domingo, 27 de dezembro de 2020

Morte de Carbone

Morre aos 74 anos José Luiz Carbone, ex-volante da Seleção e técnico campeão pelo Fluminense.

Ele estava internado desde a última quarta-feira (23) e foi vítima de um câncer descoberto no início de dezembro. 

Carbone também teve passagem marcante pelo Internacional como jogador.

Morreu na noite deste domingo (27), em Campinas, o ex-volante e ex-treinador José Luiz Carbone, com passagem por seleção brasileira, Internacional e Botafogo quando jogador e trabalhos marcantes por Fluminense e Guarani como técnico.

Ele tinha 74 anos e foi vítima de um câncer hepático descoberto no início de dezembro. 

O falecimento aconteceu por volta das 19 horas (horário de Brasília).

Carbone estava internado desde a última quarta-feira (dia 23) no Hospital Municipal Mário Gatti, em Campinas, onde morava. 

A doença evoluiu rapidamente, segundo o filho Rodrigo.

Ele deixa a esposa Marlene, cinco filhos (Daniela, Rodrigo e Gabriela, do primeiro casamento, e Brunela e Marcela, do segundo casamento) e cinco cinco netos (João Victor, Bernardo, Raul, João e Theo).

Ainda não há informações sobre velório e enterro.

Histórico: José Luiz Carbone era um volante clássico, de boa marcação e qualidade com a bola nos pés. 

Ele começou a carreira de jogador no São Paulo, em 1964, e teve no Internacional a passagem mais marcante dentro de campo, com cinco títulos gaúchos entre 1969 e 1973, sendo considerado um dos mentores de Paulo Roberto Falcão.

O destaque no Internacional levou Carbone à seleção brasileira. 

Em 1974, quando já estava no Botafogo, ele fez parte da pré-lista de 25 convocados para a Copa do Mundo, mas acabou cortado por Zagallo às vésperas do embarque para a Alemanha. 

O nome dele na relação final era tão certo que sua figurinha foi até para o álbum do Mundial.

Antes de explodir no Internacional, ele defendeu Ponte Preta e Metropol-SC. 

Encerrou a trajetória de atleta em 1982, no Nacional-SP, onde deu os primeiros passos no futebol e na sequência já iniciou a carreira de treinador.

Dirigiu mais de 30 times. 

Em um dos seus primeiros trabalhos, foi campeão carioca com o Fluminense em 1983 e esteve à frente do time em 16 dos 26 jogos da campanha do título brasileiro de 1984. 

Saiu antes do fim por divergências com a diretoria, Carlos Alberto Parreira o substituiu e levantou a taça.

Carbone ainda voltaria ao Fluminense outras duas vezes: 1987 e 1997/1998. 

Ele também tem passagens marcantes pelo Guarani, onde foi treinador por quatro oportunidades, com direito ao vice-campeonato paulista, em 1988, e o acesso à elite estadual em 2007.

Ainda foi campeão peruano com o Sporting Cristal, em 1996, e paraense com o Remo, em 1999. 

O currículo também tem trabalhos em Palmeiras, Botafogo, Internacional, Cruzeiro, Bahia, Ponte Preta, onde também foi gerente de futebol, Criciúma, Paraná, Ituano, Botafogo-SP, Comercial, União São João, entre outros clubes, além de outras experiências internacionais por Al-Sadd (Catar), Sharjah FC (Emirados Árabes Unidos), Blooming (Bolívia), Ararat Theeran (Irã) e Al-Merreikh (Sudão). 

Foi o último clube dele como treinador.

Nos últimos anos, atuou como comentarista esportivo na Rádio Brasil, de Campinas.

Confira no link abaixo uma entrevista dada durante a última passagem pelo Tricolor das Laranjeiras e a homenagem de outros clubes:

https://glo.bo/3hpWgW2

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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