sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Seleção Brasileira em 2021

Queda de Caboclo, vice no Maracanã e passeio nas Eliminatórias marcam 2021.

Presidente foi afastado em junho e entidade teve três dirigentes no comando. 

Em campo, destaque para ascensão de Paquetá e rodízio de Tite por avaliações e definições para a Copa do Catar.

A seleção brasileira de Tite encerrou 2021 no fim de novembro com prova de fogo para o seu time mais jovem de todas Eliminatórias. 

Saiu da Argentina com empate depois de bom desempenho em campo. 

A vaga já estava garantida desde a vitória contra a Colômbia, com cinco rodadas de antecedência, campanha ainda melhor do que a do Tite versão Copa de 2018.

Foi a última impressão de 2021 tumultuado fora de campo e de boas novidades entre as quatro linhas, apesar do vice-campeonato da Copa América dentro de casa, no Maracanã, para a Argentina.

O ano ficou marcado pela queda de Rogério Caboclo, afastado preventivamente por acusações de assédio sexual e moral da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), processo que deve ser definido em janeiro.

Como o presidente em exercício da CBF, Ednaldo Rodrigues, disse ao globo esporte na festa de encerramento do Brasileirão, a expectativa é pela destituição de Caboclo no início do ano.

Os dirigentes trabalham com os seguintes prazos para dois movimentos. 

Na primeira quinzena de janeiro a convocação da Assembleia para ratificar a decisão do Conselho de Ética pelo afastamento de Caboclo. 

Depois, na primeira quinzena de fevereiro, a eleição para mandato tampão, apenas com candidatos entre os oito vice-presidentes, até abril de 2023. 

Lembrando que um ano antes ocorre a eleição para o mandato de 2023 a 2027.

Copa América, o estopim da crise: As denúncias de assédio sexual e moral contra Caboclo, todas negadas pelo presidente afastado, que ainda busca alternativas em outras esferas da Justiça esportiva, abafaram reportagem do Wall Street Journal antes da Copa América. 

O jornal americano publicou que a Nike rompeu contrato com o astro brasileiro por falta de colaboração do brasileiro em denúncia de assédio sexual. 

O caso revoltou o brasileiro, que hoje tem outra fornecedora esportiva e publicou nota em defesa própria.

Em campo, a primeira escalação de Tite no ano, em junho, depois de apenas quatro jogos e quatro vitórias em 2020, teve Alisson, Danilo, Éder Militão, Marquinhos, Alex Sandro; Casemiro, Fred, Lucas Paquetá; Richarlison, Gabigol e Neymar. 

O time brasileiro venceu o Equador por 2 a 0, gols de Richarlison e Neymar, e seguia em mares tranquilos pelas Eliminatórias.

Ali estavam três das principais notícias do ano: Militão na zaga, em substituição a Thiago Silva, Fred, que ganhou posição de Douglas Luiz (titular nas duas primeiras datas FIFA das Eliminatórias) e Lucas Paquetá, que no início do ano disputava a posição com Everton Ribeiro.

O Brasil disputou 16 partidas ao longo de 2021 e teve ótimo aproveitamento, de 81,2% dos pontos. 

Foram 12 vitórias, três empates e só uma derrota, justamente para a Argentina, na final de julho.

Militão se tornou bola de segurança de Tite em qualquer ocasião em que não conte com Thiago ou Marquinhos, titulares absolutos. 

Os dois últimos, não é exagero dizer, se tornaram titulares por tudo que fizeram durante a temporada com a camisa amarela.

A Copa América cheia de problemas e surpresas - a pandemia de Covid-19 fez com que Colômbia, primeiro, e Argentina, na véspera, provocou crise que foi de Brasília até a Granja Comary. 

Os atletas, concentrados para a rodada das Eliminatórias, criticaram bastante a realização da competição em solo brasileiro, o foco dos jogadores foi a organização da Conmebol (Confederação Brasileira de Futebol), resolvida em cima da hora.

Houve discussão com atletas de outros países por possível defesa de cancelamento do torneio e até mesmo o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, se meteu. 

Ele entendia que o comando de Tite seria sinal de que o técnico "jogava contra" a recepção da Copa América dois anos depois de sediá-la e sugeriu que ele fosse dirigir o Cuiabá, que estavam sem treinador.

Resumo da ópera: os jogadores divulgaram nota falando que nunca pensaram em se recusar a defender o Brasil, criticaram a Conmebol pela organização do campeonato, a entidade sul-americana, por sinal, distribuiu multas e penalidades para quem a criticasse (Tite foi multado em US$ 5 mil, debitado da quantia que a CBF recebe pela competição). Ah, restaram também os memes para quem chamou Tite de comunista. 

O treinador virou Titsky, que comandava Neymarx, Stalinsson e companhia.

A competição sul-americana, por fim, foi laboratório para o treinador, que deu mais chances, por exemplo, a Gabigol, Lucas Veríssimo e também ao goleiro Ederson, que foi o titular da final contra a Argentina. 

A falha de Renan Lodi, lateral de início prodigioso sob comando de Tite, deixou Di María na boa para encerrar jejum de mais de 30 anos no Maracanã.

Confusão na revanche e show em Manaus: Com o vice da Copa América, mas com as coisas mais calmas, sob interina direção, que foi do Coronel Nunes e, depois, para as mãos de Ednaldo Rodrigues, o Brasil voltou para as Eliminatórias para seguir domínio absoluto e com novas experiências.

A novidade contra o Chile foi Vinicius Junior, em ano de destaque no Real Madrid, titular em Santiago, a Seleção venceu com gol de Everton Ribeiro depois de boa jogada de Danilo e Neymar. 

Depois do ouro olímpico, Guilherme Arana e Matheus Cunha foram lembrados por Tite. 

O atacante foi contratado pelo Atlético de Madrid e foi titular pela primeira vez contra a Argentina, no empate em San Juan.

A revanche esperada contra a Argentina terminou suspensa num cenário de comédia de filme pastelão. 

Com 6 minutos de partida na Neo Química Arena, agentes da Anvisa (Agência Nacional de Saúde) entraram para retirar de campo jogadores da Argentina que entraram no país em desobediência à regra de quarentena, sem pedido especial de exceção para liberação para a partida. 

As imagens rodaram o mundo e até hoje não há definição da FIFA sobre os pontos da partida.

O ponto alto do ano estava reservado para Manaus. 

Uma grande festa foi realizada em toda a passagem da Seleção pela capital amazonense. 

Na Arena da Amazônia, finalmente com público liberado, todos 15 mil ingressos permitidos para a venda foram adquiridos, a nova atração Raphinha, ponta revelado pelo Avaí, que deixou o Brasil antes de estrear nos profissionais, teve atuação de gala, ao lado de Neymar: 4 a 1 e um show de bola que deu gosto de ver.

Próximos passos: O Brasil volta a campo somente dia 27 de janeiro de 2022, contra o Equador, em Quito. 

Depois, em Belo Horizonte, recebe no Mineirão, o Paraguai. 

Nas últimas semanas, Tite viajou ao país da Copa para acompanhar a competição de países árabes e ver as instalações para o próximo mundial. 

A comissão técnica se espalhou para observar atletas e voltou com relatório sobre 28 jogadores depois de acompanhar jogos, treinos e também ter encontros pessoais com atletas e profissionais de clubes europeus.

Veja abaixo a agenda da Seleção em 2022:

27/01/2022 - Brasil X Equador, em Quito

1º/02/2022 - Brasil x Paraguai, no Mineirão

24/03/2022 - Brasil X Chile, na Arena Fonte Nova

29/03/2022 - Brasil X Bolívia, em La Paz

Entre 31 de maio de 2022 e 14 de junho de 2022 - Três amistosos, com datas, locais e adversários a definir.

Entre 19 de setembro de 2022 e 27 de setembro de 2022 - Dois amistosos, com datas, locais e adversários a definir.

21/11/2022 - Abertura da Copa do Mundo.

Reportagem: Globoesporte.globo.com

Adaptação: Eduardo Oliveira

Revisão de Texto: Ana Cristina Ribeiro

Nenhum comentário:

Postar um comentário