Pedro perde pênalti, Fortaleza e Flamengo fazem jogo ruim e ficam no zero no Castelão.
Árbitro assinala dois toques em cobrança no fim do primeiro tempo.
Empate é melhor para o Leão na luta contra o rebaixamento, enquanto cariocas perdem chance de pressionar o São Paulo.
Faltou inspiração do lado do Flamengo, sobrou disposição para o Fortaleza.
Por isso, o empate sem gols da noite deste sábado (26), no Castelão, pela vigésima sétima rodada do Brasileirão, é melhor para o Leão na luta contra o rebaixamento do que para o Rubro-Negro, que caça o São Paulo na ponta da tabela.
Em 90 minutos de monotonia e passividade, o 0 a 0 foi o resultado mais justo para um duelo que teve como ponto alto o pênalti desperdiçado de maneira cômica por Pedro ao escorregar e cometer dois toques apesar de a bola balançar as redes.
O empate foi péssimo para o Flamengo.
Como se não bastasse perder a chance de se aproximar do São Paulo, o Flamengo viu o Atlético-MG ultrapassá-lo na tabela de classificação.
A equipe tem 49 pontos em 26 jogos e foi superado pelo Atlético-MG, que tem a mesma pontuação, uma vitória e um jogo a mais.
Já o Tricolor Paulista segue líder com 53 pontos e visita o Fluminense ainda neste sábado (26).
No próximo dia 6 de janeiro de 2021, o time de Rogério Ceni tem pela frente o clássico com o Fluminense, dia 6 de janeiro de 2021, às 21h30 (horário de Brasília), no Maracanã.
Já o Fortaleza está em décimo quarto lugar, com 31 pontos, três acima do Z-4, e visita o Sport, também dia 6 de janeiro de 2021, na Ilha do Retiro, às 20h30 (horário de Brasília).
Fortaleza e Flamengo tiveram 45 minutos em ritmo lento.
Melhor para o time da casa.
Com uma estratégia bem definida de espetar a marcação quando possível, mas, acima de tudo, se postar bem defensivamente, o time de Marcelo Chamusca esperou um adversário que girava a bola de um lado para o outro e não tinha ofensividade.
Arrascaeta e Everton Ribeiro pareciam em uma voltagem abaixo dos companheiros, e o Rubro-Negro carioca careceu de criatividade em um primeiro tempo em que teve 61% de posse bola e finalizou menos que o rival apostando nos contra-ataques: 6 contra 4.
A melhor chance, porém, foi dos cariocas.
Pedro teve um suspiro de inspiração na partida burocrática, conseguiu um pênalti, cobrou, fez o gol, mas teve o lance anulado por dois toques.
O atacante escorregou e chutou com a perna direita no pé esquerdo cometendo a infração.
Na volta do intervalo, o jogo mudou pouco.
O Flamengo tinha bola, tinha campo e não tinha inspiração.
Diante de uma estratégia clara do Fortaleza, a equipe não conseguia criar alternativas e apresentava um futebol burocrático.
Everton Ribeiro teve mais uma noite ruim e Arrascaeta não foi capaz de suprir a falta de criatividade.
Tamanha passividade fez com que o time da casa até se arriscasse mais com as entradas de Osvaldo e Wellington Paulista.
O jogo ficou monótono, brigado no meio de campo e sem inspiração.
Melhor para o Leão que lutava muito e amarrava as ações pelo empate.
Deu certo diante de um Flamengo passivo no Castelão.
Pedro protagonizou um lance bizarro no fim do primeiro tempo.
Oásis de inspiração em 45 minutos de péssimo futebol, o centroavante conseguiu pênalti em jogada individual já dentro da área, quando deu lençol em Jackson e foi puxado.
Na cobrança, porém, deu tudo errado.
O atacante até balançou as redes, mas escorregou com o pé de apoio e viu o chute de direita desviar no pé esquerdo.
Dois toques, e o árbitro assinalou infração na cobrança.
O sucesso do Flamengo passa diretamente pelo talento de Everton Ribeiro e Arrascaeta.
E não é de hoje que os dois estão longe de seu rendimento normal.
O capitão rubro-negro arrisca poucas jogadas, erra muito, e vive um dos seus piores momentos em mais de três anos de clube.
O uruguaio até tenta passes mais criativos, mas erra muito e passa por apagões nos 90 minutos.
O resultado disso?
Um time que apela muito para cruzamentos e assusta pouco os adversários.
O Fortaleza forjado por Rogério Ceni mostrou que aprendeu bem com o antigo comandante.
O técnico do Flamengo reclamou antes mesmo do jogo pelo gramado do Castelão não ter sido molhado para deixar o jogo mais lento.
Quando a bola rolou, o Leão marcou de maneira organizada na entrada da área e saiu em velocidade quando tinha a bola.
No fim, foi mais incisivo e perigoso que o burocrático Flamengo no Castelão.
O empate sem gols foi importante na luta contra o rebaixamento.
Reportagem: Globoesporte.globo.com
Adaptação: Eduardo Oliveira
Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro
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