sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

A vida de Pelé

Mãe centenária, sete filhos, três casamentos: como foi a vida de Pelé fora dos gramados.

Rei do Futebol morreu aos 82 anos, em decorrência de complicações de um câncer.

Conhecido por feitos inigualáveis e conquistas memoráveis em campo, Pelé também teve vida intensa fora dele. 

O Rei do Futebol, morto nesta quinta-feira (29), aos 82 anos, em decorrência de complicações de um câncer no colón, teve sete filhos conhecidos até hoje e casou-se três vezes.

O adeus a Pelé acontece com sua mãe, dona Celeste, ainda viva. 

Ela completou 100 anos no dia da abertura da Copa do Mundo, em 20 de novembro. 

Na ocasião, ela recebeu uma homenagem do filho.

"Ela me ensinou o valor do amor e da paz", escreveu Pelé em uma postagem em suas redes sociais.

Os filhos: Cinco de seus sete filhos conhecidos são frutos de seus dois primeiros casamentos, com Rosemeri dos Reis Cholbi e Assiria Lemos Seixas. 

São eles: Kelly, 55 anos, Edinho, 52 anos, Jennifer, 42 anos, e os gêmeos Joshua e Celeste, de 24 anos.

Já Sandra Regina Machado foi reconhecida como sua filha legítima na Justiça, em 1996. 

Pelé não gostou da forma como ela procurou advogados e exigiu exame de DNA (Ácido Desoxirribonucleico) sem ter tido um contato com ele antes. 

Sandra lutou para ter o sobrenome do Rei até o fim de sua vida. 

Ela faleceu em 2006, aos 42 anos, vítima de complicações de um câncer de mama.

Por fim, Flávia, também fruto de relação extraconjugal, foi conhecida por Pelé apenas com 20 anos de idade, mas construiu uma relação de carinho e admiração com o pai, que perdurou até o fim de sua vida. 

Ele chegou a dizer que por não ter exigido nada, Flávia ganhou "tudo".

Os casamentos: Pelé casou-se pela primeira vez em 21 de fevereiro de 1966, em Santos, com Rosemeri, com quem teve três filhos. 

Eram muito jovens quando se casaram e, após o nascimento de três filhos, acabaram por se separar em 1978. 

Era com ela, por exemplo, que o Rei estava durante a conquista do tricampeonato da seleção brasileira na Copa do Mundo de 1970.

O segundo casamento do Rei viria anos mais tarde. Justamente no ano que o Brasil acabou por conquistar o tetracampeonato mundial: em 30 de abril de 1994, Pelé casou-se com Assíria Seixas Lemos em uma igreja de Recife, Pernambuco. 

Com ela, teve outros dois filhos e acabou por se separar em meados de 2008.

O terceiro casamento do Rei foi também seu último: em 2016, em uma cerimônia pomposa e com a presença de sua mãe, dona Celeste, Pelé casou-se com a empresária Márcia Cibeli Aoki, com quem manteve o relacionamento até o fim de sua vida. 

Foi ela, inclusive, que o socorreu e o levou para o hospital em sua última passagem pela UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

Os amores: Muito além dos três casamentos, Pelé teve vários amores ao longo de seus mais de 80 anos de vida. 

O mais famoso deles talvez tenha sido Xuxa. 

Durante um período solteiro, o Rei acabou por se envolver com quem seria a Rainha dos Baixinhos. 

Na época, ela tinha apenas 17 anos, e ele 41 anos.

O namoro durou seis anos. 

Aos 23 anos, Xuxa recebeu convite para trabalhar na Globo. 

Foi mais ou menos nessa época que o relacionamento acabou. 

A apresentadora chegou a dizer que Pelé a traía e que o relacionamento era "aberto" apenas para ele.

Antes disso, ainda durante seu primeiro casamento, com Rosemeri, Pelé teve um caso com uma empregada doméstica chamada Anizia Machado, e foi justamente dessa relação que nasceu Sandra Regina Machado, a filha que ele resistiu a reconhecer.

Depois do namoro com Xuxa e do caso com Anizia, Pelé conheceu a mãe de Flávia, sua última filha a ser reconhecida, durante uma passagem da seleção brasileira em Porto Alegre, em 1969: Lenita Kurtz, administradora. 

O teste de DNA e o reconhecimento só aconteceram depois de a menina completar a maioridade.

Na lista de paixões conhecidas do Rei, ainda figuram duas Miss Brasil: Deise Nunes, que nega o namoro, e Flávia Cavalcante. 

Em seu livro, Pelé citou que era muito assediado, inclusive por mulheres de fora do país, como suecas, que, segundo ele, eram apaixonadas por sua pele negra.

Filho conhecido: Dos sete filhos, o mais conhecido é Edinho. 

Aos 52 anos, ele tenta engatar carreira como treinador. 

É o comandante do Londrina, clube da primeira divisão do Paraná.

Edinho deixou a prisão em 2019, depois de conseguir progressão ao regime aberto de uma condenação por lavagem de dinheiro proveniente de tráfico de drogas.

A pena inicial, de 2014, era de 33 anos de reclusão e foi reduzida, em fevereiro de 2017, para 12 anos e 11 meses de reclusão. 

Ele vive seu quarto trabalho como técnico. 

Antes, comandou Mogi Mirim, Água Santa e Atlético Tricordiano (da cidade de Três Corações-MG, onde seu pai nasceu), entre 2015 e 2017. 

Trabalhou ainda na comissão técnica do Santos entre 2007 e 2015 e depois entre 2020 e 2021.

Durante sua carreira como atleta, Edinho foi goleiro do Santos, Portuguesa Santista, São Caetano e Ponte Preta, mas conseguiu pouco destaque.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

 

Adaptação: Eduardo Oliveira

 

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

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