão. 

O nome será Bahia Lusaca e o objetivo é já disputar em 2019 o Estadual, Copa Nordeste e, dependendo dos critérios da CBF, também o Brasileiro feminino. 

A parceria contará ainda com times para disputas de torneios sub-17 e sub-20. 

O tricolor baiano bancará as despesas do time, uniformes de jogo, treino e cederá ainda os departamentos de registros, médico e fisioterapia.

O Athletico-PR já tem acordada uma parceria para 2019 com o Foz Cataratas, um dos times femininos mais tradicionais do cenário nacional. 

Com isso, o clube já entraria direto na disputa da Série A1 do Brasileiro, pois o parceiro possui tal vaga. 

Quanto à exigência de categoria de base, o diretor de futebol do clube, Rui Costa, informou que o tema ainda está em discussão.

Em entrevista recente ao blog Dona do Campinho, presidente do Palmeiras, Maurício Galiotte, informou que o clube já está em processo de criação do seu time feminino inclusive com o acerto com uma comissão técnica. 

O clube está fechando uma parceria que irá incluir categoria de base.

Questionado sobre como está o processo dentro do clube, o Botafogo apenas limitou-se a dizer que o clube está em tratativas, por meio de parceria, para estruturar o futebol feminino do clube.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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