sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

Incansável

Givanildo Oliveira passa primeiro ano da carreira sem clube e mira volta: "Não pensei em parar".

Sem proposta vantajosa, técnico está sem emprego desde que saiu do América-MG em 2019.

Temporada de 2020 representa hiato em carreira no futebol profissional que se iniciou em 1969.

Givanildo Oliveira vive do futebol profissional desde 1969, quando foi lançado pelo Santa Cruz como volante. 

Desde então, empilhou conquistas como jogador e também como técnico. 

Vencedor, ele nunca viveu uma temporada em branco como a de 2020, sem passar por um clube. 

Mas o pernambucano deixa claro. 

O momento é de hiato. 

Não de ponto final, ainda que esse esteja perto de chegar.

"Eu não pensei em parar ainda não. Tenho o pensamento de trabalhar ainda por mais dois anos (até 2022), pelo menos", afirmou o olindense de 72 anos.

A questão para Givanildo Oliveira, no momento, é de mercado. 

Nesse intervalo de um ano e sete meses sem comandar equipes desde que saiu do América-MG, em maio de 2019, o que apareceu como possibilidade não interessou ao treinador. 

Enquanto isso, ficou em casa e se preservou em meio à pandemia do novo coronavírus.

"Até agora, faz mais de um ano que não apareceu nada. O que apareceu não me interessou. Não era uma coisa que fosse boa para mim. Daí, estou em casa esperando até a hora que eu mesmo disser: agora acabou, não quero mais".

O hiato de Givanildo no futebol é um contraste em relação ao seu currículo como técnico e como jogador. 

Como meio-campista, ele só não conquistou troféus em três anos (1974 a 1976). 

No mais, foram 12 títulos estaduais, numa época que eles tinham um peso ainda maior, e passagens pela Seleção Brasileira, jogando Eliminatórias da Copa de 1978.

De 1969 a 1973, Givanildo foi pentacampeão pernambucano pelo Santa Cruz. 

Em 1977, destacou-se no Paulista erguido pelo Corinthians. 

Depois, retornou ao Tricolor do Arruda para vencer os estaduais de 1978 e 1979 e se transferiu ao rival Sport. 

Na Ilha do Retiro, levantou mais três títulos (1980 a 1982), completando mais um pentacampeonato particular do Pernambucano. 

E, em 1980, ele também venceu o Carioca pelo Fluminense.

Depois, Givanildo emendou a carreira de jogador com a de técnico e colecionou vários clubes no currículo, mas fez sucesso, principalmente, no Santa Cruz, Sport, Paysandu e América-MG. 

Em todos, escreveu uma trajetória que o levaria a ser chamado de Rei do Acesso ao subir de divisão no Campeonato Brasileiro.

Os acessos de Givanildo Oliveira: Para a Série A - América-MG (1997 e 2015), Paysandu (2001), Santa Cruz (2005) e Sport (2006).

Para a Série B - América-MG (2009).

Givanildo Oliveira, como treinador, também transitou entre rivais, carregando respeito e títulos. 

Ao todo, foram 20 taças erguidas.

No Pará, foi campeão no Paysandu (Copa dos Campeões de 2002, Série B de 2001, Paraense de 1987, 1992, 2000, 2001 e 2002) e no Remo (Paraense de 1993 e 2018).

Em Alagoas, também ergueu taças por CSA (Estadual de 1990) e CRB (Estadual de 1986). 

No Ceará, também foi campeão estadual pelo Ceará (2017) e Fortaleza (2004).

Givanildo ainda conquistou o Campeonato Baiano pelo Vitória, em 2007, e outros cinco Pernambucanos por Santa Cruz (2005) e Sport (1991, 1992, 1994 e 2010), além do Nordestão de 1994 pelo Leão da Ilha.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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