Leilão infla preço de direitos internacionais do Brasileirão.
Apostas subiram durante a pandemia. (Foto: Maquinadoesporte.uol.com.br) |
Valor para mercado de apostas subiu de US$ 15,6 milhões para US$ 17,2 milhões.
Na prática, a teoria é outra.
Apesar de os clubes afirmarem que não estavam preocupados prioritariamente com os valores para a escolha das agências para a venda de direitos internacionais e para a transmissão em casas de apostas do Campeonato Brasileiro, foi promovido um leilão entre os concorrentes na sexta-feira (17), último dia de apresentação das propostas, que gerou quase US$ 2 milhões a mais de receita na venda para o mercado de apostas.
O consórcio formado pela Zeus Sports Marketing e a Stats Perform subiu, no último dia, de US$ 15,6 milhões para US$ 17,2 milhões o mínimo garantido em sua oferta para os clubes.
A proposta foi US$ 200 mil superior que a feita pela brasileira TV NSports, e US$ 300 mil mais baixa que a da agência de marketing esportivo francesa Lagardère, que acabou sendo preterida pelos clubes na escolha final.
Como não era uma concorrência com envelopes fechados, como geralmente acontece exatamente para evitar esse tipo de prática, os clubes inflaram a proposta final e acabaram optando pela que não teve o maior valor garantido.
Além do consórcio Zeus e Perform, a Global Sports Rights Management levou a concorrência para os direitos de transmissão para o exterior, como já havia sido antecipado na última sexta-feira (17) pela Máquina do Esporte.
Nesse caso, os US$ 10 milhões de mínimo garantido que a empresa apresentou foram o melhor valor ofertado aos clubes.
A agência, porém, tem um passado recente polêmico. Com o nome de Argentina Sports Rights Management, a agência tinha uma licitação amplamente favorável a ela nos direitos de transmissão internacional da Superliga Argentina.
Denunciada pela Mediapro e pela ESPN, acabou sendo tirada do processo no começo deste ano.
Com o novo nome, entrou, então, na concorrência brasileira.
Nos próximos dias, os clubes se reunirão com as vencedoras para tratar dos detalhes do negócio.
As agências detalharão todo o plano de ação e quais as fontes estimadas de receita variável.
Só se essa proposta for validada é que o contrato será assinado.
Oficialmente, as entidades esportivas brasileiras dizem que apenas a primeira fase do processo de escolha foi concluída, evitando falar que já existe uma escolha definitiva para a venda de direitos até 2023.
Com os dois contratos, os clubes devem antecipar o recebimento de US$ 27,2 milhões.
Desse montante, 75% vai ser dividido igualmente entre os clubes da Série A, 20% irá para os times da Série B e outros 5% para as equipes da Série C.
Reportagem: Maquinadoesporte.uol.com.br
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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