Bárbara vê mudança histórica na seleção com Pia Sundhage, última Olimpíada e despedida no Sport.
Goleira treina no Rubro-negro em preparação para se apresentar na convocação do dia 5 de janeiro de 2021, no Rio Grande do Sul.
Os últimos dias da goleira Bárbara têm sido como voltar para casa.
De férias no Recife após o fim do Brasileirão, ela utiliza a estrutura do Sport para se preparar para a apresentação na seleção brasileira, dia 5 de janeiro.
Aos 32 anos, a atleta acredita viver um momento histórico no futebol feminino.
Titular com a Amarelinha, Bárbara exalta mudanças desde a chegada da técnica Pia Sundhage e o sonho de disputar a última Olimpíada, em 2021, para se aposentar na Ilha do Retiro.
"Meu pensamento sempre foi esse: encerrar minha carreira no clube que eu iniciei. Isso é um foco, objetivo. Sempre serei grata. Não é só um clube, é uma família, é uma paixão que eu tenho. É onde fui reconhecida, onde conseguiram me ver. Sempre que estou no Recife, eles disponibilizam os profissionais para que eu possa treinar. Pretendo o ano que vem jogar a última Olimpíada, me formar, e em 2022 ou 2023 começar a pensar em voltar para cá e encerrar a carreira no Sport."
Bárbara cursa faculdade de enfermagem, em Santa Catarina, e tem mais de 10 anos de seleção brasileira nas mãos.
Na última Olimpíada, inclusive, em 2016, ela defendeu dois pênaltis após um empate no tempo normal, contra o Austrália, e garantiu a classificação da amarelinha para as semifinais.
A história não mudou.
A goleira segue como titular, mas acredita em um impacto de peso desde a chegada de Pia Sundhage.
"Acho que é um momento histórico para o futebol feminino. A Pia é uma mulher extraordinária, super inteligente. A gente vem crescendo a cada convocação. Ela quer tudo em português para que ela possa entender o nosso raciocínio, e o que ela não entende, ela questiona. Ela tem essa vontade de aprendizado, passa para a gente que estuda todos os dias."
Na avaliação de Bárbara, o método de trabalho da treinadora, individualizando o tratamento e a orientação para cada atleta, tem feito a diferença.
"Tenho a comissão técnica me auxiliando fora da seleção, orientando, recebendo retorno, contato com os profissionais do clube. Além do retorno da própria Pia. Faz com que a gente tenha um pouco mais de força de vontade, almeje estar lá. Ela é uma treinadora que acompanha todos os jogos, vai assistir, dá oportunidade".
No dia 5 de janeiro de 2021, Pia comandará o primeiro período de treinos em 2021, na cidade de Viamão, no Rio Grande do Sul, visando a Olimpíada de Tóquio.
São 23 jogadoras convocadas neste momento, mas a lista final terá apenas 18.
E apesar do histórico, Bárbara não se dá cadeira cativa.
Ainda sob expectativa sobre os próximos meses, devido à pandemia causada pela Covid-19, a goleira quer uma vaga entre as melhores para acompanhar a ascensão do futebol feminino em sua despedida individual.
"Farei de tudo para estar entre as 18. Acho que é um momento que o futebol feminino nunca viveu antes. De visibilidade. Conhecer atletas que não são conhecidas, clubes que são um pouco escondidos e o momento de evoluir, buscar patrocínios, para que possa nos ajudar e aprimorar esse crescimento. Foi um ano difícil para todo mundo, ainda está sendo, porque não saímos da pandemia. Acredito que é só o início de um "boom" de crescimento. Depois dessa pandemia, o crescimento para o ano que vem vai ser muito maior".
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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