Otimista, Santos avança em negociação com fundo do Catar e aguarda formalização para acordo.
Clube e QSI (Qatar Sports Investments) discutem detalhes antes de colocarem no papel tudo o que vem sendo conversado.
Depois, tema precisa passar pelo Conselho Deliberativo do Peixe.
O Santos está otimista nas negociações com a Qatar Sports Investments, fundo dono do Paris Saint-Germain, da França, e acredita que as partes chegarão a um acordo para que a parceria seja firmada o quanto antes.
Com ajuda do pai do atacante Neymar, o clube mantém negociações com a QSI nos últimos meses e tem visto as conversas avançarem sem grandes empecilhos.
O Globo Esporte apurou que, agora, o Peixe aguarda a formalização de tudo o que vem sendo conversado entre as partes.
A ideia de negócio é que a QSI seja parceira do Santos somente na estrutura do departamento de futebol, participando de contratações e negociações, mas sem ter o controle do clube.
O presidente Andres Rueda é totalmente contra a ideia de o Peixe vender mais de 49% de suas ações e virar uma SAF (Sociedade Anônima do Futebol), como prevê o Estatuto Social.
Mesmo assim, para o Santos firmar uma parceria, o Conselho Deliberativo do clube precisa aprovar.
A diretoria do Peixe aguarda a formalização das conversas dos últimos meses para que o assunto possa ser levado aos conselheiros em reunião.
O caminho que deve ser utilizado, portanto, é a Qatar Sports Investments abrir uma empresa no Brasil para firmar uma sociedade com o Santos.
O Estatuto Social do Peixe prevê situações assim, em que o clube não vira uma Sociedade Anônima do Futebol, mas pode negociar até 49% de ações, que seriam rendas futuras, prioridade na compra de jogadores das categorias de base, o uso da marca santista (considerada um grande ativo) e participação na venda de atletas.
Esse é o modelo utilizado por outros clubes no mundo, mas seria inédito no Brasil.
O Bayern de Munique, da Alemanha, é uma sociedade anônima com 75% de suas ações, enquanto 8,33% pertencem à Audi, 8,33% à Adidas e 8,33% à Allianz.
Porto e Benfica, de Portugal, também têm a maioria de suas ações, enquanto o restante está dividido entre investidores.
O próprio fundo que negocia com o Santos tem apenas 21,67% do Braga, de Portugal, e passou a investir no clube sem que tenha o controle como sócio majoritário.
Apesar do otimismo interno, o Peixe trata o assunto com muita cautela fora do clube.
A diretoria não quer gerar ilusão ou empolgação demais na torcida, tanto que, oficialmente, negou ao Globo Esporte qualquer negociação com o fundo dono do Paris Saint-Germain.
Até que haja um acordo com a Qatar Sports Investments, o Santos vai evitar falar sobre as negociações, porque entende que qualquer confirmação pública pode atrapalhar um possível desfecho positivo.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário